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Uma noite de pesquisas e seus duvidosos frutos

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Mensagem por The Oracle Dom Dez 10, 2017 2:42 am

Faust levou algo como quatro ou cinco horas em sua pesquisa. Alguns sites o levaram a páginas on-line de revistas cristãs, que o levaram a jornais locais, que o levaram a fóruns, que o levaram a perfis do Facebook e a posts no Twitter.

Aparentemente, o profeta tinha uma longa vida como membro da Igreja Metodista americana. Teve sua primeira congregação em uma igreja nos subúrbios de Pitisburg, mas permaneceu ali não mais do que dois anos. Houve um evento, uma noite de Pentecostes, que os fiéis locais caracterizaram como "maravilhosa e divina". O culto seguiu a um êxtase de louvores, 25 jovens entregaram sua vida a Jesus, e muitos juram ter visto a manifestação de "línguas de fogo", fiéis falando pelo Espírito Santo, e a cura de um paraplégico. Nada disso absolutamente confirmado, apenas relatado. Depois disso, outro pastor foi designado para aquela igreja, e Sammuel deixou o país, como missionário, numa jornada que o levou a China, Índia, Namíbia, Zaire e Angola, por 12 anos.

Retornando aos Estados Unidos, ele não se estabeleceu como pastor em nenhuma comunidade específica, mas pregava em várias Igrejas Metodistas ao redor do país. Seus sermões inspirados, com o tempo, começaram a se tornar famosos, e dentro de alguns anos, ele já era um dos pregadores mais reconhecidos do país. Teve até mesmo uma curta carreira como tele-evangelista, mas isso não durou mais do que 8 meses. Em sua despedida, disse que "embora o rádio possa ser um veículo abençoado, ele servia melhor ao Senhor em proximidade com os necessitados". E assim se manteve por décadas, pregando em várias igrejas, com alguns períodos de sumiço de vez em quando. Apenas nos últimos 10 anos, havia se estabelecido definitivamente na região da Nova Inglaterra.

Durante alguns de seus períodos de "sumiço", fontes obscuras relatam a participação de Sammuel em um grupo de exorcistas metodistas (esse tipo de coisa, a princípio, nem deveria existir), e em várias ações humanitárias em locais de catástrofes. A última teria sido em Nova Orleans, após a passagem do Furacão Katrina. Sammuel teria permanecido por dois anos na cidade, tendo logo em seguida se estabelecido em Portland. Não se sabe porque, o Profeta teria feito esforços para manter estas ações em segredo. Outros períodos de reclusão estão associados à estadas dele em Nashville, Tenesse, onde a Igreja Metodista Americana tem várias de suas estruturas administrativas. Rumores dizem que ele integrava, nesta cidade, um grupo de estudos bíblicos que se focava no Apocalipse, algo beirando o misticismo. Todavia, isso não foi além de boato.

O título de "Profeta" não era algo indesejado por Sammuel, mas do qual ele não conseguiu se livrar. Veio a ser conhecido por essa alcunha em meados da década de 80. Aparentemente, o título estava ligado ao fato de ele ter previsto um incêndio de um restaurante na cidade de Castle Rock, Maine, em 1983. O Profeta estava em Portland na época, e vários familiares das vítimas (o incêndio teve mais de 90 mortos. Estava ocorrendo a festa de formatura da escola local no dia, quando um raio atingiu o restaurante) relataram ter recebido ligações de Sammuel, aparentemente muito transtornado, implorando para que não deixassem seus filhos comparecerem à festa. Os telefonemas do Profeta foram pouco efetivos, mas as poucas famílias que lhe deram ouvidos, e logo, não perderam seus filhos, fizeram questão de tornar a história conhecida. A coisa ganhou alguma notoriedade nos jornais locais pelo evento també ter contado com a participação do obscuro "médium" John Smith, que parece ter também previsto a tragédia. Embora nunca tenha usado voluntariamente o título, Sammuel nunca conseguiu se "desgrudar" dele, especialmente porque sua história foi pontilhada por outros eventos menores de aparente previsão do futuro, embora nenhum deles tão espetacular ou de larga escala como aquele de 83. Geralmente coisas relacionadas à vida deste ou daquele fiel. Esse título possivelmente foi a causa da discidência dentro da Primeira Metodista de Portland, quando Sammuel se estableceu na cidade. O pastor da congregação, reverendo Holand, deixou o posto pouco tempo depois. Alguns fiéis citam em seus registros pessoais que o reverendo não concordava com um homem ostendando o título de Profeta, e que mesmo que o Espírito Santo o tivesse abençoado com aquele dom, ostentá-lo era tentar o orgulho, a queda do mais santo dos homens. Na saída do reverendo Holand, muitos tinham esperança que Sammuel assumisse o posto, mas ele foi herdado pelo reverendo Stalberg, vindo de Boston. Stalberg permanece até hoje. Holand agora prega em Derry, Maine.

Nos últimos 10 anos, o Profeta se estabeleceu em Portland. Pregava regularmente na Primeira Igreja Metodista da cidade, e fundou o orfanato Lar de Magdalena. Não havia outras "filiais" além daquela em Portland. Entretanto, havia indícios de que a Igreja Metodista do Maine, após o estabelecimento de Sammuel em Portland, passou a financiar uma ONG chamada "We Are The World", que se dedicava a pesquisar e auxiliar crianças e adolescentes. Os métodos da ONG incluiam a aplicação de testes de QI e comportamentais em crianças e adolescentes em idade escolar, selecionar aqueles com maior potencial intelectual, e fornecer bolsas de estudos, acompanhamento assistencial e psicológico, etc. "Há indícios", porque este financiameto nunca foi feito completamente às claras. Não constava no site da igreja ou da ONG, por exemplo. Apesar da We Are The World agir em todo território americano, sua central era em Portland.

Um fato curioso era que muitos dos jovens acolhidos pelo Lar de Magdalena haviam sido orfanizados em acidentes ou crimes. A maioria já em idade ao menos pré-adolescente.

Após sua morte na chamada Noite do Desespero, o corpo de Sammuel foi transladado, e ele foi enterrado em Nashville. Não deixou parentes vivos.



Quando finalmente saiu daquela imersão em que estava, notou uma mensagem em seu celular. Era de Boca-de-Cabêlo, e dizia:

- "Desaparecimentos, hein? Comum em áreas que os malditos Giovannis começam a se enfiar, e eles geralmente começam por esse povo mesmo que ninguém vai sentir falta: mendigos, vagabundos, bichas, essas coisas. Aqui tem esses peles-vermelhas, e acho que ningué vai sentir falta dessa corja também. Acho que eles precisam de gente pra seus sacrifícios para o demônio. Isso é só mais uma confirmação da história toda... Bem, se for fácil, não tem graça, é o que dizem. O padre vai passar na quinta de manhã no necrotério, dar os ritos àquele corpo. Que o pobre coitado possa descansar em paz e não levantar da tumba."


Já era algo como duas da manhã. O carro do Dr. Max já se encontrava novamente dentro do armazém, mas não havia sinal do velho por ali.

_____________________________________________________________________________________

Quando Ezio, pela manhã, ligou para o telefone de O`Sullivan, o aparelho estava desligado. Ao ligar na delegacia, a pessoa do Administrativo lhe disse:

- "Puxa detetive, não ficou sabendo? A detetive O`Sullivan foi baleada ontem à noite. Parece que abordou um carro com atitude suspeita na Rua Pearl, e realmente havia meliantes no veículo. Ela deu entrada no Mercy, sofreu uma pequena cirurgia, e ainda está em observação, mas parece estar fora de perigo, graças a Deus."

_____________________________________________________________________________________

Quando Oliver chegou a refeitório, o cômodo estava mais vazio do que no dia anterior. Lá estavam Thelma, Cortêz (com um prato gigante de ovos e torradas, lendo um jornal), e as gêmeas (com tigelas de cereais coloridos e biscoitos recheados). Cortêz não pareceu vê-lo quando entrou, mas as duas gêmeas o viram, e começaram a falar, em unísono:

- "Bom dia, O..."
- "Você se machucou?!"
- "O que aconteceu?!"

Ambas se levantaram juntas, uma foi em direção a ele, e a outra foi ao freezer, voltando com um saco de gêlo.

- "Você caiu?"
- "Claro que não, sua boba. Ele é Akasha, eles sempre caem de pé."
- "Essa bochecha está bem roxa..."


Nisso, Cortéz baixou o jornal, olhou para Oliver, arregalou os olhos, e disse:

- "Eita, muchacho! Isso tem cara de pancada! O que te aconteceu?!"

Thelma se aproximou, não parecendo nada abalada ou espantada pelos ferimentos de Oliver, e perguntou o que ele gostaria para o desjejum.
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Mensagem por Ezio Stracci Dom Dez 10, 2017 8:09 am

Dentro do carro, sentado, Oliver se despede do telefonema e fica batendo com a cabeça no volante do carro por alguns instantes.

"Droga Ezio!"
"Sim, eu vou ser essa coisa idiota"

Ezio vai em direção ao Hospital sobre o qual foi informado. Passa em uma floricultura, compra uma caixa de chocolates
"Provavelmente eu vou ser preso, ou morto, mas certamente as coisas não vão ser como eram antes"

Enfim, a menos que algo o impeça ele vai até o hospital, informa ser o parceiro dela na recepção e tudo dando certo vai até o quarto.
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Mensagem por Oliver Gray Dom Dez 10, 2017 9:54 am

Oliver, que se esqueceu da sua aparência momentaneamente, ficou surpreso por toda a atenção. Principalmente das gêmeas. Por um momento, ele pensou que ainda não tinha realmente apreciado o fato delas serem tão legais com ele desde que ele chegou na cidade:

- "Ei, bom dia, meninas. Ontem à noite eu acabei esbarrando com um cara estranho, uma coisa levou à outra, mas estamos ambos mais ou menos inteiros, hehe. Por sinal, obrigado por serem tão legais comigo, vocês duas são demais!", disse Oliver com a sinceridade de sempre estampada no rosto. Já para Cortez, ele disse:

- "Ei camarada, noite passada eu descobri que existem um "rei do pedaço" aqui na cidade, haha".

   Oliver colocou o gelo no olho, se sentou para comer e pediu dois ovos mexidos e uma aspirina para Thelma.
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Mensagem por Dr. Faust West Ter Dez 12, 2017 11:43 am

Dr. West havia montado em seu pequeno laboratório uma barricada de papéis, de informações. Em uma das paredes, havia um suporte de cortiço com uma cópia preto e branca do mapa da região de Portland preso por cima - e ia conferindo as notícias, marcando as regiões das aparições com uma tachinha, e junto a tachinha, uma foto da manchete ou do caso em questão. Terminado isto, mudou de cor - foi para tachinhas roxas, e começou a delimitar grosseiramente a informação geográfica que havia conseguido das meninas gêmeas e da Srta. Granger. Não era quase nada, mas talvez fosse o suficiente para conseguir realizar um cruzamento, um cruzamento pequeno que o fosse, algo que unisse as duas coisas, ele teria a resposta da qual precisava.

... Mas não conseguiu, nitidamente. Duas horas ele gastou marcando, anotando, delimitando, reproduzindo e calculando, e simplesmente não havia conseguido nada. Quer dizer: havia conseguido algo importantíssimo; algo que a maioria dos pesquisadores sequer teria percebido ter - a certeza de que havia algo faltando. De que o link entre as coisas não estava ali em suas mãos, ainda. 

O médico caminhou nervosamente pelo laboratório, as solas de seus sapatos lustrosos fazendo pequenos ecos no ambiente esterelizado. A única luz vinha do suave tom de azul frio que emanava de Eliza e projetava sombras longas pelo local e por sua face magra, concova e ossuda. 

Sua face era tensa, determinada, obcecada. West agarrava o próprio queixo, e as unhas do indicador e dedo médio marcavam sua pele branca, coçando a barba por fazer. 

"Acho que estamos com um problema, meu amor." - disse a dado momento, aproximando-se da esposa. Ela parecia tão pacífica. Era quase invejável. "Isto aqui não faz o menor sentido. Falta alguma coisa. Alguma coisa que junte as informações..." - e suspirou, repousando os olhos sobre a mulher.

Eliza nunca fora muito interessada em ciência. Ela gostava de ver as coisas se transformando em outras coisas, ria como uma criança das pequenas explosões e fumaças coloridas que se podia fazer com química, mas nunca havia realmente se interessado - ela era genial, sim, mas não para aquele tipo de coisa.

Mas a esposa era sua musa. Era sua inspiração,  era seu motivo, era sua maravilha. Ele costumava falar e falar, sempre que se perdia em problemas científicos, em coisas que não faziam sentido - e ela ouvia, interessada e curiosa, mas incapaz de realmente resolver. Mas sua presença era Magika em natureza. Sua atenção, seu interesse, os problemas mais terríveis pareciam se dissolver, como se até mesmo a realidade quisesse, frente a bondade e beleza, tornar-se mais fácil para ajudá-la. 

Com Eliza, tudo era mais fácil. Então, conforme Faust West começou a expor para a esposa a natureza de sua dúvida, do problema, do link que faltava, a lógica escondida começou a se formar - e quinze minutos depois, ele havia beijado-a através do vidro, agradecido, e mergulhara sobre seu notebook. 

[...]

Após duas horas, junto ao mapa de Portland, ele agora tinha um dossiê sobre a vida e atividade do profeta. Nada havia sido particularmente iluminador, mas todas as informações, juntas, ajudavam a pintar uma imagem, a delinear um quadro maior sobre a pessoa que era Samuel. E aquilo, sem dúvida, seria muito útil. 

Quando terminou seu trabalho, o doutor - cansado, de mangas arregaçadas, mas sequer percebendo seu próprio estado - suspirou. "Ainda nos falta a conexão. Mas isso é bom. Isso é muito bom. Estamos caminhando para algum lugar." - assentiu. "Mariah é um caminho interessante. Mas também pode ser um problema. De acordo com o que ela disse, Samuel sabia a pista que eu estava investigando antes - até que ponto ele nos observa, e até que ponto ela faz parte disso?"" - questionou.  "Se nossos interesses entrarem em conflito com os dele, Eliza, me pergunto o quão seguros realmente estaremos." - e suspirou, enquanto pegava o celular.

Leu a mensagem de Boca-de-Cabêlo com atenção, como sempre, mas ia descartando as informações inúteis... até que chegou na última linha. Levantar da tumba?

Ele respondeu de imediato: "Levantar da tumba? Pode me explicar melhor?" - e um emoticon pensativo. 

Jogou o celular sobre sua bancada, e voltou os olhos para Eliza. Talvez... "Eu sei, eu sei. O lugar mais improvável. A necessidade do absurdo. Nunca achei que você tinha tanta razão." - e riu, com uma suavidade reservada apenas para sua esposa, antes de deixar sua sala para buscar, no armazém, os instrumentos necessários para clonar o diário. 


[...]

O processo seria relativamente simples: primeiro, imergir o diário num plasma estéril e diagnóstico, que por mudança de cor informaria as substâncias ali presentes. Com esta informação, seria simples isolar as que eram papel, capa, linha, e as que se tratavam da tinta, do grafite, do sangue, enfim - quaisquer que fossem as coisas usadas para escrever. Aproveitaria este processo para identificar a existência de alguma foto ali dentro, ou não - copiar a foto seria impossível, mas seria interessante saber se ela existia. 

Tendo identificado as substâncias, Faust moveria para a análsie da frequência do diário - movendo-o da matéria palpável para a máteria em movimento, para os ruídos que ela causava na realidade, era uma questão de estudar as alterações nas ondas que compunham o diário: comprimento, velocidade. Analisando isto em relação as substâncias, cruzando os dados e excluindo os sobressalentes, Faust teria em mãos a frequência bruta da escrita, das alterações que os desenhos das letras faziam na estrutura molecular do papel, e também teria em mãos a própria estrutura quântica da coisa - que, naturalmente, altera-se ao entrar em contato com a ressonância de quem escreve, suas intenções, suas emoções, a interação pessoal entre um sujeito e seu diário. 


Passaria então as informações para um reprodutor de frequências, codificando-as, e mergulharia um caderno em branco numa solução salina. Numa ponta de alguns eletrodos ficava o reprodutor frequencial, na outra, a solução e o caderno. Bastava então acompanhar o processo de perto, vigilante a possíveis problemas e variações que precisasse corrigir. 


___

Quatro rolagens de arete
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Mensagem por The Oracle Ter Dez 12, 2017 11:43 am

O membro 'Dr. Faust West' realizou a seguinte ação: Rolar Dados


#1 'D10' : 2, 6

--------------------------------

#2 'D10' : 1, 10

--------------------------------

#3 'D10' : 7, 3

--------------------------------

#4 'D10' : 6, 3
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Mensagem por Dr. Faust West Ter Dez 12, 2017 12:16 pm

Arete
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Mensagem por The Oracle Ter Dez 12, 2017 12:16 pm

O membro 'Dr. Faust West' realizou a seguinte ação: Rolar Dados


#1 'D10' : 9, 2

--------------------------------

#2 'D10' : 9, 9
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Mensagem por Dr. Faust West Qua Dez 13, 2017 4:29 pm

Arete. Última rolagem. Gasto de 1 de FdV.
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Mensagem por The Oracle Qua Dez 13, 2017 4:29 pm

O membro 'Dr. Faust West' realizou a seguinte ação: Rolar Dados


'D10' : 1, 4
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Mensagem por The Oracle Qui Dez 14, 2017 8:50 pm

Enquanto Oliver falava, uma das gêmeas lhe passava o gêlo no rosto. Em verdade, gêlo depois de tanto tempo não tinha mais nenhum efeito curativo, mas ao menos, elas eram dedicadas. E falavam durante suas ações, alternadamente:

- "Uau, você brigou na rua?!"
- "O sujeito devia ser enorme, pra conseguir te bater!"
- "Afinal, você é Akasha!"
- "Ele tentou te assaltar?!"
- "Mas que azarado! Assaltar logo um Irmão de Akasha!"
- "Aposto que ele saiu todo quebrado"
- "Tome mais cuidado, Oliver. Essa capela é mais divertida com você"
- "Isso mesmo. É ótimo ter por perto alguém mais da nossa idade."
- "E se Dani já não tivesse reclamado propriedade, a gente até descobria se Akashas sabem beijar."
- "Ai dela se te largar. Acha que dá conta das duas?"

E a duas lhe deram beijos na face, uma de cada lado, antes de retornarem, rindo, às suas cadeiras e cereais infantis.

Cortéz estava rindo da cena, quando ouviu as palavras de Oliver.

- "Eita, e quem era esse "Rei do Pedaço"? Algum bandido? Cidades maiores geralmente tem alguma hierarquia de criminalidade."

Dentro de pouco tempo, Thelma veio com seu pedido. O café estava servido. As gêmeas se retiraram da copa, deixando apenas ele, Cortéz e Thelma ali. Mas o trio durou pouco. Logo após as gêmeas sairem, Granger entrou. Parecia cansada e tinha olheiras. Deu um "bom dia" arrastado, e bocejou como se sua boca fosse um fosso sem fundo, levando às profundezas ignotas de um abismo infindável e negro. Sem olhar muito detidamente para ninguém, se serviu de uma xícara de café, pediu um mingau de aveia a Thelma, e só então se sentou. Nesse ponto, ela finalmente olhou para Oliver, franziu a testa, e disse:

- "Ué, você caiu?"

___________________________________________________________________________________

Ezio comprou suas flores e chocolates sem maiores dificuldades. Chegando ao Mercy, após mostrar seu distintivo, também não teve problemas em que lhe informassem o quarto da parceira, e lhe liberassem a entrada.

Quando chegou ao quarto, O'Sullivan estava deitada na cama (mais sentada do que deitada, dada a inclinação da cama), com uma daquelas camisolas de hospital. Seu braço esquerdo estava imobilizado junto ao peito, e ataduras lhe enfaixavam a parte superior do tórax. Todavia, a aparência de seu rosto não era ruim. Estava com uma expressão entediada, olhando a televisão, onde passava o noticiário matinal local. Mas notou quando ele apareceu à porta. Ela não fez nenhuma careta ou coisa assim. Na verdade, sua expressão era mais algo como "Ah, chegou a Madalena!". Ela disse:

- "Ah, Stracci! Entre e feche a porta. E aí você pode me explicar o que estava fazendo à meia noite numa rua escura, junto com o Caratê Kid, realizando escutas e atirando nas pessoas. E você FUCKING me deve essa explicação."

O rosto da ruiva tinha um certo ar de divertimento.

___________________________________________________________________________________

West preparou seus utensílios e químicos, e iniciou o procedimento de cópia do diário. Sua mente já estava um tanto fatigada pela extensa pesquisa sobre o Profeta, mas aquela tarefa não tinha nada de muito complicado. Nada que ele não pudesse dar conta. Infelizmente, era um processo demorado.

Tinha esperanças de terminar o procedimento em aproximadamente 4 horas, mas não foi possível. Aquela mistura de reagentes estava se mostrando mais difícil de equilibrar do que havia originalmente previsto. Em dado momento, teve que acender o bico de Bunsen, para manter a mistura em temperatura estável, já que a temperatura no laboratório estava caindo. O voltímetro com os terminais mergulhados na mistura demonstrava algumas oscilações, mas nada fora do padrão. Passou um bom tempo fazendo aqueles ajustes, talvez duas horas. O sol já começava a entrar pelas altas janelas do armazém. Mas aparentemente conseguiu estabilizar a reação.

Deve ter cochilado por um momento, e acordou com o som da mistura borbulhando. Havia esquecido o maldito bico de Bunsen ligado! A mistura estava em ponto de ebulição! Aquilo não era nada bom. Mas o processo ainda poderia ser salvo, se baixasse a temperatura bem devagar, e ajuste os eletrólitos da mistura enquanto fazia isso... Sim, poderia ser feito! Pegou um tubo de ensaio com uma mistura alcalina à sua direita, mas rapidamente percebeu que não poderia fazer a medição exata. Abriu o tubo e derramou uma dose: impreciso, mas rápido. Seus olhos voaram ao voltímetro, onde o ponteiro começava a marcar um aumento da tensão interna da mistura. O osciloscópio começou a desenhar uma senóide nada agradável. Precisaria de um pouco de ácido para contrabalancear! E rápido!

Fez o melhor que pôde para acertar na medida da solução ácida, e com a outra mão, ir reduzindo gradativamente a intensidade da chama. O osciloscópio começou a demonstrar uma onda mais achatada, e o voltímetro foi recuando seu ponteiro. Sim, sim, tudo estava voltando ao controle... Foi quando uma gota de suor lhe caiu da testa, bem em meio à mistura. Pode parecer pouco, mas para o já fragilizado equilíbrio da mistura, foi o bastante. A mistura, ainda borbulhante, começou a subir. O caderno em branco começou a se desfazer. Faust teve que pegar o béquer com suas mãos nuas (as queimando um pouco no processo), e verter parte da mistura num ralo. Com o volume do meio salino reduzido, e mais vários minutos de dosagens de substâncias, conseguiu estabilizar a mistura, tentando não perde todo o trabalho. 

O diário do Profeta estava intacto, embora molhado. Não se poderia dizer o mesmo de seu caderno: talvez algo pudesse ser salvo dali, mas antes de manuseá-lo, uma secagem lenta seria necessária. Caso contrário, a coisa provavelmente se desfaria em suas mãos...


Última edição por The Oracle em Dom Dez 17, 2017 2:33 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Ezio Stracci Qui Dez 14, 2017 9:48 pm

Logo após passar pela recepção a caminho do quarto os corredores pareciam mais seguros, seus passos ficaram mais pesados e o ar parecia frio, como quando você respira e sai fumaça. Sim ele se arrependeu instantaneamente da decisão de ter ido até lá, mas não dava para voltar agora. Vocês precisam ponderar que não se espera a melhor das recepções ao encontrar a mulher em quem você atirou.
Porém, não dava mais pra voltar e ele chega à cadeira elétrica, contudo havia algo da diferente ao chegar e ver aquela moça, o olhar de tédio era esperado, mas a recepção o surpreendera, exceto o fato de que ela já o esperava. Ele imaginava que se ela estivesse bem estaria esperando por ele. Antônio por um momento

- Olá detetive!

Entrega chocolates para ela e coloca as rosas ao lado.

- Espero que goste!

Puxa uma cadeira e se senta ao lado

- Certamente te devo explicações
- É ótimo que esteja sentada, porque eu pediria pra fazer se não estivesse.

Respira, sorri

- Vamos por partes, e vou tentar ser o mais claro, sincero e passível

- Primeiro, eu estava investigando aquela casa, junto do caratê kid, era extra oficial se me entende.
- Como eu disse, suspeitamos de atividades, uhn...

Gesto de aspas corporal

- "sobrenaturais"

- Agora seguindo, estávamos fazendo a campana e um mendigo apareceu atrapalhando.
Pega um chocolate para ela e continua

-Tentamos dar dinheiro e resolver, mas o maldito Joe insistiu, bla bla bla, o Oliver, que você chama de caratê kid e o mendigo começaram a se espancar
- Depois de um tempo o maldito fugiu e Oliver havia me dito que ele era um vampiro
- Eu sei, parece absurdo

Sim, parecia um absurdo, mas visto a última noite, a reação de seus amigos e o que Dr.West havia dito sobre ela, ele podia não estar falando tanta besteira.

- Mas, temos motivos para tudo isso
- Pois bem, acreditamos que o vampiro havia chamado reforços e como eu não conseguia ver o que estava vindo e só consegui pensar em matar os desgraçados o quanto antes
- Eu realmente não gosto de vampiros
- Infelizmente, você era quem estava no caminho

Deu uma pausa, olhando para ela, esperando alguma reação. Comeu um dos chocolates.
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Uma noite de pesquisas e seus duvidosos frutos Empty Re: Uma noite de pesquisas e seus duvidosos frutos

Mensagem por The Oracle Qui Dez 14, 2017 10:44 pm

- "Vampiros, Stracci? Sério que é essa a sua desculpa? Nem estamos no Halloween." - disse a detetive, pegando o chocolate. O rosto da mulher parecia indiferente. Ela parecia estar esperando algo mais.


Última edição por The Oracle em Dom Dez 17, 2017 2:19 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Ezio Stracci Qui Dez 14, 2017 10:55 pm

Coça o cabelo. Suspira. Olha um pouco para a garota.

- É óbvio que não acredita, mas por que não me diz dos seus amigos?
- Um cara maluco quase me parte em dois!
- E que diabos de cachorro enorme era aquele? Desde quando cachorros procuram alguém para mijar?
- Além do mais, a casa não os espantou tanto.
- Você levou um tiro, e eu sei que foi um tiro e tanto, me perdoe, mas modéstia a parte. E seus amigos sabiam o que fazer, você ficou boa da noite pro dia.

Diz um pouco sorridente com tom brincalhão na última parte. Mas claramente tinha o objetivo de fazê-la falar um pouco.
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Mensagem por The Oracle Qui Dez 14, 2017 11:05 pm

- "Fiquei boa?! Caralhos, se você não notou, eu estou enfaixada até a alma! E essas porras de ataduras amassam meus peitos e coçam que nem o inferno! Foram duas horas de cirurgia, pelo que me falaram, e o médico disse que por pouco não pegou uma artéria. A previsão é de pelo menos um mês pra eu desmobilizar o braço. Além de duas semanas de antibióticos, duas semanas sem álcool! Sabe o que isso significa pra uma irlandesa?"
- "Já tomei tiros antes, mas devo admitir, esse de ontem está de parabéns. A Academia que você cursou devia ter um instrutor de tido bom pra cacete, pra você ficar assim."

- "O pessoal que estava comigo estava meio no limite, por assim dizer. Esse pessoal que anda sumindo, sabe? Tinham conhecidos deles no meio. Mas minha família é toda meio irritadinha. Sangue quente, dizem. Se você conhecer meu irmão caçula, vai ver o que é um cara irritado de verdade."

- "Mas não tente virar a mesa aqui não, Stracci. Quem está dando as explicações é você. Por que você e o Caratê Kid estavam vigiando uma casa de suburbio? Você sabe tão bem quanto eu que tinha um pessoal lá dentro! Qual a tua com aquelas pessoas?"


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Mensagem por Ezio Stracci Qui Dez 14, 2017 11:19 pm

Ignorou a parte das reclamações e do instrutor.
"Melhor deixar essa parte do instrutor de lado"
- Então eles são tipo parentes seus? Aquele feioso me surpreende um pouco.
- Mas falando um pouco sério, vocês podem ser muito úteis no que provavelmente está por vir
- Como eu disse, aquela casa é esquisita e minha querida eu estava justamente investigando aquele povo que estava lá
- Ouvi algumas espécies de rituais, algo meio mitológico talvez, sabe, essas coisas de Halloween, mas aparentemente há alguma coisa a temer
- Eu não descartaria alguma ligação com os incidentes atuais, ou os de seis meses atrás

Desta Ezio começa a observar tudo ao seu redor, investigar o quarto. Ele fala andando pelo quarto, tenta olhar no quadro médico dela, na disposição dos objetos por ali. Determinar se há algo que ele deva notar pelo quarto.
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Uma noite de pesquisas e seus duvidosos frutos Empty Ezio Rola

Mensagem por Ezio Stracci Sex Dez 15, 2017 1:39 am

Percepção + Investigação
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Uma noite de pesquisas e seus duvidosos frutos Empty Ezio Rola

Mensagem por The Oracle Sex Dez 15, 2017 1:39 am

O membro 'Ezio Stracci' realizou a seguinte ação: Rolar Dados


'D10' : 10, 4, 4, 7, 4, 6
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Mensagem por Oliver Gray Sex Dez 15, 2017 11:17 am

Oliver passou do branco ao vermelho em segundos, sem saber direito o que responder para as gêmeas. O coitado não sabia se dava conta de uma. Quer dizer, ele imaginava que, não sendo anormal de qualquer forma, daria, mas enfim, isso era assunto para outra hora. Entre risos sem graça e gaguejadas, ele deixou as duas se afastarem e finalmente respondeu Cortez:

- "O cara se intitula o rei do pedaço. Se sentiu completamente no direito de me pedir explicação por causa da nossa presença na rua à noite. O cara era sobrenatural, mas para ser sincero, eu não sou tão bom em diferenciar entre sobrenaturais. O cara era desumanamente rápido e muito mais resistente do que um mortal deveria ser. Tem algum chute do que poderia ser?".

   Foi aí que Granger entrou na sala com aquela cara de que tinha virado as últimas três noites, o que podia muito bem ser verdade, mas Oliver não podia confirmar. Continuou a conversa com Cortez até ela finalmente falar com ele:

- "Caí sim. Por sorte, o gancho do rei do pedaço me pegou no meio do caminho, me colocando de pé outra vez e impedindo que eu me esborrachasse, haha".

   Imaginando que ela gostaria de saber dos detalhes do ocorrido, ele contou tudo de novo, do mesmo jeito que explicou para Cortez.
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Mensagem por The Oracle Dom Dez 17, 2017 3:08 pm

Em seu rápido passeio pelo quarto, Ezio notou apenas duas coisas estranhas, ambas em uma estante, oposta à cama, abaixo da televisão. A primeira era como uma boneca, mas de uma design meio hippie. Era feita em sua maior parte de palha trançada, como ramos secos como cabelo e uma grande semente de algum tipo como cabeça. Havia um rosto pintado na semente, mas não era um rosto sorridente. Na verdade, parecia uma careta, uma expressão que se usaria para assustar crianças.

Ao lado da boneca, atrás de alguns frascos e de um vaso com água (que já continha algumas flores), estava a segunda coisa estranha: uma webcam. Ela estava meio escondida, mas a objetiva focava o quarto.

A detetive O`Sullivan prosseguiu:

- "Ok, desenvolva mais sobre o que você sabe sobre o povo que estava na casa, e sobre esses tais rituais perigosos. Deve ser algo realmente esquisito, pra você ter feito essa campana por fora dos meios tradicionais, e mais ainda para você achar que está ligado à Noite do Desespero. Eu retribuirei com duas dicas"
- "A primeira é: cuidado ao usar expressões como 'vocês podem ser muito úteis no que está por vir', antes de entender como funciona a sistemática social de uma cidade."

- "A segunda é: não vá com se próprio carro fazer uma campana ilegal. Estava escuro, eu não vi quem atirou em mim ontem, mas uma das minhas... 'associadas', é boa com computadores. Ela pegou a placa do seu carro e descobriu de quem era."
_____________________________________________________________________________________

Ao ouvir a pergunta, Cortéz pensou um pouco, e respondeu:

- "Sei lá, amigo... bem, eu suponho que vampiros sejam brancões, e lobisomens sejam peludos. Pelo menos é o que se vê nos filmes. Nunca nem vi, e na boa, cá entre nós, nem sei se existe. Tipo, um xamã ou uma bruxa dessas pode se transformar em lobo, e se alguém visse, acabaria pensando num lobisomem. Aposto que eve ter Nephandis por aí que bebem sangue. Tipo, se essas coisas existem mesmo, como ninguém nunca filmou uma delas? Me ensinaram que dragões e unicórnios não podem mais viver no nosso mundo, mas então, porque vampiros poderiam? Acho que pode ser só ilusão, ou desentendimento. Seria ótimo, uma coisa a menos pra gente se preocupar."

Depois que Granger chegou, ela ouviu toda a história. Até mesmo parou de comer seu mingau enquanto o fazia. Só que não estava rindo quando Oliver acabou. Ela fez uma série de perguntas, ao final:

- "Deixa ver se eu entendi: um sujeito apareceu perguntando sobre a 'nossa' presença na rua àquela hora. Quem eram os 'nós' nessa sentença? Você e sua cabala? E você saiu no tapa com esse 'Rei do Pedaço' só porque ele queria saber o que vocês estavam fazendo na rua? E por sinal, o que vocês estavam fazendo na rua a altas horas, pra despertar a atenção de um criatura sobrenatural? Aposto que não estavam meramente comendo um cachorro quente... Você mal conhece a cidade, o que poderia estar procurando por aí?"

Ela tinha olhos firmes, embora não hostis. Cortéz deu um assovio ao ouvir a barragem de perguntas, como quem diz "Eita, se fudeu".
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Mensagem por Oliver Gray Dom Dez 17, 2017 7:15 pm

Cortez não ajudou demais, obviamente exceto pelo fato de que Oliver já não se sentiu tão burro sozinho. Aparentemente, não é lugar-comum reconhecer sobrenaturais. Granger talvez ajudasse um pouco, caso parasse de fazer perguntas subsequentes. Por algum motivo, o Jovem akasha não compartilhava da impressão de Cortez sobre "estar com problemas". Por sinal, ele sequer pareceu se importar com o que ia dizer quando começou a responder:

- "Eu e Ezio só. Nós estávamos vigiando a casa para saber se seja lá o que estava lá antes não começar a manifestar coisas estranhas no meio do subúrbio. Na verdade, ele estava fazendo isso. Eu estava lá só para garantir que ele não tivesse o rabo chutado por algo inesperado. A coisa de sair no tapa com o rei do pedaço foi em partes porque ele era um lutador treinado muito mais perto do meu aliado do que eu gostaria. Acho que isso explica mais ou menos as coisas, mas eu realmente senti falta do tal cachorro quente".

   Se Granger já viu em toda a sua vida alguém que não podia se importar menos com ser mortalmente sincero ou com quaisquer consequências disso, esse cara estava na frente dela, tomando seu café da manhã.
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Mensagem por Dr. Faust West Seg Dez 18, 2017 5:38 pm

Dr. West fechou as mãos na beirada da bancada, os dedos magros e exaustos tremendo frente a força usada. Os nós dos dedos - que geralmente partilhavam do mesmo tom de branco-acizentado do resto da pele de Faust - esbranquiçaram por um instante mediante ao esforço, enquanto ele puxava o ar devagar. 

A frustração frente a própria falha era imensa. Não duraria muito, afinal, o doutor estava acima daquele tipo de sentimentalismo barato, mas enquanto durava... era feroz. Ele deu um passo para trás, afastando-se da mesa. Fez um meio-gesto, como se fosse jogar tudo longe, mas abaixou as mãos para as laterais do corpo no meio do caminho. 

Respirou fundo mais uma vez, e esfregou o rosto. A ausência de sono lhe deixava um pouco menos equilibrado. 

Ele aproximou-se do painel de segurança da porta, e digitou o ramal corresponde ao sistema de comunicação geral do armazém. Sua voz - gélida, calma, mas com um leve tremor de frustração escondendo-se no fundo, um tremor que todo intelectual saberia reconhecer na própria voz - ecoou pelos auto-falantes do local:

"Dr. Max, se puder subir ao meu laboratório, por favor." - talvez o homem tivesse alguma sugestão. E poderia, também, perguntar para ele sobre suas aventuras na noite anterior - seria bom tanto por conseguir dois ângulos de informação, como também para, cruzando as informações, conseguir qualificar a qualidade e honestidade de ambos os lados.
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Mensagem por Ezio Stracci Qua Dez 20, 2017 5:59 pm

No momento em que viu a câmera ele se arrependeu por não ter verificado antes, mas agora era tarde para reclamar.
"Vamos seguir o jogo"

Ficou encarando a boneca e começou a falar meio com tom de desânimo.

- O mais plausível é que seja alguns seita acreditando ser mais do que realmente

Volta para ela

- Bem, me desculpe pela forma como falei e muito obrigado pelos conselhos, mas bem, ainda assim você não quer me matar? Eu ficaria perplexo

Volta a olhar a boneca pensando
"Espero muito que a câmera não tenha áudio, mas certamente teria uma câmera aqui"

- Mas e essa boneca? Algum brinquedo seu? Coisa de infância? Algo parecido?
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Mensagem por The Oracle Qua Dez 27, 2017 11:14 pm

- "Peraí, vocês estavam vigiando a casa onde os magos sêniores estavam... agindo? Uau, isso foi... audacioso..." - Granger parecia perplexa, por detrás dos grandes óculos - "Uau... Eles viram vocês?"
- "Claro que não viram, chica. Senão já saberíamos, né?" - disse Cortéz, com a boca cheia. Mas seus olhos demonstravam perplexidade também - "E é melhor não saberem, né? E aproveitando que Thelma não está aqui, melhor que continuem sem saber, né? Na verdade, estou com inveja. Queria eu ter tido essa ideia"
- "Tá... ok..." - Disse a Hermética. Ainda parecia um tanto perplexa, mas algum tipo de entendimento começava a se formar em seu rosto - "Com a condição, é claro, que nosso querido e ousado Akasha partilhe do conhecimento adquirido. E se haviam realmente outros Seres da Noite no lugar, a coisa toda pode ser maior, e mais interessante, o que esperávamos. Mas não aqui. vamos para o depósito".

O rosto dela demonstrava um sorriso malicioso agora.
_________________________________________________________________________

Dentro do armazém, através das portas que separavam a área de West do restante, o médico ouviu seu mentor, praticamente gritando para poder ser ouvido, enquanto caminhava para o local.

- "Ora, que bom que já acordou! A noite ontem foi frutífera, embora um tanto assustadora. Estava apenas esperando que acordasse para convidar o jovem Oliver a vir aqui. Há algo que ele precisa ver, e..."

Nesse momento, o velho adentrou a sala, e se calou ante o caos sobre a mesa. Em seguida, olhou a face de West, balançou a cabeça, e disse:

- "Algum experimento falhou, não foi? Conheço essa sensação melhor do que gostaria..."
_________________________________________________________________________

O`Sullivan observou enquanto Ezio andava pelo quarto. E ela viu quando ele se deteve no local onde estavam a boneca e a câmera.

- "Uma seita, você diz... É, quem sabe, não é?"
- "Bem, eu não gosto de levar tiros, obviamente. Mas estava escuro, todos estavam tensos, etc, etc. Claro, da próxima vez, seria bom você se certificar do seu alvo antes de apertar o gatilho. O ponto central é: o quanto antes pegarmos essa 'seita', mais rápido todos pararão de ficar tensos. Se tiver qualquer informação a respeito, partilhe logo! Pode começar dizendo que pista te levou até aquela casa, pode estar ligado com algo que eu saiba. E a propósito, o 'Rei do Pedaço' é um... conhecido, digamos assim. Não saiam atirando no cara se o acharem por aí"

Quanto a boneca, ela bufou, e disse: 

- "Minha avó que fez. Eu a acho feia como um capeta, mas a velha diz que é pra me proteger. E eu não discuto com minha avó, pura e simplesmente."
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Mensagem por Ezio Stracci Ter Jan 02, 2018 12:14 pm

Ezio volta para perto da moça

- Certamente não é bom desrespeitar os familiares mais velhos

Olhando para a câmera

- Devo me preocupar?
Se mantém olhando para a camera para que ela entenda do que ele está falando.

Após isso, volta-se pra ela

- Pois bem, como eu posso compartilhar o que sei sem que você ache que estou falando maluquices?
- E quanto ao seu amigo, rei do pedaço, ele tem uma espécie de coisa que eu não gosto muito, não costumo ter muita paciência com o tipo. Por que alguém como você se faria aliança com ele?
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Mensagem por Oliver Gray Qui Jan 04, 2018 9:55 am

Oliver concordou com o que cortez disse de imediato:

- "É verdade, acho que eles não viram a gente, na verdade, embora nós não estivéssemos ali nos escondendo exatamente deles. Mas tem razão, melhor falar disso no galpão".

   Chegando ao galpão...

- "Pois é... nós estávamos lá porque decidimos ficar de olho em seja lá o que acontecesse naquela casa, queríamos saber de imediato se alguma coisa perigosa demais saísse de lá...".

  Assim, Oliver começa a relatar mais detalhadamente as coisas que ocorreram durante a noite fatídica. Durante esse tempo, o akasha tentou em vão decifrar a expressão de Granger, levemente orgulhoso dela ter agido com uma postura diferente da que ele esperava a princípio.

- "E então foi isso... Eu pretendia abordar a maga que chamam de dança com lobos ou algo assim no final de tudo, mas as coisas deram errado a um ponto que eu nem me lembrei disso... o tal "rei do pedaço"... o cara era forte".
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Mensagem por Dr. Faust West Qui Jan 04, 2018 11:11 am

"Oliver?" - murmurou West consigo mesmo, antes que o doutor pudesse ouví-lo. Seus olhos pousaram sobre Eliza, como se realmente esperasse que a esposa fosse contribuir com alguma espécie de comentário. 

Se era sobre Oliver, e se ele estivera certo sobre os magos seniores indo visitar a mesma casa que eles, eles podiam ter descoberto algo sobre irmãos. Algo mais específico, que seus sensores e suas habilidades não lhe permitiram perscrutar. Aquilo era... interessante. 

Quando Dr. Max entrou na sala, Dr. West pousou os olhos sobre ele. Acenou brevemente com a cabeça. 

"Nós recuperamos um diário pessoal do Profeta Samuel, onde presumimos que encontram-se registros detalhados de seus experimentos." - ele não queria dar muitos detalhes. Dr. Max era seu mentor, de fato, mas não confiava no outro ainda - ao menos não o suficiente para ter certeza de que ele não tomaria o diário de suas mãos e o levaria para ser desvendado pelos magos mais experientes da cidade. "Como seria de se esperar, ele está fechado. Para evitar dias em busca da chave para essa fechadura quântica, decidi que seria mais prático clonar os escritos em outro cadenro. E, de fato, estava funcionando..." - ele disse, aproximando-se da bancada onde repousava o caderno que receberia as letras. Nele, podia-se ver várias marcas nas páginas, quase letras, muito sutis, impossíveis de ler - em algumas, traços negros, que pareciam queimados, tomavam força e atravessavam as páginas na diagonal. 

"Mas a solução se tornou instável nos últimos vinte minutos, sem aviso prévio. As manchas negras são picos de energia, que super-carregaram o material e distorceram a frequência. O resto ficou sutil demais, impossível de ler." - e ergueu os olhos para Dr. Max, dando um passo para trás e dando ao homem acesso a sua bancada. Lá, haviam registros detalhados em papel das substâncias e da quantidade usadas - Faust era, afinal de contas, terrivelmente metódico. 

"Sugestões?"
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Mensagem por The Oracle Qui Jan 04, 2018 11:52 pm

Em um primeiro momento, a detetive não pareceu entender do que seu parceiro falava. Olhou por algum tempo para onde ele apontava, franziu a testa, levantou da cama com alguma dificuldade (estava com uma camisola de hospital, que deixava ver uma boa parcela de "side boobs"), e andou até a prateleira. Aí então pareceu ter visto a câmera. Ezio a ouviu murmurar "ah, aquela vadiazinha..." entre os dentes, enquanto pegava a câmera com a mão boa e a virava de um lado para outro. Depois de alguns segundos, riu, virou a objetiva para seu rosto, e disse, como quem fala para quem está assistindo:

- "Na próxima, me avise, ô loira-aguada! E Mike, se você estiver vendo também, não OUSE vir pra cá!"

E virou o switch da traquitana para "off". Voltou a falar, enquanto se dirigia de volta para a cama.

- "Ok, sobre maluquices, vamos combinar o seguinte: você vai falando e eu não vou te interromper, e prometo não contar pra ninguém o quão maluco você é. Combinado? De qualquer forma, aqui em Portand rolam umas coisas malucas. Somos uma cidade que de vez em quando tem homicídios causados por ursos pardos, e tivemos o primeiro ataque terrorista em solo americano desde o 11 de setembro. Acho que aguento as suas maluquices."


- "E quanto ao Rei do Pedaço, ele é irritante sim. E fala alto demais. E fede. Mas ele sabe das coisas que acontecem nas ruas. Os melhores informantes são como ele, invisíveis, e cheios de olhos."
_________________________________________________________________________

Durante a oratória de Oliver, Granger parecia pensativa. Andava de um lado para o outro, queixo apoiado na mão esquerda. Parecia estar ouvindo com forte concentração. Ao final, começou a falar, meio murmurando. Era difícil dizer se estava falando com os dois homens, ou com ela mesma: 

- "Hummm... eles se prepararam pesadamente antes de entrar na casa. Deviam mesmo estar esperando algo mais sério. Parecem ter encontrado algo que os espantou deveras. O que espantaria magos experientes dessa forma? A esterilidade da Umbra local é um indício interessante... Parece ter apelado às crenças religiosas da Oradora... Ah, como eu gostaria de ter ouvido o resto da conversa..."

Repentinamente, se voltou para Oliver, e disse: 

- "Mas você ia mesmo abordar Dança-com-Lobos quando eles saíssem? Como ia explicar sua presença ali. Eu sempre quis conhecer essa mulher, mas suspeito que de madrugada, ao sair de uma casa aterradora, não seria o melhor momento."


- "Fale mais sobre esse Rei do Pedaço, e sobre os outros que apareceram depois. Essa parceira do Ezio, será que ela é Desperta?"
_________________________________________________________________________

Dr. Max se aproximou da bancada, ajeitou os óculos e tomou as anotações para ler. Depois de passar os olhos os papéis, observou com cuidado o livro original e o caderno em branco, cheirou a mistura, e falou: 

- "Nos meus primeiros anos, a maioria dos meus experimentos químicos falhos se resumiam a duas coisas: temperatura e vibração. Em uma mistura cuja estabilidade dos compostos é essencial, com parece ser o caso aqui, pequenas variações de temperatura podem por tudo a perder. Estou certo que verificou a intensidade do Bico de Bunsen com frequência, mas aqui nessas regiões tão ao norte, há o problema da temperatura ambiente. Em meio ao trabalho, nem nos damos conta disso, mas a madrugada vai ficando gradualmente mais fria, e temos que compensar isso. O outro ponto é a reverberação. Perdi muitas misturas antes de me dar conta que a calibração do osciloscópio precisa levar em consideração o potencial vibratório que atinge o frasco e reverbera de voltar para a mistura" - rabiscava uma equação nos papéis, enquanto falava - "essa fórmula dá o índice de reverberação para vidro comum de laboratório, como o desses béqueres. É um pouco frustrante, eu sei. Parecem coisas fáceis de se ver, agora que não estamos no meio do experimento, mas o fracasso é talvez o melhor professor. Ah, e dormir também ajuda, é claro. A mente cansada é ineficiente." - falou isso com um certo ar de reprovação.

Tomou uma pinça que estava sobre a mesa, e muito delicadamente ergueu o diário do Profeta com ela. O olhou de vários ângulos, depois o depositando novamente sobre a mesa.

- "As ligações subatômicas parecem ter sido reforçadas com energia primordial. Um método trabalhoso e perigoso, na minha opinião, mas a eficiência é inegável. Nem uma prensa industrial abriria isso. A idéia de copiar a peça foi astuta, meu jovem, parabéns! Aquele Corista devia realmente dar muita importância ao que escreveu aqui. De toda forma, eu recomendaria uma secagem lenta antes de uma nova tentativa, de forma a estabilizar o Padrão."


- "Bem, enquanto a coisa seca, estava pensando se poderia convidar o jovem Oliver até aqui. Há algo que ele precisa ver."
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Mensagem por Dr. Faust West Sáb Jan 06, 2018 11:31 am

Enquanto Dr. Max falava - principalmente quando citou a temperatura da madrugada, que progressivamente esfriava, alguém muito atento poderia notar os olhos mortos do outro cientista arregalando-se muito, muito sutilmente em compreensão. Aquilo não apenas fazia sentido, como se adequava ao que havia experimentado: o experimento começara a falhar nas horas mais frias da madrugada, e ele tentara compensar com química o que deveria ser compensado com física.

" - Muito interessante. Obrigado." - limitou-se a responder, antes de acompanhar os movimentos que seu mentor fazia com o diário do Profeta bem seguro pela pinçça. 

" - A limitação do método da cópia é que não teremos acesso a digitais, manchas de café ou comida que poderiam ser úteis em traçar a localização dele quando escreveu determinadas entradas e, mais importantemente, não terei acesso a nenhuma foto ou documento que ele possa ter posto entre as páginas." - disse. Dr. West, ainda que um pouco arrogante, era extremamente crítico não apenas dos outros, mas dos próprios trabalhos. " - Mas é alguma coisa, sim. Caso funcione." - concordou, tirando o óculos e massageando os olhos cansados por dois segundos. 


Quando Dr. Max falou de Oliver, West meneou a cabeça. "Por que não o chamamos para almoçar?" - sugeriu. "Eu preciso visitar um contato agora de manhã, e se deixaros isto para o almoço, terei tempo de dormir pelo menos algumas horas. E o senhor pode me interar sobre o assunto." - comentou, antes de justificar-se:

" - Não passa muita confiança aos colegas de cabala, que olham para mim por orientação, se eu estiver tão surpreso quanto eles frente a uma nova informação." - falar aquilo de alguma forma denunciava a Dr. Max o comportamento calculista de seu pupilo, mas Dr. West imaginava que não seria surpresa para o outro. E, é claro, se dividiriam um laboratório, algum grau de confiança mútua e conhecimento dos planos um do outro.
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Mensagem por Ezio Stracci Dom Jan 07, 2018 8:24 am

"Quem diabos é essa mulher afinal?" Ezio pensava enquanto se sentava à beirada da maçã e observava a moça falando com a câmera. Claro que aproveitou para dar aquele confere na moça sem se preocupar em ser pego fazendo isso.

- Ah! Tem áudio?! Que bom
Diz em tom de ironia

Então a espera vir até ele

- Ursos pardos... Não é bem o tipo de maluquice a qual eu me referia.
- Quanto ao seu amigo, eu vou tentar não dar um tiro nele.

Olha para o teto, suspira e então dá um sorrisinho leve

- Bem, eu te devo uma, não é? Acho que esse é o mínimo que eu posso fazer, então vamos lá
- Se eu te disser que esse mundo pode ser habitado por alguns seres com "habilidades" especiais?
- Alguns podem alterar a realidade de acordo com sua vontade, outros parecem não respeitar o ciclo da vida e se tornam mais como uns vermes que seres especiais, mas são coisas não vistas todos os dias.

Para pra observar como a garota tem recebido aquilo até o momento.

- Eu descobri a existência de tais pessoas há algum tempo e desde então tenho procurado formas de descobrir mais sobre, e possivelmente usar isso a favor da humanidade.
- Eu sei que parece estranho, mas eu sei o que vi.
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Mensagem por Oliver Gray Dom Jan 07, 2018 8:14 pm

Oliver parecia pensativo por um tempo, tanto que demorou um pouco para responder. Quando respondeu, parecia um pouco confuso:

   Com certeza tem algo sério acontecendo naquela casa. Os mestres pareciam armados até os dentes quando entraram na casa e eu não duvido que todos eles sejam fortes pra caramba. Agora, sobre a coisa de falar com a Dança com Lobos... Não é como se eu precisasse justificar meu paradeiro pra quem quer que seja. Mas se eles me perguntassem, eu responderia do mesmo jeito que respondi pra você e Cortez. Às vezes, parece que a gente enxerga algumas coisas diferente, mas eu não consigo realmente explicar isso com palavras, não que eu seja bom nisso haha.

   Quando começou a falar sobre o Rei do Pedaço, Oliver parecia muito empolgado, como se finalmente tivesse chegado à parte interessante da história:

- "O Cara era tipo, muito forte! Muito forte pra ser um humano normal. Além disso, bater nele era como socar um muro e ele era mais rápido do que eu, tipo, umas duas vezes mais rápido. Eu nunca tinha visto nada tão incrível assim, exceto pelos meus mestres, é claro. Mestre Raiga, o trovão, era tão rápido que parecia estar em todos os lugares ao mesmo tempo, menos naqueles que você atacasse! Mas enfim, o Rei do pedaço tem que ser um sobrenatural, não tem nada nele que parecesse humano. Isso sem contar os caras que chegaram depois. Eu nunca vi tanta raiva acumulada em tão pouco espaço. Um dos caras estava quase espumando de uma hora pra outra, como se fosse enfartar. Enfim, vocês tinham que ter visto... Vão por mim, essa cidade está enfestada de alguma coisa! Ah, eu não sei se a parceira do Ezio é sobrenatural. Por sinal, eu achava que tinha olho bom pra essas coisas antes de vir para Portland...


Última edição por Oliver Gray em Seg Jan 08, 2018 8:30 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por The Oracle Seg Jan 08, 2018 7:48 pm

Max riu alto quando West falou de como seria desagradável parecer desinformado frente aos companheiros de cabala, mas assentiu com a cabeça.

- "Claro, claro, é compreensível. Uma ótima medida, especialmente se houver Herméticos por perto. Eles estão o tempo todo sondando para ver se acham alguma fraqueza sua, para manter "no bolso", se é que me entende. E se o jovem Oliver não se importar em comer pizza, podemos convocá-lo para o almoço. Mas venha, permita-me demonstrar o que os olhos do Akasha verão mais tarde."

O velho se dirigiu a um ponto do grande armazém. Lá, havia uma bancada de trabalho, com algo sobre ela, coberto por um pano. A coisa debaixo do pano devia ter o tamanho de aproximado de um bloco de folhas A4, mas seus contornos não eram retos e harmoniosos como os de um paralelepípedo. Em verdade, a coisa ali oculta parecia ter muitos ângulos agudos, como se tivesse espinhos, ou garras...

Um leve aroma de combustão permeava o ar ali

Quando Max puxou o pano, uma forma horrenda e retorcida foi revelada. A coisa parecia coberta por uma carapaça cinzenta, onde se viam grandes marcas de queimadura. Possuía dedos atrozes, disformes, finos como lâminas, que brotavam radialmente de quatro pequenas mãos repulsivas, viradas para cima, dispostas nos "cantos" de seu corpo. O corpo, por sinal, era como que formado por estruturas alongadas, retorcidas, ligadas entre si, mas com buracos entre elas, algo que certamente não encontraria paralelo no mundo animal. E havia uma pequena cabeça, pendente do centro de seu corpo, pendurada ma parte inferior. Um único olho, brilhante, reflexivo, os observava.

Aquele olho, ele brilhava, refletindo a luz mortiça do armazém. Brilhava como... vidro. Sim, era vidro. O vidro de uma objetiva. A "cabeça" da coisa era uma câmera. Uma vez que isso era percebido, ficava fácil verificar que as "mãos" era hélices. Aquilo era um drone. Um drone com severas marcas de queimadura, tendo sido atingido por calor suficiente para retorcer sua estrutura de polímero plástico.

- "Tenho a impressão que talvez esse tenha sido o "monstro voador" que Oliver viu na casa..."
____________________________________________________

- "Tem áudio sim. Mas não esquenta - disse O'Sullivan - quem estava assistindo era uma patricinha, um mendigo, um skinhead e o meu irmão. Nada vai sair daqui."

A mulher parecia interessada no papo de Ezio. Sentou-se na cama com algum esforço, já que tinha apenas um braço funcional. Além disso, as pupilas estavam meio dilatadas, provavelmente o efeito de analgésicos. Ela ouviu, e disse:

- "Tá, mas o que você quer dizer com 'alterar a realidade'? Tipo aquelas coisas de ficção-científica, outras dimensões? E o que é 'desrespeitar o ciclo da vida'? Tipo, ciclo você diz nascer e morrer? Zumbis? Stracci, na boa, você precisa ser mais claro. Não tem mais câmera, e já falei que não vou te dedurar pra Assuntos Internos, dizendo que você é maluco. E além disso, eu passei literalmente a porra da minha vida toda ouvindo histórias sobre fadas e leprechauns. Não que eu ache que tenham duendes com potes de ouro no fim do arco-íris, mas certamente o mundo pode ser mais... 'estranho'... do que imaginamos. Quem está na força há algum tempo sempre ouve histórias, vê coisas. Eu peguei rotina de patrulha noturna por 3 anos, quando era oficial. Vi umas coisas também."

Ela parecia sincera, e interessada. E ainda acrescentou:

- "E se você precisa de um incentivo pra se desinibir e soltar a língua, tem uma garrafa de scotch na gaveta. Foi "contrabandeada" pra cá, mas eu não posso, por causa dos antibióticos."

- "Vou contribuir com a minha parte: ouvi rumores nas ruas sobre um culto. Escalpeladores, gente que arranca a pele de outras pessoas em rituais. E isso talvez estivesse ligado a esse pessoal que tem desaparecido. Ouviu algo?"
_________________________________________________________________________

- "Ah, Oliver..." - disse Granger, abanando a cabeça - "embora o que você disse sejam palavras bonitas, não é assim que as coisas funcionam. O fato é que você tem sim que justificar seu paradeiro, a depender da situação. Somos Despertos, não meros cidadãos americanos livres e desimpedidos. Se você resolver sair por aí espancando Adormecidos, quem vai te impedir? A polícia? Caberia a nós, outros Despertos, deter você. Da mesma forma, se você resolver se juntar à Tecnocracia, ou estiver a caminho de Decair, ou de enfrentar o Silêncio, ou virar um Infernalista, ou explodir de Paradoxo numa escola primária, serão Despertos que o impedirão. Nós vigiamos uns aos outros, o tempo todo, ainda que não gostemos de admitir isso. É para o bem dos Adormecidos, e para o nosso próprio. Não duvide que ESTÃO te vigiando, e não duvide que seu paradeiro levantar suspeitas, essas suspeitas serão averiguadas, por métodos que você pode ou não gostar. Você não está mais num mosteiro no meio do nada..."

Ela falava de forma gentil, mas se Oliver não fosse tão obtuso em ler as pessoas, talvez notasse a condescendência em sua voz, como quem fala com uma criança. Ou com um idiota. Depois de uma pausa, prosseguiu:

- "Especialmente no seu caso... O modo como você chegou aqui, ainda me deixa pensando durante a noite. A Irmandade e a Ordem se associarem não é inédito, mas também não é comum. E um Portal de Hermes não é uma coisa, digamos, "barata" de se ativar" - ela parecia pensativa - "Bem, nem sei porque estou te dizendo isso. Mas enfim, pelo pouco que ouvi falar de Dança-com-Lobos, ela é bem desconfiada, e não gosta de estranhos. Abordá-la de repente talvez não fosse uma das melhores ideias. E os outros magos sêniores todos estariam ali também. E eles estariam esgotados por terem acabado de sair de um possível ninho Nephandi. E era alta madrugada, frio, no meio da rua, com Adormecidos nas casas próximas podendo ouvir a conversa... Bem, na verdade, não consigo pensar em muitas situações piores que essa para abordá-la... Mas..."

Agora ela andava de um lado para o outro, com o queixo seguro na mão esquerda.

- "Mas, sabe, pelo que já ouvi dizer, ela não é 'fechada' com os demais magos mais velhos. Me parece que ela não liga pra essa coisa toda de Tradições, e que gostaria mesmo era que todos os demais magos sumissem de Portland. Nesse caso, talvez seja possível extrair informações dela. Afinal, porque alguém guardaria segredo para uma patota que nem curte muito? Talvez nós pudéssemos fazer uma visitinha a ela, não? Uma cortesia? As regras tradicionais dizem que um mago que chega a um protetorado se apresenta aos magos residentes. Ora, ela é a maga residente mais antiga, e não nos apresentamos a ela, certo? Me parece que, na casa dela, ambiente dela, pode ser um melhor local para uma abordagem... E nesse papo, talvez possamos descobrir algo sobre esse tal Rei do Pedaço. Ate onde sei, ser forte e rápido é algo comum para muitas dessas criaturas sobrenaturais. Não temos pista alguma, mas descobrindo qual a dele, podemos descobrir qual 'grupo', além de nós, está interessado naquela casa. Pensando bem, ele poderia até ser um Desperto."


Cortéz apenas ouvia, olhando de um para o outro.
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Mensagem por Oliver Gray Ter Jan 09, 2018 10:01 am

Depois da longa explanação de Granger sobre o quanto Oliver não entendia do mundo, ele ficou calado. Na verdade, ele teve vontade de dizer muitas coisas. Aquela voz que surgia de dentro dele exalando uma sabedoria antiga gritava para colocar a garota no lugar, mas Oliver mordeu a língua. Por que ele sentia uma vontade tão enorme de retornar ao ninho de dragão, talvez se tornar um mestre lá e ensinar os mais novos? O mundo definitivamente não lhe agradava. Se não fosse sua irmã... Bom, ele poderia voltar quando terminasse esse assunto, se o destino assim permitisse. Oliver ainda flertava com esse pensamento quando Granger parou de falar.

- "Tem razão", disse ele sem especificar exatamente qual a razão que ela tinha. "Se me derem licença, o dia vai ser longo hoje, então até mais".

  Deu um tapinha no ombro de Cortez e mal olhou para Granger quando saiu.


  Oliver seguiu para seu quarto, onde enviou um SMS para Faust:

  "Estou pensando em ir falar com Dança com Lobos. Como raios eu a encontro?".


Última edição por Oliver Gray em Ter Jan 09, 2018 10:52 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Ezio Stracci Ter Jan 09, 2018 10:41 am

“Uhn… A moça parece não ignorar tudo o que falo”

Procura ajudá-la a se sentar e se senta de frente. Ouve a moça

-Por favor, entenda, como eu vou falar dessas coisas com tanta naturalidade?
- Bem, eu não sei quanto ao Leprechaun ou duendes, mas sinceramente eu não duvidaria e para falar a verdade o mundo é sim mais estranho do que parece.

Olha na direção que ela apontou o scoth contrabandeado

-Eu não ia aceitar, mas já que caiu do caminhão hoje de manhã, acaba de parecer mais interessante

Pego uma dose da bebida, cheiro, paro um pouco na boca. Finjo estar apreciando, mas na verdade estou tentando me certificar de não ter veneno. Caso eu não identifique algo anormal eu engulo. Suspiro

-É, vai ajudar

Então começo a tentar ser mais claro

-Sim, como nas coisas de ficção científica, algumas pessoas fazem isso, quanto ao ciclo da vida, claro, é algo parecido com zumbis, mas na verdade, eu sei que é estranho, mas seriam vampiros, e suspeitei do seu amigo manda chuva quanto a isso
-Tem outras coisas também, mas ainda vamos descobrir.

Toma mais um gole.

-Um culto?

Começa a anotar as coisas que ela disse um tanto interessado

-Por favor, diga tudo o que ouviu
- Talvez possamos trabalhar juntos O’SULIVAN.
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Mensagem por Dr. Faust West Qua Jan 10, 2018 11:23 am

Ele meneou com a cabeça sutilmente, quieto como era Dr. West na maior parte do tempo - principalmente cansado como estava - e moveu-se atrás de Dr. Max, passo a passo, em direção a sua bancada. 

Seus olhos pousaram sobre a forma coberta por anos, e ele franziu o cenho muito sutilmente. O que diabos estava embaixo daquele pano? Preservando sua abordagem lógica, Dr. West impediu-se de fazer suposições infundadas, apesar de mentalmente anotar as pequenas pistas: os ângulos, o cheiro..

Quando a figura foi revelada, o necromante, sempre muito sério, virou os olhos para Dr. Max numa expressão que dificilmente poderia ser descrita como algo além de
Spoiler:
. Mas aquilo era curioso. Não parecia...

"Perdõe minha petulância, mas dificilmente me parece necessário convidar o jovem Akasha para almoçar para dizer-lhe que teve um pequeno episódio de histeria, Dr. Max." - afirmou. O "perdão" do começo era tão artificial que dificilmente pareceria aliviar alguma coisa. "Sobre o que realmente iremos tratar?"
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Mensagem por Ezio Stracci Qui Jan 11, 2018 12:14 am

Carisma + Lábia
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Mensagem por The Oracle Qui Jan 11, 2018 12:14 am

O membro 'Ezio Stracci' realizou a seguinte ação: Rolar Dados


'D10' : 2, 9, 2, 2, 2, 9, 3, 9
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Mensagem por The Oracle Qui Jan 11, 2018 4:37 pm

O whisky não estava envenenado. Na verdade, era de excelente qualidade. Enquanto Ezio o experimentava, a mulher falava:

- "Hummm, você parece bem hesitante em falar dessas coisas de ficção-científica..." - disse O'Sullivan, fixando os olhos verdes nos de Ezio - "Mas não se preocupe, o Rei do Pedaço não é um vampiro. Ele curte alho, e já o vi andando debaixo do sol."
- Já quanto a trabalhar juntos, bem, certamente vão me prender aqui por pelo menos mais uns dias. Mas... bem, eu posso te falar o que sei, e se as pistas esquentarem, talvez você possa trabalhar com alguns... associados meus. Para o bem de todos."
- "Veja, alguns desaparecimentos tem sido registrados nas últimas semanas. E eu sei de mais alguns outros que não foram registrados, porque os familiares não confiam na polícia. Mas mesmos os que foram registrados, são gente invisível, sabe? Moradores de rua, e pessoal da reserva indígena. A polícia não se mexeu. E um dos que sumiu, foi encontrado morto. Esse é o único que caiu na nossa alçada. Era um morador de rua idoso. A causa-mortis foi registrada como hipotermia, mas não sei bem ao certo... A autopsia foi feita por um médico do Mercy que chegou a pouco tempo  na cidade, e confesso que ele não me inspira confiança. O capitão Briggs não é de virar a cara pra essas coisas, então pedi permissão para investigar isso, e ele concedeu."
- "As suspeitas que temos do tal culto envolvem um pessoal que procura certas pessoas específicas, que eles escolhem não sei como, e então procedem a arrancar ritualmente a pele dessas pessoas. Não localizamos nada ainda, e isso é estranho, pois o local deveria deixar alguma pista. Arrancar a pele de alguém envolve muito sangue, mas nada, nem sinal."
- "A última garota que sumiu tinha 13 anos. Demos sinal do desaparecimento dela ontem... Essa é uma foto dela. E isso é tudo o que temos até agora..."

Nisso, mostrou a Ezio, no celular, uma foto de uma garota, com alguns traços indígenas, mas olhos claros. Não devia ter mais do que 13 ou 14 anos. Não estava sorrindo na foto.
___________________________________________________________________________________

- "Iremos confirmar ou desconfirmar hipóteses, meu jovem. Se o que Oliver viu foi realmente essa coisa, isso implica uma série de coisas. Se o que ele viu difere disso, então outras hipóteses podem ser verdadeiras."
- "Veja, essa coisa aqui é bem avançada, nível militar. Vários dos sistemas estão bem danificados, mas consegui verificar que a câmera é de alta resolução e velocidade, e dispõe de um sensor infravermelho. Parece haver microfones direcionais bastante eficientes também. Não posso ter certeza, mas apostaria meu almoço de que há um tanto de Ciência Iluminada aqui. Se isso estava nas proximidades quando Oliver sozinho entrou na casa, provavelmente implica que o local ou ele estão sob vigilância. A não ser que você acredite em coincidências... E quem está vigiando, muito provavelmente podem ser nossos sumidos adversários."

- "Já se o que o ele viu for outra coisa completamente diferente, então podemos estar de frente a uma real ameaça sobrenatural. Não achamos na casa nada de muito diferente do que vocês encontraram, mas, embora não tenhamos dado de cara com algum Decaído, o local era sem dúvida sinistro, e estranho, e com efeitos que eu nunca havia presenciado antes. Pode haver algo mais. E isso pode nos levar a termos que nos aprofundar na questão, inclusive indo ter com a antiga moradora da casa."
- "Outra hipótese, mais estranha ainda, é se Oliver for o vigiado. Willian comentou que ele veio do Japão usando algum tipo de distorção espaço temporal. Não me parece o tipo de coisa que se faz pelo Iniciado nosso de cada dia. Talvez essa rapaz tenha em si mais do aparenta."


- "E é isso. Além do que, gosto de ter companhia para o almoço. Você mal come, e Frank não é das melhores companhias para esse tipo de ocasião"

- "Obrigado, Doutor!" - gritou Frank, de algum ponto escuro no armazém.

Nisso, o celular de West vibrou. Havia um SMS de Oliver, e outro de Boca-de-Cabêlo. Esse último dizia apenas: "Não se fala desses assuntos sem um padre por perto, doutor."
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Mensagem por Ezio Stracci Seg Jan 15, 2018 12:10 am

Ao provar do Whisky de excelente qualidade sem veneno, faz um comentário.

- Uhn! Obrigado pela bebida!
- É de excelente qualidade!

Sigo ouvindo e anotando

- Eu receio que os vampiros sejam um pouco diferente do que esperamos, mas vou confiar em você
"Ritual, arrancar a pele, sem vestígios..."
- Então você acredita que as pessoas desse Culto procuram por características específicas para realizar suas atividades, interessante.
- Você sabe o nome desse médico?

Sigo ouvindo e anotando entre um gole e outro

- Então, desaparecimentos de pessoas que são usadas para rituais muito estranhos que não deixam pistas
- Pensando bem, as coisas que eu falei podem não ser tão loucas
- Odeio quando envolvem crianças

Me levanto e me ajeito.
Tiro uma foto da foto.

- Bem, você felizmente não está tão mal quanto poderia

Dá um sorrisinho sarcástico

- Bem, espero que melhore logo, vou trabalhar com o que você me deu
- E por favor, o contato dos seus "companheiros"?

Após isso, se despede, se nada o atrapalhar vai até seu carro e manda uma mensagem para a cabala.

/Temos uma espécie de culto envolvendo o sacrifício de pessoas. Mas eles não deixam vestígios apesar de arrancarem a pele dos sacrifícios. Isso coincide com o desaparecimento de pessoas na cidade. Uma criança, de uns 13 anos é a vítima mais recente, vou investigar sobre./

Mando a foto da menina para qualquer um dos dois que tiver como receber a foto.

Sigo pra delegacia.
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Mensagem por Dr. Faust West Seg Jan 15, 2018 12:53 pm

Dr. West resguardou o silêncio, ouvindo as explicações de Dr. Max. Ele meneou a cabeça brevemente, de acordo com a primeira metade: "Desmontando o drone talvez possamos identificar algo rastreável nas partes, ou, para alguém com as habilidades certas, nas linhas de código." - comentou. "Isto é, se a hípotese do senhor for confirmada."

Dr. West ainda não via muita necessidade naquilo, para ser honesto - era só mandar uma foto do objeto para Oliver. Mas quando veio a última parte, denunciando seu interesse e sua curiosidade sobre a pessoa de Oliver, tudo aquilo fez sentido - não se tratava de simples curiosidade científica sobre o ataque, mas sobre o próprio Akasha. Curiosidade que ele próprio compartilhava. 

"Entendo. Vou chamá-lo. Devo convidar o Euthanatoi também?" - perguntou. Como quem se lembra subitamente de algo, acrescentou: "Alguma novidade quanto a Elliot e sua irmã?" - quis saber. 

Quando seu celular vibrou, o doutor pegou-o nas mãos. Esfregou os olhos cansados para ler melhor. Respondeu de imediato: "Venha almoçar aqui no armazém. Dr. Max deseja conhecê-lo e discutir sobre a criatura que o atacou na casa. Ele saberá indicar o caminho até Dança com Lobos..

A resposta para Boca-de-Cabêlo foi digitada ainda mais rápido: "Quando podemos conversar com um padre por perto? Pressing matters."

(Usei inglês por que "urgente" é forte demais, e eu não soube como traduzir apropriadamente).
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Mensagem por The Oracle Seg Jan 15, 2018 1:34 pm

- Ora, por que não? - disse Max, sorrindo, e cobrindo novamente a coisa - O Sr. Stracci parece um homem simpático. E sendo de descendência italiana, deve gostar de pizza, hehehe. Já sobre Elliot e sua irmã, bem, Willian tem se mantido informado... Ele demonstra genuína preocupação com os dois. Ambos estão morando num casarão em West End. A preocupação é justificada, supondo que as histórias que Willian conta sobre o passado do Sr. Ward sejam verdadeiras, mas me parece que talvez ele esteja exagerando na reação... Irei desmontar essa coisa depois que todos a virem. Já escaneei por explosivos, e não há traços, mas do modo como está avariada, uma vez desmontada provavelmente não poderá ser remontada.

A resposta de Boca-de-Cabêlo, dessa vez, veio rápida:

- Ora, o padre Calahan está aqui agora mesmo, pegando a confissão dos rapazes. Me parece um bom momento. Melhor ainda falar dessas coisas à luz do dia. E seria bom vocês já se conhecerem, já que amanhã ele vai naquele necrotério seu benzer aquele corpo tocado pelo capeta.
____________________________________________________


- O médico tinha o nome de um ponto cardeal... qual era mesmo? North? Não, West! Isso, West. Um primo está tentando levantar algo sobre ele, mas parece limpo. Só chegou há pouco tempo na cidade. Sei lá, pode ser só uma intuição boba..."


Quando Ezio pediu o contato dos "companheiros" de O'Sullivan, ela pensou por alguns segundos. Pareceu até tempo demais. Mas no fim das contas, sussurrou um - Ah, foda-se - e lhe deu um número de celular. Disse pertencer a uma tal Kate.

- E não ouse me deixar de fora dessa, entendeu, Stracci?! Me avise logo que descobrir algo, ou chuto essa sua bunda daqui até a Itália quando sair desse caralho de hospital!


Nada mais impediu Ezio, que mandou a mensagem a seus companheiros, e dirigiu sem maiores problemas até a delegacia. Lá chegando, viu a mensagem que West lhe mandou, foi recebido por um oficial com quem cruzou no corredor, lhe dizendo:

- Bom dia, detetive. O capitão Briggs perguntou pelo senhor. Parece que quer vê-lo.

Supondo que Ezio vá ter com o capitão, encontra o mesmo em sua sala. Assim que o vê, o velho policial acena para que ele entre e feche a porta, e logo que o faz, pergunta:

- Não quebrou a porra do microfone, né, Stracci? Deu em algo a campana? E desembucha logo: tua parceira te arrastou pra esse lance das crianças desaparecidas, né? Era sobre isso a campana, não era? O'Sullivan levou um tiro ontem à noite. A história dela diz que foi abordar um carro numa rua suspeita, pedir esclarecimentos, e foi alvejada. Senti que tem mais do que isso nessa história. E aí?
____________________________________________________

Oliver recebeu as mensagens de seus companheiros. Uma delas falava de uma foto, mas aquele dinossauro que ele chamava de celular não exibia essas coisas. Ao menos, tinha o jogo da cobrinha...


Última edição por The Oracle em Seg Jan 15, 2018 3:06 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Dr. Faust West Seg Jan 15, 2018 3:02 pm

Dr. West meneou a cabeça para Dr. Max, concordando de forma distraída, enquanto lia a mensagem de Boca-de-Cabêlo. Faust estava prestando atenção em seu mentor - quer dizer, estava prestando atenção o suficiente, o que, considerando seu nível de funcionamento mental, na maior parte das situações equivalia a bem pouco. Discutir sobre a pizza do almoço realmente não lhe despertava interesse o suficiente, por mais que Dr. West tentasse frequentemente lembrar a si mesmo de que os dados mais insignificantes eram os que solidificavam ou destruíam uma linha de raciocínio. 

- Certo. Ótimo. Eu vou chamar. , concordou com Dr. Max. - Vou sair, dormir, e isso. Umas 13h. Obrigado por tudo. - acrescentou, antes de começar a se afastar.

Digitou no celular um convite Ezzio sobre o almoço, dizendo-lhe que Dr. Max queria conhecer a todos - e depois acrescentou uma segunda mensagem para os dois, lembrando-os de que não seria inteligente comentar sobre suas aventuras noturnas da noite passada em frente a Dr. Max ou sequer dentro do armazém. 

Para Boca-de-Cabêlo, Faust respondeu simplesmente com um "omw".
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Mensagem por Oliver Gray Seg Jan 15, 2018 4:36 pm

Oliver se sentiu tão satisfeito com a realidade do seu Celular ter o jogo da cobrinha que jogou duas partidas antes de responder à mensagem de West:

- "Certo, estou indo para aí".

  Em vez de meditar para acalmar sua mente visivelmente atribulada, decidiu dar uma longa corrida até o armazém, onde encontraria West e seu mentor. Ele passou tão silenciosamente como de costume pelos corredores da capela. Saindo pela porta da frente, cumprimentou as gêmeas na saída e, caso não tenha sido interpelado no caminho, seguiu correndo até o armazém, tentando deixar suas frustrações para trás.
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Mensagem por Dr. Faust West Seg Jan 15, 2018 4:53 pm

13h, não agora. Agora não. - Faust rapidamente respondeu.
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Mensagem por Oliver Gray Seg Jan 15, 2018 11:49 pm

Quando já estava do lado de fora da capela, Oliver recebeu a mensagem de Faust. Decidiu então, já que tinha tempo, ir até o parque onde encontrou Granger gastar um pouco de energia correndo no local. Depois de um tempo, parou para meditar um pouco, pensou em comer algo, mas se lembrou de que havia sido chamado para almoçar. Matou tempo para chegar no horário combinado.
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Mensagem por Ezio Stracci Ter Jan 16, 2018 2:39 am

Preferiu não comentar sobre o doutor. Pegou o contato e agradeceu. Sorriu antes de partir após o comentário sobre a Itália.

- Você é mesmo interessante detetive

Na delegacia Ezio começava a se deparar com a realidade de ainda não ter criado uma boa história para o lance do microfone, além disso havia dado um tiro na sua parceira. No mínimo era uma boa história para um livro, infelizmente ele preferia não ser um dos personagens.

Mas um oportunista não poderia ficar mais feliz naquele momento, a história perfeita parecia estar surgindo bem a sua frente sua criança interior pulava de alegria agora. Respirou e então resolveu falar.

- Sabe, ela é mesmo interessante.
Dá um sorrisinho

Continua a fala olhando pacificamente nos olhos do capitão.
- Eu já imaginava que o senhor soubesse algo sobre as crianças desaparecidas, a campana realmente era sobre isso.

Suspira, ajeita a gola.
- Eu ouvi algumas coisas, mas não parecem passar de uma baboseira ritualística esquisita, mas prefiro não criticar as crenças das pessoas, nada que me leve a algum lugar preciso, mas pode ser útil de alguma forma

Volta a olhar para ele
- Eu tirei uma foto da foto que a detetive me mostrou hoje quando fui ao hospital.
Mostra a foto
- Se o senhor souber algo a respeito será de grande ajuda
- Bem, eu sinceramente recomendaria acreditar no que ela diz, mas ficarei de olho pela proteção dela.
- No mais, eu vou cuidar de investigar sobre essa menina hoje e mais tarde te entrego o microfone, quando tudo estiver mais calmo por aqui.

Sem mais impedimentos Ezio se retira, dá um ok para a mensagem do almoço. Vai para o carro e dirige para a Banca afim de pegar as gravações da capela e trocar a bateria e a memória do equipamento.

Então coloca para começar a ouvir no carro a caminho da casa de seu irmão, ouve acelerando a reprodução até começar a ouvir algo, aí deixa normal e faz assim até chegar lá.
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Mensagem por The Oracle Qui Jan 18, 2018 10:52 pm

Não mais do que 10 minutos de caminhada separavam o armazém do Dr. Max do outro armazém indicado por Boca-de-Cabêlo. O porto de Portland parecia inteiramente feito de madeira velha e escura, meio apodrecida pela maresia, e que rangia lamuriosamente ao menor vento ou impacto das ondas. Os velhos armazéns eram assim, os atracadouros eram isso, os postes de luz e cercas eram assim. Até o armazém do Dr. Max, por fora, tinha aquela aparência. Apenas os guindastes ao longe, num ponto mais ao norte do porto (onde atracavam os navios maiores, como porta-contâineres) pareciam trazer algum metal à paisagem. Fora das vias mais movimentadas e asfaltadas, havia montes disformes de imundície, como se lixo e dejetos estivessem há séculos sem serem recolhidos, apenas sendo empurrados para os cantos, se decompondo em massas indistintas e fétidas de uma composição tão abjeta que nem mesmo abutres se aproximavam. Eventualmente, o som de passos denunciava a presença de ratos, e alguns até mesmo se tornavam visíveis: gordos, negros, lustrosos e destemidos, como se há muito ninguém se incomodasse em perturbá-los ou afastá-los. O oceano era escuro, e ali nas proximidades do porto, coberto por algum fluido de aspecto oleoso, espumando em alguns lugares. Ah, e havia o cheiro: um onipresente aroma de peixe podre, que permeava tudo e todos, como se estivessem em algum planeta alienígena, expostos à sua atmosfera sufocante.

Havia poucos barcos atracados. Alguns pesqueiros velhos, alguns barcos pessoais, algumas traineiras. Algumas daquelas embarcações passavam a nítida impressão de que seriam reclamadas pelo grande oceano em sua próxima viagem. Ao menos, é o que diziam seus cascos velhos, rotos e manchados, com os nomes de registro praticamente apagados, alguns com remendos visíveis, e outros com buracos que o dono nem mesmo se deu ao trabalho de tentar remendar. Alguns estivadores descarregavam peixe de um desses barcos: homens que traziam na pele curtida pelo sol, quase coriácea, marcas e cicatrizes de anos e anos de uma vida dura. E seus rostos traziam marcas similares, na completa falta de esperança em seu olhar distante, como se apenas seus corpos estivessem ali naquele momento, tendo suas almas há muito abandonado aqueles invólucros mortais, levando consigo qualquer traço de alegria ou desejo de viver. Circulavam, curvados sob suas cargas, como formigas operárias, trabalhando sem sequer fazer idéia do por quê.

O armazém 22, onde os Falcone haviam se estabelecido, não diferia em nada dos demais, exceto pelo fato de haver dois goons à porta. Camisas listradas, queixos quadrados, barbas por fazer, e boinas. Todos eles pareciam sair da mesma fôrma. Um deles, ao ver West, abri a porta deslizante do armazém.

Do lado de dentro, a coisa era em diferente. Havia atividade: uns 12 trabalhadores abriam caixas de madeira, retiravam itens, e os carregavam em veículos de carga médios. Seja lá o que estivessem carregando, estava arrumado em pacotes do tamanho de tijolos, pesadamente envoltos em plástico bolha, impedindo uma visão adequada.

Em um canto, estava Boca-de-Cabêlo, acompanhado do mesmo goon que estivera com ele no hospital (Tony ou coisa assim), e de um um sujeito alto e magro, vestido inteiramente de preto. Devia ter seus 60 anos, tinha cabelos brancos, e Faust viu uma face enrrugada e grave quando se virou para olhá-lo. O pequeno quadrado de tecido branco na gola denunciava que aquele deveria ser o padre Calahan.

Boca-de-Cabêlo parecia já ter bebido um pouco, apesar do horário ainda bem cedo, e o cumprimentou:

- Ora, o Doutor Morte veio finalmente nos visitar! Padre Calahan, esse é o Doutor Morte, digo, West. Homem bom para colocar outro homem de novo em pé é este aí!
______________________________________________

Ante o último "elogio" de Ezio, O`Sullivan apenas levantou uma sobrancelha, mas não disse nada.

Na delegacia, o capitão Briggs pegou os óculos sobre a mesa e os colocou, para conseguir enxergar a foto que Ezio lhe mostrava. Depois, retirou os óculos, pensativo, e coçou os olhos.

- Nativa, né? Droga, tudo o que não precisaríamos era esse pessoal de justiça social aparecendo pra protestos. E uma baboseira de ritualística, você disse? Puta merda, Stracci... Não seria a primeira vez que tivemos isso aqui em Portland. Sei que teve um caso antes de eu chegar aqui, da nossa divisão. Mortes em rituais satânicos, coisa pesada. Mas já deve ter uns 10 anos, pelo menos. E sei também que teve coisa mais recente, mas não da nossa divisão. Tem um caso do pessoal de Vítimas Especiais (crimes sexuais), que deve ter talvez 3 anos. Segredo de justiça, os relatorios são confidenciais. Ainda está aberto, mas o pessoal do Julius (Ezio sabe que o capitão da Unidade de Vítimas Especiais se chama Julius) simplesmente não fala a respeito, e não é por caralho de segredo de justiça não, Stracci, é porque a coisa deve ter sido muito pesada. Mais do que isso, não sei.
- Odeio quando colocam criança no meio... - nisso, o enorme homem olhou para um porta retrato sobre sua mesa, com a foto de uma garotinha negra, de tranças, de talvez uns 11 ou 12 anos - Na minha experiência, os nativos não gostam de colaborar com as investigações, mas isso não vai nos impedir. Stracci, vou deixar a seu critério: se quiser backup pra isso, eu arrumo, mas esses casos de tarados e raptores de jovens muitas vezes se atrapalham se tiver gente demais: o criminoso se sente acuado e some, e precisamos dele ousado, destemido, pra cometer enganos e deixar pistas (Ezio sabe que isso é correto, de um ponto de vista criminológico). Você decide.
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Mensagem por Dr. Faust West Ter Jan 23, 2018 4:16 pm

Dr. West caminhou pelo porto em silêncio. Havia se ajeitado um pouco - colocado o colete por cima da camisa, desdobrado as mangas, ajeitado os cabelos. Pegou sua maleta, sua bengala: os essenciais. Durante o caminho, passando por um dos ratos, Dr. West parou por um instante, os olhos pousando sobre o animal lustroso - era grande, maior do que um gato... sem dúvida menos domesticado... 

.. talvez a ratazana pudesse ler pensamentos: correu rapidamente, voltando para a companhia das outras pragas. 

West seguiu seu caminho, a bengala tocando silenciosamente no chão aqui e ali. O cheiro não lhe incomodava - diferentemente do que se imagina, a grande maioria dos necrotérios do mundo não tem um sistema de refrigeração tão bom quanto nos filmes, e suas aventuras nem sempre envolviam ambientes tão bem esterelizados. O doutor pelos trabalhadores e pela sujeira como um tubarão que, nadando próximo ao fundo do mar, ignora o lodo. 

Comprimentou os goons com um aceno de cabeça, e entrou. Lá dentro, olhou em volta com alguma curiosidade, antes de aproximar-se dos outros dois. Apertou a mão do mafioso, e beijou as costas da mão do padre, em sinal de deferência - Faust não era religioso, mas tinha um profundo gosto por rituais, por cerimônia: eram a melhor forma que a sociedade havia existido para permitir que criaturas menos humanas, como ele, pudessem simular seus comportamentos. 

Ele sorriu diante das apresentações. - Ou para sumir com os que já estão deitados. - comentou, voltando-se ao Padre. - Nosso amigo Boca-de-Cabêlo não confia no poder de um forno hospitalar, Padre Calahan. - afinal de contas, Faust vinha soltando indiretas aqui e ali de que gostaria de assumir também as funções de limpeza de cenas do crime, de sumir com os corpos que precisavam sumir, e etc, mas até agora a famiglia não parecia confiar o suficiente no doutor.

Depois das gentilezas e sociais iniciais, o medico suspirou. - Onde podemos falar sobre temas mais delicados? Não gostaria de escandalizar ou aterrorizar os homens.
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Mensagem por Ezio Stracci Qui Jan 25, 2018 8:14 pm

Ezio na delegacia com o capitão, sentado analisando friamente e ouvindo. 

- Sim, nativa.

Segue ouvindo

- É uma cidade um tanto surpreente, capitão, mas concordamos no ponto de ter ódio por esses crimes envolvendo crianças e eu agradeceria o acesso aos arquivos desses crimes.
- Tanto os ritualísticos de 10 anos, quanto os sexuais de 3 anos

Para um tempo, suspira

- Bem, façamos o seguinte
- Eu vou conversar com o Julius e depois começo as investigações meu caro

Me levanto e me preparo para sair

- Até maisSenhor Brigs

Vai procurar o Juius
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Mensagem por The Oracle Seg Jan 29, 2018 5:36 am

O padre aceitou o beijo na mão de West, mas se ia falar algo, o outro homem não lhe deu oportunidade.

- Bah, fornos! - disse Matheo Falcone, fazendo um gesto de desdém com a mão enorme - aposto que esses caras de CSI conseguem pegar as cinzas e fazer DNA. Nada como um bom Butcher Joe (apelido genérico dos empregados da máfia encarregados de sumir com corpos), uma banheira, e uns litros de ácido. Mas vamos subir. Não é bom os rapazes ouvirem essas histórias. Podem virar cagões. Exceto Tony. Ele tava lá.

De fato, sem dar maiores possibilidades de conversa, Boca-de-Cabêlo os guiou para um mezanino do galpão. Lá, havia uma sala isolada por divisórias, como o que parecia ser um tipo de escritório razoavelmente alinhado: duas escrivaninhas com papéis e computadores, dois arquivos, e alguns sofás e poltronas. O mafioso se lançou em uma delas, o Padre Calahan se recostou na ponta de um dos sofá, e Tony puxou uma cadeira, se sentando com o encosto para a frente.

- Não sei bem porque ficou intrigado com os Giovanni, doutor, mas eu gosto de tirar essa história do peito sempre que tenho oportunidade. Quase ninguém acredita, e você também não vai acreditar, mas Deus e eu sabemos o que eu vi. Ah, e o Tony também sabe.
- Isso foi em 2001. Detroit. Don Rafael queria assegurar alguns contratos de fornecimento de peças, coisa tirada das fábricas por gente de dentro. Até aí tudo bem. Eu era só um novato na época, e estávamos eu, Tony, meu primo Mark "Cicatriz", Joe "Barbicha", e mais uma meia dúzia de zé-ninguéns, sob o comando de Jack "Comediante". Sujeito duro, o Jack, veterano. Tinha esse nome porque não conseguia parar de rir quando quebrava as pernas ou os dedos de um qualquer. Mas enfim, estávamos lá pra assegurar a cadeia de fornecimento: todo mundo da cidade achava que ia perder o emprego no dia seguinte, então, era fácil achar quem quisesse passar uns itens fora dos inventários. E justamente por causa disso, suspeitamos que mais gente pudesse estar na jogada. Nós eramos o recado que os Falcone não abririam mão daquele nicho.
- Tudo parecia bem. Comediante conseguiu o contato firme de um despachante de uma das fábricas da GM, e fomos em peso pro encontro, pro sujeito saber com que estava lidando e pensar duas vezes antes de querer nos sacanear.
- 2 da matina, saída dos fundos da fábrica, Jack fechava uns pontos com o coitado, que estava com o cú na mão. Éramos 10, todos armados, fomos em duas vans. Enfim, no meio da conversa, um outro carro chegou acelerado, vindo nem sei de onde, e parou de repente. Claro que já estávamos todos com armas na mão, apontadas pro carro, mas mesmo assim o FDP simplesmente baixou o vidro, e disse uma coisa. Nunca vou esquecer a cara do viado, nem o que ele falou, não é, Tony?
- Atire no seu chefe... - recito Tony, taciturno.
- Isso... foi aí que a merda degringolou. Do nada, Cicatriz explodiu os miolos do Comediante, à queima-roupa. Claro, todos nós ficamos perdidos, ao ouvir barulho de tiro no meio de nós. Alguns se jogaram no chão, alguns correram, outros meteram chumbo no Cicatriz. Eu estava nesse último grupo. Aquele sujeito cresceu comigo, mas vira-casaca não merece perdão. Hoje, já não sei se ele era vira casaca mesmo... Que Deus o tenha.
- O sujeito no carro teve o sangue-frio de olhar tudo. Depois que Jack e Mark estavam no chão, ele disse: 'Essa cidade está com os Giovanni. Vão embora, Falcone, ou isso vai ser só começo'. E partiram. Eu ainda dei uns tiros no carro, mas era blindado.
- Pra piorar, nosso apoio disse que a polícia estava a caminho. Tudo armado, claro, já estavam de prontidão, e provavelmente no bolso dos Giovanni. Não tivemos nem tempo de pegar os corpos. A maioria dos rapazes estava atordoada demais.

Boca-de-Cabêlo esticou os braços, como se espreguiçasse, e respirou bem fundo. Depois voltou a falar.

- Claro que aquilo era um recado bem forte, bem dado. Os Giovanni estavam deixando claro que não estavam de brincadeira, não tinha negociação, e se quisessem guerra, ia ser guerra. Ainda me pergunto o que eles queriam tanto ali, pois só autopeças não valeriam aquilo. Enfim, estávamos no armazém que alugamos, na noite seguinte, discutindo, vendo o que fazer. Eu não tinha avisado Don Rafael, porque só pensava em vingança. Eu queria achar onde aqueles Giovanni estavam entocados, e então dar para a imprensa um banho de sangue que ia fazer o FBI baixar na cidade e foder todas as operações por um ano. Isso provavelmente ia custar minha cabeça, mas era o que eu queria, e estava quase convencendo os rapazes, quando recebemos uma visita. Dois visitantes, com gasolina e fósforos. Passaram pela tranca eletrônica sem disparar nenhum alarme, e quando vimos a porra toda já tinha começado a pegar fogo. Corremos pra lá, e descemos chumbo nas visitas. O que não adiantou muito, pois eram Jack e Mark. Jack não tinha metade do rosto, por onde a bala tinha saído, e Cicatriz nem tava com os buracos de bala costurados. Mortos andando, doutor. Eu vi e Tony viu, sob a luz daquele fogo.
- Claro, os rapazes correram um pra cada lado, apavorados, gritando pela compaixão de Deus. Não deu pra salvar nada. Voltei pra Houston de carona, pois nem celular tinha, e não queria dar meu documento em nenhuma estação de ônibus ou trem. O que deve ter sido uma decisão boa, pois alguns dos rapazes nunca chegaram a voltar. Chegando em casa, contei tudo pra Don Rafael, sem tirar nem por, e pensei que ele ia mandar me dependurar por aquela mentirada toda. Mas ele só ouviu, e me mandou pra igreja rezar quantas Ave-Marias eu tivesse forças, quando terminei.
- Giovannis, doutor... Não tem acordo, não tem honra. Eles chegam e tomam o que querem. São destemidos porque tem o demônio ao seu lado, e trabalham com o nosso medo. E a maioria corre, e não os culpo por isso. Mas aqui não. Deveriam ter me matado na primeira. Eu já conheço seus truques, e não tenho mais medo.

Matheo Falcone parecia pensativo, após toda a história. Tony fez um sinal-da-cruz onde estava. O Padre Calahan não fez expressão, mas West notou que segurava o terço de madeira que trazia amarrado na cintura.
_________________________________________________________________________

- O caso de 10 anos atrás, é só ver com a Simmons do arquivo. Ela sabe do que se trata - disse o capitão - Já o caso do Julius, só se ele resolver te dar. Não está nos arquivos. Segredo de justiça. Ande pela sombra, Stracci, e não arrisque o pescoço. Você está sem parceira pra olhar sua retaguarda!

A Unidade de Vítimas Especiais era bem pequena, não tinha mais do que 4 detetives. Ficava no mesmo andar da divisão de homicídios. Ao atravessar a porta que dava para onde la estava alojada, Ezio notou apenas uma oficial, conferindo uma pasta de documentos, e a figura do capitão Julius, visível pela porta entreaberta de seu escritório (cuja placa dizia Julius A. Columbus). A oficial apenas levantou os olhos para ver quem entrava, voltando sua atenção em seguida de volta para a pasta.

Ao notar a presença do Eutanathoi à sua porta, o capitão levantou os olhos da tela do computador. Era um sujeito entre 40 e 50, ficando grisalho nos cabelos e cavanhaque, com olhos claros, uma testa alta e um crânio meio cilíndrico. Sem sorrir, ele disse a Ezio:

Capitão Julius:

- Você é um dos garotos novos do Jax, certo? No que posso ajudá-lo, detetive?


Última edição por The Oracle em Sex Fev 02, 2018 6:53 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Ezio Stracci Qui Fev 01, 2018 2:27 am

Ao chegar à unidade de vítimas especias a sensação de não ser bem vindo vem à tona. Entretanto, mudar a atmosfera de um lugar não era algo incomum. Acena com um sorriso para a moça que apenas o olha e tenta ver do que se trata a pasta até notar Julius e então voltar sua atenção para ele. 

Se dirige ao senhor, estende a mão para um cumprimento e dá um sorriso: 

- Ezio Stracci, senhor Julius.

Cesso o sorriso, mas mantenho uma expressão pacífica:

- Senhor Julius, precisamos desenterrar um assunto aqui dentro e creio que o senhor tenha uma pá

Entrego a foto da garota em suas mãos:

- Entende que esse é um caso que tende a trazer mais problemas que o de costume, não é?
- Sinto muito em ter que mexer com isso, mas acredito que possamos fechar aquele caso de três anos, mas precisarei da sua ajuda.
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