Diversão e descanso para os Despertos. Ou não...

Percepção + Prontidão

O membro 'Ezio Stracci' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 6, 6, 2

Percepção + Medicina

O membro 'Ezio Stracci' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 4, 4

Quando Ezio se abaixou perto da moribunda para examinar as latas, a mesma deu sinal de vida. Em verdade, deu um sinal bastante súbito de vida. Seus quadris giraram rápida e vigorosamente, levando o corpo, que antes estava de bruços, a uma posição meio agachada, meio sentada no chão. Ao notar o rápido movimento, seus olhos se voltaram para ela. A mulher era corpulenta (algo que ele inicialmente havia atribuído à gordura, e aos muitos casacos). Em verdade, era bastante corpulenta, e o braço agora esticado revelava músculos rijos e volumosos. A face da mulher era bastante feia, dura, masculinizada até. E ela não tinha um olhar de simpatia. Apesar daqueles olhos parecerem calmos, não hostis, havia no fundo, bem no fundo deles, uma boa dose de raiva.

O detetive foi rápido o bastante para olhar, mas não rápido o bastante para agir antes dela. Ezio sentiu em sua garganta um toque fino e gelado, provavelmente uma lâmina.

- "Eu não preciso te matar, ou à sua amiga, pra conseguir o que quero" - disse a mulher calmamente, com uma voz grossa, em um inglês com algum sotaque latino - "mas também não tenho problema em fazer isso, se for preciso. Como vai ser, policial?"

Dr. West olhou para Cortéz de lado por um instante. Parecia positivamente surpreso que o latino houvesse se interessado, ou que pudesse fazer boas estimativas sobre o material, mesmo naquela luz. "Ambos e nenhum, Sr.  É um composto artificial, desenvolvido a partir das estruturas cristalinas de ambos os minerais. Em ambos a formação dos átomos é propícia, mas... A natureza com frequência nos oferece diamantes brutos para serem lapidados." - comentou, analisando o livro através da lente. Guardou-a rapidamente. O ambiente provavelmente não era muito adequado para aquele tipo de prática - tudo o que vira fora exatamente a mesma coisa, só que arroxeada. 


Dr. West ouviu o que Elliot dizia, e meneou a cabeça, antes de interrompê-lo assim que notou o que fazia. "Sr. Ward, acredite, nutro as mais profundas simpatias pelo falecimento da senhora e pelo impacto que ele pode ter causado sobre a Srta. Woolf." - e meneou a cabeça para ela. "Mas 'estressado' é um termo terrívelmente vago, e "vago", dentro de um laboratório, termina em explosões. Se puder ser mais específico, vai facilitar o processo. Por favor."

E então voltou sua atenção para Srta. Woolf, quando ela falou. Ele fez uma pausa, e estreitou os olhos por um instante. Todo o caos do bar pareceu ter sumido por um instante, a frase de Emma ecoando repetidamente em sua cabeça - "eu a chamei".

"Você... a chamou?" - perguntou, imóvel, inabalável. Duro. Mais do que antes. Quase rígido.

"... Pode ser mais clara, por favor?"

Um leve súbito ar de esperança parecia ter surgido em Ezio, mas não durou muito, ver um moribundo levantar-se tão rapidamente não era a coisa que o deixava mais animado, ainda mais pelo olhar.

Ele havia pensado em sacar a arma, contudo não teve tempo para isso. Incrivelmente estar literalmente com a faca no pescoço faz as pessoas pensarem rápido em muita coisa, não foi o caso. O detetive ironicamente respondeu.

- Oras, com a diversidade de opções que me deu fica até difícil fazer uma escolha, não acha?

Tentou forçar um sorrisinho para amenizar a situação.

- Mas, já que entre o leque está a possibilidade de continuar vivo e acredito que vou optar por essa

Começa a tentar se afastar devagar e com cuidado.

Oliver tenta perceber algo (especialização em emboscadas)

O membro 'Oliver Gray' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 1, 6, 6, 10, 1, 3

No meio da pegação, Oliver até demorou a entender o que Granger estava falando. Com alguns segundos de atraso, ele respondeu:

- "Hum? Voltar para a mesa? Caramba, é a primeira vez em muito tempo que eu sinto falta de ter uma casa pra qual te convidar. Mas sim, vamos dar um alô para o pessoal então!"

E assim era Oliver, o cara que só consegue ficar realmente frustrado por uns 5 segundos e depois segue em frente. Seu corpo, por outro lado, era outra história: no caminho de volta até a mesa, se escorregasse para frente, provavelmente o jovem akasha não cairia no chão, digamos assim.

A enorme mulher no chão sorriu, embora não fosse um sorriso bonito, e disse:

- "Você tem colhões. Admiro isso. Agora vamos levantar bem devagar, e sem gracinhas. E você já pode ir me passando sua arma, com a ponta dos dedos. Conhece o procedimento, não é mesmo? Jogue o jogo direito, e amanhã você e sua amiga já estarão livres, e nunca mais nos veremos"

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Oliver realmente havia perdido a noção do tempo, quando voltaram para dentro, a casa parecia até um pouco mais vazia. Ainda do lado de fora, ele conseguiu ver West sentado à mesa, junto com as gêmeas, Cortéz, Emma e Elliot. Mas tal visão durou pouco. Ele logo sentiu um puxão em seu ombro, com ose alguém quisesse virá-lo. Não foi um puxão extremamente forte, mas também não foi delicado. E obviamente não foi Granger, já que ela estava à sua frente.

Antes mesmo que ele conseguisse virar completamente, uma voz feminina começou a falar. Parecia exaltada, irritada, mas não falava alto. Algo como um sussurro irritado:

- "PORRA, quem usa um Nokia 3310 hoje em dia?! Hackear essas merdas é um pesadelo!"

Quem o havia puxado com toda aquela indelicadeza havia sido uma garota magra e loira, vestindo um suéter grande demais para ela e um gorro. Ela não estava maquiada, como a maioria das mulheres ali estava, e tinha uma pequena mancha vermelha na bochecha. Muito provavelmente sangue, como se alguém tivesse ali passado um dedo ferido. E parecia irritada. Mais do que isso, parecia aflita.

Antes que Oliver pudesse falar, ela continuou:

- "Seu amiguinho, o detetive. Cadê ele? CADÊ ELE?!"


Nisso a ficha do Akasha caiu. Apesar da pouca luminosidade, ele conseguiu reconhecê-la. Aquela garota era a mesma que apareceu logo após sua briga com o Rei do Pedaço, pouco depois de Ezio balear sua parceira.

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Elliot parecia ouvir Faust com bastante atenção, sem aquele esgar de deboche no rosto que ele carregava quase o tempo todo. Ainda assim, quando o médico pediu para "ser mais específico", ele apenas olhou de rabo de olho para a irmã, e deu uma profunda tragada no cigarro. E nada falou.

Ao menos em Emma, o Eterita encontrou mais receptividade. Ao ser indagada, ela pareceu um pouco perplexa, mas rapidamente olhou em volta, como se avaliasse o ambiente. Depois, olhou para West, e disse, em voz baixa:

- "Sim, eu a chamei. Existem técnicas que podem despertar sua consciência para coisas que ela normalmente está entorpecida demais para notar, mesmo estando debaixo do nariz, e as consciências daqueles que já se foram são uma dessas coisas. Quando entes queridos que ainda estão... por aqui, entende? Que não seguiram adiante... Bem, quando são chamados dessa forma, eles geralmente vêm. Eles gostam de atenção, gostam da companhia, gostam de ser lembrados"
- "Eu tinha uma caminhão de dúvidas" - prosseguiu ela, após um suspiro - "ainda tenho. Dúvidas que ela poderia sanar. Mas o fato de ela não ter vindo me trás mais alívio que frustração. Se não veio, isso é sinal quase certo que ela estava em paz quando morreu, e pôde simplesmente seguir adiante"
- "Sei que, sendo um homem da ciência, certamente o Sr. acha isso tudo balela, mas... bem, estou aliviada de toda fora. Haverão outros métodos para sanar essas dúvidas"
- "Já eu digo que mexer com os mortos sempre dá merda" - Se intrometeu Elliot - "mas como ninguém pediu minha opinião, melhor ficar quieto" - arrematou, depois de receber um olhar irritado da irmã.

Quando foi puxado daquela forma, Oliver, que estava despreparado e com a cabeça em outro lugar, completamente, demorou uns dois segundos a mais do que o normal para reconhecer a garota, tempo que passou piscando umas duas vezes com cara de idiota. Assim que a reconheceu, ele tocou o ombro de Granger, chamando sua atenção para o que estava acontecendo, enquanto respondia:

   -"Eu uso. Que bom que é difícil de hackear, estou pensando em mudar para um pombo correio.  Não tenho a menor ideia. Ele estava aqui há um tempo, mas não vi quando foi embora. Você é a garota daquela noite, que estava com o Rei Do Pedaço, não era? O que está pegando?".

Quando Oliver começou a falar a coisa do celular e pombo-correio, teve a nítida impressão de ouvir a garota rosnando de leve. Mas assim que falou sobre Ezio ter ido embora, ela o interrompeu, dizendo, agora mais baixo:

- "O parceiro dele tá ferido. Não passa de hoje se não tratar logo. Eu não posso levar pro hospital, e o celular dele não atende. Você vai resolver isso?"

Era uma pergunta simples, bastante direta. Granger estava com uma cara de interrogação.

-"Não, mas sei quem pode ajudar. Você está de carro? Vou falar com um amigo e a gente dá um jeito".


   O que a garota ouviu de Oliver era algo que não se ouvia com muita frequência: vontade desinteressada de ajudar um desconhecido, pura e simples. Oliver simplesmente cheirava a boas intenções, pensando na melhora maneira de evitar a morte de seja lá quem fosse a vítima.

   - "Meu telefone é .... me liga daqui a 5 minutos para a gente se encontrar. Vou levar o melhor médico que eu conheço e... ei. Qual é o seu nome mesmo? Esquece, depois a gente se apresenta direito.


   Para terminar essa interação estranha, Oliver segurou um dos ombros da garota e olhou profundamente para os olhos dela como quem diz "vai ficar tudo bem", ciente da aura de paz que ele estava emanando no momento. Feito isso, ele pegou Granger pelo braço e foi para a mesa, explicando no caminho:

   - "Lembra do rei do pedaço? O lutador que eu encarei e que eu disse que era sobrenatural? Aquela garota apareceu logo depois da luta junto com uma galera. Ela acabou de dizer que o parceiro do Ezio está à beira da morte e eles não podem levar o cara para o hospital. Vou chamar o Faust para ajudar. Você vem?"

   Chegando na mesa, Oliver tocou no ombro de Faust, interrompendo qualquer interação que estivesse acontecendo ali, e fez um sinal com a cabeça para ele se levantar e se afastar um pouco dos outros. Feito isso, ele disse:

   - "A garota que estava com o Rei do Pedaço está aqui. Ela disse que o parceiro do Ezio está à beira da morte e eles não podem levá-lo para um hospital. Vamos até onde o ferido está. A gente avisa o Ezio no caminho".

A situação era nada favorável, não só para Ezio como para qualquer um, as coisas pareciam seguir para como deviam ser, ele entregar a arma, seguir no carro para onde quer que fossem, entretanto esse não parecia ser o pensamento de Ezio.

 O detetive diferente do que se esperava simplesmente ouviu as exigências e então foi lentamente na direção da mulher com a faca, sentia a faca apertando em seu pescoço, mas não esboçava desconforto, apenas mantinha seu olhar sério e obstinado, como se nada estivesse acontecendo. Seus pés estavam alinhados com os ombros, a coluna ereta e os braços um pouco afastados passavam a sensação de que ele era maior do que de fato era, a aproximação de seu rosto com o do agressor e o olhar fixo sem titubear serviam para gerar o desconforto, agora começava a falar calmamente.

- Eu sei o que você está pensando
- Sei que acha que está no controle da situação
- Acha que sabe sobre mim, mas não pode imaginar quantas vezes estivesse do lado em que você está agora
- E posso garantir que com certeza não sabe o que está fazendo
- Você não é nem de longe a coisa mais bizarra da noite, muito menos a coisa mais bizarra que está aqui agora
- Pensa que meus poderes limitam-se à polícia? 
- No entanto, experimente fazer alguma coisa a mim ou àquela mulher e a polícia será a menor das suas preocupações
- Não tem medo da morte, imagino, existem coisas muito piores e vão garantir que as conhecem, então lembrará deste dia, desejará poder voltar e nunca ter estado aqui.
- Mas...

Pausa breve

- Será...

Pausa breve

- Tarde demais

Ezio manteve-se sustentando o olhar

- come i piccoli porcellini ringhiano, quando sanno cosa ha sofferto il vecchio cinghiale
(como os porquinhos irão grunhir,  quando souberem o que sofreu o velho javali)

Carisma + Intimidação
Gastando:
1 F.V

O membro 'Ezio Stracci' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 5, 7, 8, 8, 7, 5, 4

Quando percebeu que o Sr. Ward não estava aberto à possibilidade de contrariar sua irmã, Faust fez uma pequena nota mental, confirmando o que já havia antes suspeitado: entre os dois, era ela quem estava no comando. Sr. Ward tinha aquela postura expasiva e falante de "cara no comando", mas a verdadeira líder da dupla era a Srta. Woolf. Não era uma surpresa. Considerando o que já sabia sobre a história dos dois, era até prevísivel. 

Seus olhos migraram lentamente para a Srta. Woolf, percebendo sua receptividade. Dr. West era um sujeito incômodo, mas uma coisa era interessante: ele sempre parecia estar dedicando sua atenção exclusivamente à pessoa com quem estava falando. Estavam em uma multidão, mas quando dirigia a palavra à Srta. Woolf, era como se só ela existisse - e o mesmo se aplicava ao Sr. Ward, ou a Cortez, ou a qualquer outra pessoa. Era um olhar morto, mas de intensidade inquestionável - se aquilo causava prazer ou desconforto, provavelmente dependia da pessoa.

Ele ouviu com atenção o que ela dizia. Chegou a inclinar-se um pouco em sua direção para ouvir melhor. " Tenho certeza que sim." - soltou a dado momento, enquanto ela dizia que eles gostavam de ser lembrados. 

Era particularmente interessante aquela nova informação. A Srta. Woolf podia falar com os mortos! Aquilo era primordial - significava, em primeiro lugar, que os mortos que havia visto na entrada da joalheira de Sr. Von Heineken provavelmente lá estavam por causa dela, e não, como ele imaginava, por seu irmão. Em segundo lugar, significava que ela poderia ajudá-lo em seus estudos quanto aos Inquietos, pois tinha com eles mais intimidade do que ele mesmo o tinha - Dr. West conversava melhor com os mortos do que com os vivos, e sentia-se mais confortável na presença daqueles do que destes, mas sua intimidade mágika com os mortos ainda era terrívelmente limitada. 

A Srta. Woolf havia acabado de se tornar um elemento importantíssimo, mesmo tendo falhado tanto em respondê-lo quanto à causa do estresse da velha quanto em convocá-la. 

"Dificilmente." - ele interviu, quando a Srta. Woolf demonstrou acreditar que ele considerava aquelas coisas como balela. Era o tipo de sentimento que ele não poderia incentivar, se desejava tê-la como aliada. "O que a senhorita descreve não se trata de 'balela', mas de ciência, também - o processo científico não é outra coisa do que a manipulação de regras e cadeias de efeito conhecidos para se atingir determinados fins ou informações. Os sentimentos e disposições dos que nos antecedem na Sombra são tão reais, e seus comportamentos tão compreensíveis, muitas vezes até mais, do que os nossos." - fez uma pequena pausa e fechou os olhos, como se visualisasse algo. Abriu-os de novo.

"Eles, geralmente, tem menos interesses fúteis do que nós. São, a seu próprio modo, mais... puros. Mais livres." - aquilo não era completamente verdade. Era verdade, num certo sentido, e Dr. West não estava mentindo - mas havia decidido embalar a informação num invólocro menos científico, e mais propenso a causar uma resposta adequada na hippie com quem conversava. 

Ouviu o que Elliot dizia, mas ignorou-o.

"De qualquer forma, Srta. Woolf, mais informações são necessárias se queremos desvendar o diário. Por exemplo..." - e sentiu a mão do Sr. Gray sobre seu ombro. 

Ele detestava quando seu fluxo de pensamentos era interrompido. Era como desligar um computador tirando-o da tomada - levava um instante para voltar a funcionar direito.  Piscou duas vezes, e olhou para o Akasha. 

Ouviu e meneou a cabeça. Que escolha tinha, no fim das contas?

Seus olhos repousaram sobre os irmãos. "Foi um prazer, mas o dever chama. Srta. Woolf, ainda temos muito a conversar. Me encontre amanhã, se puder, as 10h na Empório do Pão." - era uma padaria próxima ao hospital onde trabalhava. 

Ele apertou a mão da mulher, deixando nela um cartão com seu telefone, e despediu-se de maneira igualmente educada dos senhores Ward e Cortéz e das gêmeas, desculpando-se pela saída súbita.

Deixou sobre a mesa uma nota de vinte dólares para cobrir o seu bourbon, e virou-se para o Sr. Gray, já de pé, com a maleta e a bengala em mãos.

"Meu carro está logo em frente." - afirmou. "Como ela conhece o parceiro do Sr. Stracci? É, mais importante ainda, até onde me foi informado o parceiro do Sr. Stracci na polícia era uma mulher - e eles não mudam de parceiro com tanta frequência assim."

Quando Oliver olhou nos olhos da garota, esperou transmitir paz. Mas é como dizem: quando você olha dentro do abismo, o abismo olha dentro de você. No fundo, bem no fundo dos olhos daquela garota magricela, havia alguma coisa. Uma espécie de ira primal, que ativou instintivamente uma parte profunda e primitiva do cérebro de Oliver, e o fez sentir, por um breve momento, como uma presa acuada pelo predador. Mas isso foi rapidamente quebrado pela voz da garota.

- "Kate. Duas ruas naquela direção. É uma viela. Vai ter uma picape cinza parada lá. Eu te mando a localização. Não, na verdade não mando, esse seu tijolo não tem GPS. Andem rápido!"

Virou as costas, e saiu correndo.

Quando se voltou para Granger, ela foi rápida em perguntar "uma amiguinha sua?". Mas após ouvir a explicação do Akasha, ele exclamou:

- "Oliver, isso pode ser uma armadilha! Seja qual for a razão que aquele sujeito teve para brigar com você, pode ser que não tenha esquecido, e esteja te atraindo para um local isolado e com mais gente do lado dele!"
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A mulher ouviu tudo o que Ezio tinha para dizer, imóvel, com a faca ainda pressionada em sua garganta. Ela não se moveu, não desviou o olhar, mas também não fez qualquer face mais ameaçadora. Quando o detetive terminou, ela acrescentou mais uma à lista de esquisitices da noite: avançou a cabeça e deu uma fungada profunda em Ezio. Aquilo não foi nada sensual...

Em seguida, a mulher deu um longo suspiro. Sua expressão parecia se traduzir em algo como "eu e minha sorte". Em seguida, houve alguns segundos de silêncio, um silêncio tão profundo que o choro da garota dentro do carro se tornou perfeitamente audível, bem como o quebrar mais ou menos distante das ondas do mar. Enfim, a mulher falou, calmamente.

- "Você não é... humano, é? Bem, não importa. E quando digo que não importa, detetive, não é por estar me gabando, é porque simplesmente já fui longe demais para voltar atrás. Eu preferia não ter cruzado com você, seria um problema a menos na minha vida, mas aqui estamos. Nós tentamos simplesmente roubar o seu celular, e quando você percebesse, tudo já estaria feito. Mas não deu certo. Só que eu PRECISO do que você tem, e aqui estamos"

Ela suspirou novamente. Era uma combinação bizarra, aquela mulher tão grande e musculosa, com uma face de consternação, até de aflição, estampada em sua face dura e angulosa.

- "Você viu eu me jogar na frente de um carro em movimento para conseguir o que preciso, detetive. Mas isso foi a coisa mais simples que fiz nessa jornada. Eu traí tudo o que acreditava, matei pessoas que chamei de irmãos, me tornei uma proscrita e caçada entre os meus. Você vai estar na minha cola? Entre na fila, pois há vários, e nenhum deles vai me deixar viva se me pegar. Mas o pior é que não serei apenas eu. Aceitei a morte há muito tempo, mas os que amo, minha família, também pagarão o preço se eu desistir agora. Se você entende isso, sabe que não vou parar. Não posso parar. Não há retorno no ponto onde cheguei. Me resta completar minha jornada, e depois desaparecer, e o tempo para isso está cada vez mais curto. E para isso, preciso do que você tem, detetive."
- "Se isso vale algo, dou minha palavra de que o que disse é verdade: não pretendo ferir você ou sua amiga. Não são meus inimigos e nem eu nem os meus obtemos prazer em matança. Mas também não posso deixá-los livres agora, depois dessa conversa. Amanhã, tudo estará terminado, e vocês livres."

- "E por isso tudo, sou forçada a perguntar novamente: como vai ser, detetive?"

Oliver pede ajuda à Granger

O membro 'Oliver Gray' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 10, 7

Quando Oliver falou com Granger, ainda estavam na varanda exterior. A luz não era boa, mas pelo menos não era a estroboscópica que havia do lado de dentro, e ele estava próximo dela, o que lhe permitiu ver algo que talvez não reparasse em outra situação: ela começou a tremer, levemente. Depois virou-se de costas, pegou a mão do Akasha, e sem resposta, o levou para a mesa. Onde sentou.

A fungada no pescoço pode não ter sido sensual, mas ainda poderia ser usada como uma brecha para aliviar a tensão e conseguir chegar aonde queria, num ponto de negociação, então no momento da cheiradinha Ezio brincou dizendo:

- Uuunh... que delícia

Todavia o comentário acerca de sua humanidade o deixou mais sério, Ezio não respondeu aquela pergunta com palavras, apenas com o olhar e deixou que a mulher seguisse com o que tinha a dizer para que enfim pudesse responder, e respondeu com toda paciência e em bom tom.

- A esta altura, assumindo que o que está dizendo é verdade, estou seguro em dizer independente do que eu seja, talvez não sejamos tão diferentes assim.

- A senhora teve que ir contra sua família, isso me dói só de imaginar, o que algo realmente importante para você está em jogo e tenho ciência disso...

O euthanatoi ainda mantinha a postura, contudo agora passava uma mensagem corporal apenas de firmeza, calma e domínio sobre a situação,

- ...o que proponho para nós é uma negociação, não precisamos estar dos lados opostos da mesa e uma inocente...

Acenou com o olho para o carro querendo falar da mulher chorosa.

- Não precisa pagar por isso

Abaixou a voz para que apenas a moça da faca a ouvisse

- Apague a mulher, dê algumas drogas para ela e vai acordar em algum lugar estranho achando que nada disso aconteceu, eu conheço meios para isso

Agora já com a voz em tom normal

- Então, podemos ver no que posso ajudá-la

- Ou melhor, em como podemos nos ajudar.

Ezio não transmitia isto, mas sabia da importância de ganhar tempo naquela situação e isso também estava incluído nos seus planos.

Oliver não esperava uma reação tão nervosa de Granger, mas a seguiu para a mesa assim mesmo, sem ter muito mais o que fazer. Chegando lá, ele disse à Faust:

  -"Vamos atrás dela no seu carro até o lugar. Não, provavelmente não é armadilha simplesmente porque eles não parecem precisar desse tipo de coisa. Acho que é a hora certa de se aproximar desse pessoal e descobrir quem eles são. Vamos seguindo ela no seu carro, eu mostro o caminho".

Faust West estava parado no mesmo lugar. Com a mesma expressão. 

"Sr. Gray, suas colocações são interessantíssimas. - não pareciam ser, pela expressão de Faust ou seu tom de voz. "Mas o senhor não respondeu minhas perguntas."

-"Não sei como ela conhece o tal parceiro e nem sei se é uma mulher ou não", disse Oliver, balançando a cabeça como alguém que acabou de lembrar como se lida com o colega de cabala.

"Entendo." - disse o eterita, e fez uma longa pausa. 

"Sua sugestão, então, é que sigamos um grupo de desconhecidos de origem certamente sobrenatural, mas igualmente desconhecida, para um beco, no carro deles, afim de ajudar a salvar a vida de um indivíduo que alegadamente é parceiro do Sr. Stracci, ainda que o parceiro do Sr. Stracci seja uma mulher, e não um sujeito."

"Por que exatamente acredita que deveríamos fazer isto?

Oliver respondeu enquanto discava para Ezio e colocava o celular no ouvido.

   -"Porque não importa de verdade quem está ferido no fim das contas. Eu quero ajudar e quero saber quem são esses caras, quem é o cara que eu enfrentei naquela noite, porque apesar de não ter nenhum padre no meio deles, a gente descobriu da maneira mais arriscada que também não tinha nenhum assassino por hobby. Mas você está certo. Eu só pedi sua ajuda porque você é um médico e eu não seria de muita ajuda sozinho, mas foi egoísta da minha parte. Eu sei que eu não estou destinado a uma morte sem sentido em um beco qualquer, mas pode ser que você esteja e daí eu estaria adiantando isso.

Carisma + Labia

O membro 'Ezio Stracci' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 10, 10, 3, 5, 4, 6, 8, 6

Oliver Gray escreveu:Oliver respondeu enquanto discava para Ezio e colocava o celular no ouvido.

   -"Porque não importa de verdade quem está ferido no fim das contas. Eu quero ajudar e quero saber quem são esses caras, quem é o cara que eu enfrentei naquela noite, porque apesar de não ter nenhum padre no meio deles, a gente descobriu da maneira mais arriscada que também não tinha nenhum assassino por hobby. Mas você está certo. Eu só pedi sua ajuda porque você é um médico e eu não seria de muita ajuda sozinho, mas foi egoísta da minha parte. Eu sei que eu não estou destinado a uma morte sem sentido em um beco qualquer, mas pode ser que você esteja e daí eu estaria adiantando isso.

Era como falar com uma criança. Dr. West só não diagnosticava o comportamento do colega de cabala como "ingenuidade patológica " por, conhecendo a história dele, o comportamento ser esperado: ser criado em um mosteiro isolado sem dúvida havia dado ao Sr. Gray muitas virtudes, mas não experiencia de vida real.  Não fosse ele seu companheiro de cabala, West não estaria nem mesmo cogitando aquilo. 

"Eu vou ver o que posso fazer para tornar esta situação mais sensata" - informou.

Puxou então seu celular, e começou a digitar uma mensagem - enviada como urgente, para garantir que fosse ser lida o mais rápido possível.

"Mateo", dizia o texto. "Acredito que tenha surgido uma oportunidade. Um grupo de indivíduos potencialmente perigosos requer meus serviços para cuidar de um policial que não pode ir para o hospital. Este grupo pode estar relacionado com o nosso problema dos Giovanni - não sei se do nosso lado ou deles -, e eu adoraria a oportunidade para conhece-los melhor. Se o sujeito for mesmo um policial, o favor o coloca nas nossas mãos, já que se não pode ir para o hospital, a origem do ferimento é menos que legal."

"Mas não quero me enfiar no território deles. Preciso de um galpão, algum buraco. Algo com saídas caso a coisa toda exploda e que não vá prejudicar a família. É urgente. D.D." 

D. D, ele assinou. Dr. Death. Como Mateo o chamava.

A mulher, ainda sem tirar o facão da garganta de Ezio, olhou desconfiada para os dois lados enquanto ele falava. Agia como alguém que ouviu alguma coisa. Mas ainda assim, esperou até que o detetive terminasse de falar, para em seguida retrucar:

- "E você costuma andar com drogas soníferas desse tipo, detetive? Eu não tenho nenhuma aqui. E ainda que tivesse, o que garante a garota não vai chamar seus colegas de azul e contar tudo assim que acordar? Agora me responda, detetive, no meu lugar, você assumiria esse risco? Assumiria o risco perder sua vida e a de sua família porque resolveu deixar uma 'inocente' escapar? Como já disse, não tenho intenção de tirar a vida da garota, ou a sua, mas também não tenho intenção de perder a minha"


- "Você fala em ajudar... HA! Não deveria falar do que não sabe, policial! Você me ajudaria a caçar pessoas e ARRANCAR A PELE DELAS?! Está apenas ganhando tempo, conheço o procedimento, e no seu caso é o que eu estaria fazendo também, ganhando tempo e esperando que a mat... meu reforço aparecesse. Bem, só que já perdemos tempo demais nesse jogo. Os que me caçam podem estar vindo pra cá agora mesmo, e se aparecerem, nem eu, nem você, nem a garota vamos sair daqui vivos. Por isso, detetive, ou você segue o meu comando AGORA, ou nós vamos entrar em combate nesse instante. E isso vai acabar mal para algum de nós dois. E certamente para nossos 'parceiros' também"

A mulher agora falava como alguém que está por pouco controlando a raiva. Ela parecia frustrada, assustada, e furiosa ao mesmo tempo. Suas pupilas estavam dilatadas, suas respiração acelerada, e ela frequentemente olhava para o parceiro encapuzado, que continuava com a arma apontada para a moça chorosa dentro do carro.
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Não mais do que 30 segundos depois de mandar a mensagem, West recebeu uma resposta de Boca-de-Cabêlo.

"Armazém 17, doutor. Está caindo aos pedaços, mas é nosso. Há uma sala no mezanino que está limpa e tem eletricidade. Estou mandando agora mesmo uns rapazes para lá, com gasolina, no caso de qualquer eventualidade. Os Giovanni você trata com FOGO! Eles estão instruídos a obedecer seus comandos, então, se precisar, Rony 'Mão-de-Presunto' sabe arrancar informações de um cara tímido pra falar. Esprema esse porco até tirar tudo o que ele sabe dos malditos carcamanos. Ah, eu adoraria poder estar lá..."

The Oracle escreveu:Não mais do que 30 segundos depois de mandar a mensagem, West recebeu uma resposta de Boca-de-Cabêlo.

"Armazém 17, doutor. Está caindo aos pedaços, mas é nosso. Há uma sala no mezanino que está limpa e tem eletricidade. Estou mandando agora mesmo uns rapazes para lá, com gasolina, no caso de qualquer eventualidade. Os Giovanni você trata com FOGO! Eles estão instruídos a obedecer seus comandos, então, se precisar, Rony 'Mão-de-Presunto' sabe arrancar informações de um cara tímido pra falar. Esprema esse porco até tirar tudo o que ele sabe dos malditos carcamanos. Ah, eu adoraria poder estar lá..."

Enquanto aguardava a resposta de Boca-de-Cabêlo - durante aqueles insuportavelmente longos trinta segundos que, para Oliver, sem dúvida pareceram muito mais - o médico olhou em volta na boate e repousou os olhos sobre o Akasha em sua frente, tentando encontrar, em seu semblante, os indícios de suas disposições gerais. Mas, durante o processo, achou por bem perguntar: "Quão dispostos a usarem um local que nos favoreça eles parecem ser, Sr. Gray?" - aquilo era importante: decidiria não só o estilo de argumentação que Dr. West teria que usar, mas também se valeria a pena o esforço mágico de tentar algo extra. Ele não havia pendurado aquele cristal no pescoço por baixo da camisa atôa, mas não gostava de esforços supérfluos.

Logo após fazer a pergunta, baixou os olhos para o celular e leu a mensagem. 

Matteo Falcone parecia um pouco mais propenso à violência imediata do que Dr. West gostaria, mas aquilo não era uma surpresa. Respondeu rapidamente: "Agradeço e espero bons frutos desta noite. Mas peço o máximo de discrição. Se nossos convidados se sentirem ameaçados, podemos ficar sem informação nenhuma. Retornarei com os resultados quando os tiver."


E,  erguendo novamente o rosto para seu colega de cabala, meneou a cabeça. "Pronto. Podemos ir. Mas se o suposto policial estiver realmente em estado grave, eu precisarei queo senhor leve meu carro enquanto eu vou com eles, para mantê-lo estável. O senhor sabe dirigir, eu suponho?"

Oliver ainda não entendia Faust muito bem, essa era a verdade. Ele acabou de dizer que não tinha qualquer chance de morrer em uma situação medíocre feito aquela, mas ele ele poderia muito bem cessar seus dias ali, e só depois disso ele resolve ajudar. Nesse ponto, ele lembrava um pouco a sua irmã quando criança, que sempre reclamava de algo antes de aceitar, mas sempre aceitava. Oliver se divertiu com o pensamento até a pergunta de Faust.

   -"Não tenho ideia, mas acho que eles precisam estar. Acho que não vale a pena tentar nada essa noite se não for desse jeito".

   Aí que as coisas ficaram tensas:

   -"Então, já dirigi carroças no mosteiro várias vezes, mas não deve ser a mesma coisa. Me colocar no volante pode ser a parte mais perigosa da sua noite. Que tal se eu for no carro deles até o local que você arranjou e você encontra a gente lá?

   Sim, Oliver preferia tentar a sorte com o bando de sobrenaturais desconhecidos do que tentar aprender a dirigir essa noite.

A resposta inicial fez parecer que Ezio tinha dado uma má ideia, contudo sabendo o que estava fazendo ele se pôs a dizer:

- Oras, uma boa pancada na cabeça não deve ser uma dificuldade para o seu amigo, quanto à outra hipótese, não é do meu interesse que eles sejam acionados também, então deixe que eu me preocupe com isso

A mulher esteve prestes a soltar alguma informação interessante, visto a forma como se controlou, porém o detetive achou melhor fingir não ter notado. No entanto, notou outra coisa:

- Você diz caçar, está fugindo de algum animal? Ou alguma seita como a klu klux klan?

Como ainda tinha o interesse de se manter vivo naquela situação ele começava a andar lentamente para trás, evitando movimentos bruscos, mas ao mesmo tempo tentando ter uma brecha, algum espaço, aguardando por um vacilo que o permitisse sacar a arma antes de entrar o carro. Enquanto isso seus pensamentos se conectavam a algo além, mesmo que algo além fosse apenas sua fé.

"Olha, se vocês estiverem por aí, vendo isso, qualquer um de vocês, uma ajuda seria muito bem vinda agora. Per il bene della famiglia."

Iniciativa

O membro 'Ezio Stracci' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 9

"Mendiga" rola iniciativa

O membro 'The Oracle' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 7

Se sua oração surtiria efeito, o euthanatoi não podia duvidar disso, tudo ainda era incerto, contudo parecia que alguma coisa estava funcionando e naquele momento, não seria o facão da mulher feia.
     Não dava para esperar algo como um milagre, porém alguma coisa aconteceu, seja pela enrolação do Ezio ou por ajuda divina um momento parece ter surgido, aquele momento único em que seria preciso arriscar tudo para ter uma chance e assim o fez. Num rápido movimento, parecia um susto, o detetive desvencilhou-se do facão tentando ao mesmo tempo sacar a sua arma e posicionar-se para atirar.

Raciocínio + Armas de Fogo

O membro 'Ezio Stracci' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 1, 6, 1, 7, 7, 7

Iniciativa

O membro 'Ezio Stracci' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 5

"Mendiga" rola iniciativa

O membro 'The Oracle' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 7

Em um movimento brusco, Ezio deu um passo para trás, retirando seu pescoço do contato frio da lâmina da mulher. Ela, aparentemente aturdida ou distraída por algo, simplesmente não esboçou reação.

Ato contínuo, o Euthanatoi levou a mão ao coldre, tentando sacar sua pistola. Todavia, o destino foi cruel, e seus dedos foram desajeitados. A arma efetivamente foi retirada do coldre, mas parou asfalto sujo, a um metro e meio de Ezio.

Ambos, policial e sua algoz, olharam para aquela Brownning 9mm caindo no chão. O rosto dela tinha uma impressão incrédula, mas que rapidamente se modificou para um sorriso. Não era um sorriso de escárnio ou deboche. Em verdade, ela parecia animada.

- "Você não se entrega, não é? Admiro isso"

Agora, com alguma distância entre eles, Ezio pôde ver melhor o facão, que não tinha o aspecto de nenhum facão que ele já tivesse visto. Tinha dois gumes, e parecia um pouco com um gládio romano legítimo que seu pai tinha emoldurado na parede. Também conseguiu ver que aquela mulher parecia uma halterofilista, e que não estava suja ou fedendo. Os trajes de moradora de rua deviam ser apenas um disfarce. Mas isso tudo empalideceu, quando Ezio viu a coisa mais bizarra que já presenciara em toda sua vida.

A mulher avançou um passo, mas quando aquele pé tocou o chão, não era mais um pé comum. Em uma fração de segundo o corpo da "mendiga" pareceu explodir, dobrando de tamanho de uma forma tão absurda que o policial sequer conseguiu registrar muito bem. Mas o tamanho não foi única coisa que mudou. As roupas se rasgaram, os braços alongaram, e pêlos cinza claros tomaram o lugar da pele. A face da mulher se deformou repentinamente, suas mandíbulas se alongaram, e o crânio inteiro assumiu um aspecto lupino. Diante dele agora estava um monstro bípede peludo de mais de 2,5 metros de altura, com garras e presas afiadas. O facão ainda estava na mão daquela coisa, mas não foi isso que avançou. Com uma velocidade sobrenatural, a "mão" esquerda da coisa se fechou em um punho, que se dirigiu ao estômago do Euthanatoi.

Ataque da Garou:

O membro 'The Oracle' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 5, 1, 4, 1, 3, 5

A cena na rua escura se tornava mais e mais absurda. Apesar de seu adversário estar completamente aturdido, a criatura monstruosa que um dia fora uma mulher musculosa simplesmente tropeçou num buraco no asfalto, errando Ezio, e "catando cavacos" por alguns metros. Mas mesmo assim não conseguiu recuperar seu equilíbrio, caindo de barriga no chão.

O milagre pelo qual Ezio havia clamado aparentemente acabara de acontecer. O detetive tinha tempo para fazer algo por sua vida.