Um novo amanhecer

O membro 'Dr. Faust West' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 8, 6

Oliver estava na parte de trás do carro, se preparando para continuar repondo o sono quando o outro carro parou na frente da casa. Francamente, ele achava que campanas só davam certo assim nos filmes e, que no mundo real, envolviam noites e noites ingratas em um carro comendo rosquinhas. Enquanto pensava no quanto a polícia poderia ser mais eficiente se comesse direito, Oliver observava as pessoas que saíam do carro.

   Ninguém ali parecia muito mundano. Oliver reconheceu alguma das pessoas e supôs que as outras também eram magos mais velhos. Algo estalou em sua cabeça:

  "Será que aquela é a Corre com Lobos?", seria uma boa oportunidade de não ir ao final do mundo para falar com ela amanhã".

  Ele falou com Ezio mais baixo do que precisava:

- "Dr. Max, Ralp e Heinekem com roupas de mago, além de outros possíveis figurões da cidade. Eles vieram demolir a casa ou o quê? Corre com Lobos está com eles. Na hora que eles forem embora, vou tentar falar com ela. Quando isso acontecer, vá embora e finja que eu vim sozinho".

   Justo na hora que Oliver ia comentar sobre o tal "reforço", o cara bateu na porta pedindo cigarros. Oliver falou baixo novamente:

- "Você fuma? Se não, mostre um distintivo pra esse cara, sei lá". Oliver observou as reações do cara, para o caso dele ficar agressivo ou se revelar como o tal reforço dos magos seniores".

Entre uma mordida e outra no chocolate o detetive observava tudo do carro e aquela estava sendo uma noite bem proveitosa. Ao ver Dr.Heineken ele ficou feliz de ter deixado uma escuta, talvez as suspeitas não sejam tão ridículas. 

Estava observando os movimentos dos de mais magos sem conhecer algum que não Von, e Oliver se fez muito útil, a medida que o Akasha os apresentava Ezio falava um pouco do que ouvia, aquela podia mesmo ser quem ele esperava. 

- Se você prefere assim, façamos a sua maneira.

Respondeu sobre ir embora.

"Mas viemos juntos, de alguma forma vou ter que escoltar esse aqui."

o susto para Ezio foi tremendamente grande com o vagabundo que o perturbava:
- Puta que Pariu!

Olhou para Oliver
- Só quero que ele vá logo

Tirou cinco dólares do bolso, desceu um pouco o vidro do carro e entregou dizendo:

- Não tem cigarro, agora vá!

Voltou a fechar o vidro do carro e observar tudo ao redor. Tendo tudo certo ele volta à investigação.

Percepção + Artes marciais

O membro 'Oliver Gray' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 10, 3, 5, 3, 4, 5, 6

Quando West balançou o pequeno cristal frente a seu rosto, o homem à sua frente deu um leve sorriso sem humor. Não havia sarcasmo ali também. Por sinal, o sujeito parecia ter alguma dificuldade em expressar emoções. Faust talvez tivesse encontrado uma alma irmã. Ainda assim, ouviu atentamente (ou pelo menos aparentando atenção) o que o Eterita tinha a dizer. A luz ambiente, filtrada pelo cristal, demonstrou os reflexos característicos de um Padrão permeado por Quintessência livre. Aquele indivíduo carregava em si alguma energia primordial, sobre isso não havia dúvida.

- "Um mix curioso de interesses. Aliás, parece que esse lance de gêmeos anda em alta nos últimos tempos... Enfim, não sei nem se somos capazes de nos conectarmos nem como espécie. As formigas e abelhas, provavelmente, mas nós? Via de regra, enxergamos outros da mesma espécie como competidores, o que eles de fato são. Só costumamos nos conectar quando uma ameça além de nossa capacidade pessoal se apresenta. Ou seja, quando não podemos salvar nossos rabos sozinhos. O desejo por unir-se a outros de nossa própria espécie é sempre nascido do mais puro e simples egoísmo..."

- "E não estou bem certo se isso se altera após a morte. Mas, o fato é, saberemos alguma dia, não? A angústia com a morte é uma das angústias mais bobas, e ainda assim, uma das mais difundidas. Por que se angustiar com uma das poucas certezas que temos? Ainda assim, entendo que o assunto tem seu apelo... Especialmente se colocarmos gêmeos no meio... Talvez nossa única chance de real conexão seja com uma pessoa que é tão similar a você, em tantos aspectos. Por outro lado, essa mesma possibilidade de conexão implica uma afronta à sua individualidade, e em última instância, à sua identidade. E sem identidade, como você irá se conectar a qualquer um?"

- "Mas estou divagando. Vamos aos negócios. O senhor poderá achar alguma referência a gêmeos nos trabalhos de Blavatsky, Papus, e em algumas obras alquímicas do Oriente Médio, circa século XII. Dos dois primeiros, estou certo que tenho algo nas prateleiras. Do último, não tenho certeza, mas talvez do lado daquela cópia das 'Mil e uma Noites'. Também é possível que haja algo menos... comercial, nos fundos. Mas aquelas obras não estão à venda. São para trocas e apenas trocas. Digamos que minha 'alma poética' diz que conhecimento verdadeiro não deve ser trocado por dinheiro. Então, costumo fazer entretenimento com elas. Como disse Buda uma vez, o 'entretenimento é o tempero da vida'. Ou seria o humor? Bem, tanto faz, o fato é, para dar uma olhada na coleção especial, o senhor precisa me oferecer algo. Equilibrar os pratos da balança, por assim dizer, é a única regra. Gostaria de participar deste jogo?"

Parecia haver algum interesse nos olhos do homem agora. A porta se abriu, um punk colocou a cabeça para dentro, olhou em volta, e depois saiu.
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Ezio e Oliver recuperaram-se do susto rapidamente, mas a situação não parecia ter chegado a um fim ainda. Quando Ezio estendeu a nota, o sujeito a pegou e enfiou no bolso da calça, com um movimento rápido. Entretanto, enquanto Ezio subia o vidro, ele voltou a bater no teto do carro, falando em uma voz alta, desafinada e irritante:

- "Queisso, tio?! Libera um cigarro aê! Dexá de sê canguinha! Libera um cigarro aê, tio! Nunca te pedi nada! Vai ficá regulando cigarro? Qualé, tio, libera um cigarro aê!"

O sujeito estava fazendo uma barulheira considerável. E tinha uma voz bastante irritante. E, quando o vidro foi abaixado, foi notável que não cheirava bem. Era impossível continuar a campana com aquilo...

Oliver não falou diretamente com o sujeito, mas seus modos inevitavelmente fizeram o Akasha olhá-lo mais uma vez, e quando fez isso, algo lhe saltou aos olhos. Muitos anos de treinamento, não apenas no Ninho do Dragão, mas também em suas aulas de karatê antes disso. A distância e a posição dos pés daquele vagabundo, o modo como apoiava a maior parte do peso na perna de trás, o quadril ligeiramente torcido, joelhos levemente flexionados, a mão que não estava batendo no teto do carro em posição livre... Mas o mais importante eram os olhos. estavam fixos em Ezio, o mais próximo dele, mas Oliver sabia que o homem estava também atento à sua visão periférica, atento a ele.

Aqueles não eram os olhos ou a postura de um homem distraído. Pelo contrário, aquele sujeito era um lutador, e estava preparado para uma reação deles. Não era possível prever se o homem reagiria de forma violenta, ou fugiria, ou qualquer outra coisa, mas o fato era que ele não seria facilmente pego de surpresa.

Oliver, até agora mortalmente entediado, quase deixou passar a encenação do cara na rua. Uma segunda olhada crucial o levou a uma conclusão que o atingiu como um raio. Aquele não era um mendigo comum, mas sim um artista marcial e muito possivelmente o reforço do qual os magos seniores estava falando. Ou isso ou eles tinham dado um azar absurdo e encontrado com seja lá o que eles estavam vigiando. Não importava, na verdade. Fosse como fosse, o cara não ia embora por conta própria, de modo que Oliver, em um impulso de adrenalina e cheio de frustração acumulada saiu do carro.

- "Melhor ficar no carro, Ezio", disse Oliver distraidamente.

   Para evitar que fosse impedido de sair, Oliver deixou o carro pelo lado contrário ao que o pretenso bêbado estava, sem dissimular seus movimentos rápidos e decididos. Alguém iria sair machucado dali, então restava saber quem. Após sair do carro, Oliver caminhou lenta e atentamente em direção ao cara, nunca deixando de olhá-lo nos olhos, e finalmente disse.

- "Eu não sei quem você é, mas odeio pessoas que fingem ser o que não são. Você vai embora agora mesmo ou nós vamos ter problemas? Por favor, diga que vamos ter problemas", disse Oliver. Ele não teve qualquer intenção de parecer ameaçador. Muito pelo contrário, o "mendigo" provavelmente notou um tom levemente suplicante na sua voz".

Segurando a pequena lente de cristal verde-negro frente aos olhos como se fosse uma pequena lupa através da qual poderia enxergar os detalhes de uma gema qualquer, Faust viu, em meio ao escuro, as silhuetas brilhantes do padrão preenchido por Quintessência - as formas ligeiramente humanóides, deformadas um pouco pelo cristal, desenhavam-se ali como se carregadas de micro-labaredas pontilhadas. Era como olhar para uma televisão tubo antiga num canal de estática, só que o ruído era composto de luz. Seria bonito, se Faust tivesse as inclinações artísticas necessárias para este tipo de contemplação. 

O Eterita empalmou o cristal, guardando-o no bolso. Era um lembrete interessante: existiam outros magos na cidade que podiam ter sobrevivido. As tradições não eram o único centro de magika. Como ele podia ter se esquecido daquele detalhe?

Ouviu o posicionamento de Thomas - ou o homem que ele acreditava ser Thomas - sobre os gêmeos, sobre ser um assunto em alta. Aquilo não lhe passou despercebido, mas não acreditou que fosse o melhor momento para mudar de assunto e dar foco aquela questão; pessoas como Thomas tinham um apreço muito grande pelo sigilo, e informações sensíveis precisavsam ser cirurgicamente retiradas. As vezes, literalmente. 

O doutor ficou em silêncio, ouvindo o outro discorrer sobre a terrível solidão do egoísmo ao qual todos estavam condenados. O fez pacientemente, e com interesse genuíno - não no assunto, é claro, mas no que o assunto poderia lhe ensinar sobre a pessoa que estava a sua frente. Quando ele fez a pergunta sobre conectar-se na ausência de uma identidade, Faust ponderou: "Bem, os pilares psiquicos de uma identidade podem ser os mais variados. Não parece impossível que se construa uma identidade completamente baseada na ausência de individualidade, na liquefação do eu dentro de um supra-organismo... " - não estava falando necessariamente de gêmeos, mas achara que acrescentar um comentário era importante. "Temos bons exemplos porta a fora." - concluiu, lembrando-se dos punks e góticos e adolescentes em geral que ocupavam a rua onde estavam. Todos consideravam-se diferentes e únicos, e essa crença era sustentada na completa e total imersão numa identidade coletiva. 


Diante da afirmação sobre irem aos negócios, o mago acenou afirmativamente com a cabeça de forma muito sútil, antes de ouvir, com atenção, a proposição. Fez uma pequena pausa. Aquilo era interessante.

"É claro. Quais as regras?"

O suposto Thomas fez uma expressão de genuíno interesse ao ouvir a frase "Não parece impossível que se construa uma identidade completamente baseada na ausência de individualidade". Em seguida colocou a mão no queixo, como quem estivesse pensando. Aquilo parecia ter realmente despertado seu interesse. Mas voltou à Terra quando ouviu a última pergunta de Faust. E a respondeu de imediato:

- "Não existem regras formais. Ok, apenas uma: sinceridade. Aqui não é um mercado persa, não regatearemos. O senhor propõe uma retribuição que efetivamente valha o quanto deseja dispor pela informação, excluindo da lista apenas dinheiro ou outros bens puramente monetários. Eu, pelo outro lado, fornecerei o que de melhor houver na coleção, ou em minha cabeça, a respeito do tema em estudo, respeitando a equivalência à contrapartida que foi previamente oferecida pelo senhor. E não se acanhe com suas propostas. Bens físicos não são a coisa mais valiosa do mundo. Talvez sejam a menos valiosa..."

"Thomas":

"Que sujeito mais irritante!"
Era esse o pensamento de Ezio em relação àquela cena, já havia dado o dinheiro, porém aquele vagabundo continuava ali, atrapalhando tudo e como se já não bastasse, as palavras de Oliver indicava que viria merda dali.

Sem entender porque o Akasha sairia ele até tentou evitar, perguntar o porquê, mas sem sucesso, aquele jovem estava decidido, porém, se é assim...

Observando a reação do mendigo com o Akasha, Ezio começa a preparar a arma com silenciador, sobe deixando-a encostada ao peito. Tudo isso de modo discreto sem que o mendigo perceba, desçe novamente o vidro.

Chama a atenção do mendigo com um "Psiu".

- Amigo, compra o que você quer com esse dinheiro aí.

Tendo chamado o vagabundo, faz um gesto suave com a mão mostrando a arma e dizendo:

- E por favor, não nos incomode mais por hoje...

Continua a encarar.

Aparência + Intimidação

O membro 'Ezio Stracci' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 2, 8, 4, 3

Teste misterioso.

O membro 'The Oracle' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 7, 2, 4, 10, 10

Quando Oliver saiu do carro pela outra porta, o sem-teto apenas o olhou, com uma cara meio incrédula. Apenas quando o Akasha se aproximou decidido daquela forma, armado de palavras e disposição, ele começou a recuar, mãos espalmadas para frente, falando:

- "Quéisso, tio? Nóis é da paz. Vizinhança tranquila. Tá muito nervoso aê, tio. Tem algo te irritando?"

Quando Ezio o chamou, o mendigo virou sua cabeça levemente para o lado. Oliver notou que ele manteve ambos em seu campo de visão, uma medida que provavelmente apenas alguém com alguma experiência em combate tomaria. Ele viu a arma, isso foi óbvio, mas não pareceu alarmado. Continuou recuando lentamente, e disse:

- "Eita, tio! Tá montado?! Tá fazendo segurança? Quéisso, tio, vizinhança tranquila! Vai metê chumbo ni eu aqui, na frente das dona-di-casa e das criança? Vai querer arrancar meu couro? Ou cês tão porcurando alguma coisa? Se tão porcurando, Joe aqui conhece tudo! É só falá!"

A voz do homem deu uma estranha ênfase em parte da frase. E ele estava falando num bom volume, poderia alertar a vizinhança. E apesar de estar recuando ante o ímpeto de Oliver, não parecia estar fazendo menção a deixar o local.

Ezio, se manteve imóvel aparentemente, talvez apenas a mão armada seguia o Caminho de Joe. Então calmamente respondeu:

- Pois bem Joe. Por que a gritaria se ninguém aqui é surdo?
- Vamos fazer um acordo?
- O senhor fica mansinho e vai embora ou cale-se para sempre.

Aparência + Intimidação

O membro 'Ezio Stracci' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 6, 2, 7, 1

Faust ouviu com atenção o que Thomas dizia, as regras do pequeno jogo. A regra sobre sinceridade era justa - Dr. West podia não ter grandes ou pequenas travas morais, mas era o tipo de pessoa que sentia-se confortável agindo dentro de uma série de regras que delimitavam seu possível campo de ação, e preferia quebrá-las apenas em última instância.. ou quando sabia que não seria pego. Ou quando seria pego, mas podia colocar a culpa em alguém menos importante. 

"Isto parece bastante vago e subjetivo." - ponderou sua mente matemática. "Tomaremos algum parâmetro universal como referência de valor, ou devo assumir o que é valoroso para você?" - questionou. 

Ouvindo a resposta, ele meneou a cabeça. Não era seu interesse entrar naquela tipo de discussão, mas aquele tipo de jogo parecia muito pouco promissor, ao menos na situação em que estava naquele instante. Mas depois de quase dois segundos, o doutor prosseguiu: 

"Eu aceito, com prazer.. mas tenho uma condição." - disse, e esperou que Thomas se manifestasse, afim de respondê-lo. Não teria problemas em esperar, caso o outro demorasse. 

"Te proponho uma mudança. Uma quebra na sua rotina." - e focou os olhos sobre Thomas."A primeira troca, será o contrário. Te farei três perguntas, que você deve responder honestamente - e a depender do quão profundas, do quão valorosas, ou do quão interessantes ou curiosas sejam a resposta, eu lhe darei algo que considerarei equivalente em preciosidade." - sugeriu. Ele mexeu o braço da mala, fazendo os infinitos conteúdos em seu interior balançarem numa mistura de sons curiosa, mas sua voz o suprimiu. 

"Estes são, é claro, os menos valiosos. E também é quase desimportante o que eu lhe der em troca de suas respostas, por mais único, secreto e intransferível que possa ser." - pequena pausa. "O importante é quanto tempo, quantos degraus de profundidade, poderemos avançar. Ir direto para as coisas reais." - concluiu, na esperança de que o homem a sua frente concordasse.

Odd Thomas lhe parecia alguém que gostava de beber vinho em saraus e discorrer sobre a superficialidade das relações. Ele talvez ficasse desconfortável... mas talvez aquela proposta de intensidade o encantasse.


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Manip + Labia

Carisma + Lábia

O membro 'Dr. Faust West' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 3, 10, 5, 4

Iniciativa de Joe:

O membro 'The Oracle' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 5

Oliver reparou no quanto o "mendigo" não estava impressionado com a arma de Ezio. Levando em conta que ele também não estaria, só pôde presumir que além de artista marcial, o cara provavelmente era sobrenatural, e do tipo que não cairia com um tiro ou dois. Como ele parecia interessadíssimo em chamar atenção, não valia a pena tentar ficar escondido mais. Sem olhar para Ezio, ele disse:

- "Esse cara sabe lutar e de mendigo não tem nada. Continue de algum outro lugar que eu me entendo com ele".

   Sem saber se Ezio seguiria ou não seu conselho, ele avançou.

Rolando iniciativa (dado + 7)

O membro 'Oliver Gray' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 5

Oliver pensou em preparar um efeito, mas sua adrenalina estava tão em alta com a expectativa de conhecer um outro lutador que ele descartou aquilo imediatamente. Como um raio, cobriu a distância entre os dois com dois passos, desferindo um golpe dado com a mão espalmada no plexo do seu oponente.

Rolando ataque e depois dano

O membro 'Oliver Gray' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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#1 'D10' : 1, 9, 9, 7, 5, 1, 8, 2, 4, 8

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#2 'D10' : 2, 3, 8, 5, 10, 2, 4, 10

Joe se defende e absorve:

O membro 'The Oracle' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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#1 'D10' : 7, 7, 2, 8, 1, 8

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#2 'D10' : 5, 2, 7

Oliver avançou sobre Joe, e o golpeou. Ou, melhor dizendo, tentou, pois o sem-teto fechou sua guarda com os dois braços, ao estilo dos boxeadores, e conseguiu bloquear a palma do Akasha. Não parecia um estilo muito refinado o dele, mas fora eficiente. Após o golpe bloqueado, permaneceu naquela postura de guarda, os pés se movendo rapidamente em passos curtos, mais uma vez no estilo dos boxeadores.

Joe não reagiu de imediato. Parecia mais preocupado com Ezio.

Odd Thomas, ou seja lá quem fosse o homem à frente de Faust, deu um sorriso ao ouvir a proposta do médico. Parecia até um sorriso verdadeiro. Ele comentou:

- "Bravo! O senhor está entrando no clima. Pois bem, indulgenciarei as suas regras. Por que não?"


Retirou de debaixo do balcão uma garrafa de vidro decorada, e dois copos bem pequenos. Serviu uma dose de um dedo apenas em cada copo, do líquido claro que a garrafa continha, dizendo: "seja meu convidado, então. Estou pronto para suas perguntas". E tomou sua dose, de um gole apenas.

Ao ouvir as perguntas de West, Thomas quedou-se pensativo, com a mão no queixo, olhando para baixo. Depois de uns 10 segundos, disse:


- "São ótimas perguntas, em verdade. As pessoas deveriam se perguntar isso com mais frequencia."


- "Se fosse responder sem pensar, diria que odeio muita coisa, mas isso seria uma resposta rápida e suja. Na verdade, muita coisa me enfada, me aborrece, me enoja, mas ódio? Não, isso não é muita coisa. Você precisa se importar realmente com algo, para que possa odiá-lo. Eu diria que odeio a ignorância. Não, isso não é exato... Eu o odeio a falta de desejo de sair da ignorância. Ou o desejo, ainda que inconsciente, de confortavelmente permanecer nela."


- "Eu amo as possibilidades. E de certa forma, as odeio também. As muitas possibilidades são excitantes, elas desenham um bravo mundo novo a cada segundo. Quanto mais possibilidades uma pessoa tem, mais viva ela está, mesmo que hajam possibilidades horríveis nesse meio. Isso implica que aqueles que dormem estão menos vivos do que os que acordaram. Mas eu as odeio porque elas são muitas, e são canibais. Elas se matam, e se devoram. Eu tinha possibilidades mil esta noite: poderia estar dançando na Aura, comendo massa no Piccolo, vendo o mar no cais, estar sendo estuprado e assassinado em algum beco, matando um assassino neste mesmo beco, conversando aqui com o senhor. Essa última se tornou realidade, e ao fazê-lo, matou todas as demais possibilidades, deixando apenas aquela sensação, a pior que existe: a sensação do "E se...". Isso é triste de ser visto. E mais: como as possibilidades são infinitas... bem, é como estar de frente a um caminho, que se abre em infinitos outros. São tantos caminhos, tanta coisa que não poderá ser vivida, que isso pode lhe tomar a vontade de seguir por essa estrada. E então o promissor viajante senta no chão e passa a apenas olhar os múltiplos caminhos à sua frente, sem conseguir se decidir, sem saber se suportaria o "E se..."


- "E isso nos leva à última das perguntas. Creio que sou o viajante sentado à beira do caminho, olhando a estrada que se divide infinitamente à sua frente, sem ser capaz de decidir para onde vai. Tenho um mundo nas mãos, sem saber o que fazer com ele."

E quedou-se novamente, silencioso.

"Isto vai derreter seu cérebro, Sr. Thomas." - pontuou calmamente Dr. West, negando a bebida com um gesto da mão. Era bom, ele achava - ajudava-o a confirmar a alta probabilidade daquele ser Thomas ou, numa outra possibilidade, o nome da loja ser apenas um nome aleatório. 

Era curioso a forma como Faust mal se movia. Ele estava parado, completamente parado enquanto aguardava que o outro pensasse e falasse - tão imóvel, tão imperturbado pelo peso da própria maleta, que talvez passasse a impressão de ter morrido ou entrado em algum estado catatônico, aqui e ali... impressão desmontada apenas pelo muito sútil movimentar da camisa enquanto ele respirava, tranquilamente. 

Ouviu as respostas com atenção. Primeiro, queria absorver tudo o que ele dizia - ouvir, compreender, de forma que não fosse esquecer depois... e só então começou a ruminar aquilo, pensando, traçando os pontos de conexão entre as informações datas pelo homem a sua frente. Uma coisa era o que ele dizia, outra coisa era o que ele dizia sem dizer, e outra coisa ainda eram as conexões possíveis entre todas aquelas coisas, os indícios, as soluções, os apontamentos. 

Dr. West passou quase trinta segundos em silêncio, antes de responder. "Muito bem. Eis o seu ganho, a minha equivalência." - ele disse. Era uma escolha delicada, aquela - o que quer que desse para Thomas que considerasse equivalente em valor as respostas que ele havia dito, poderiam denunciar ao outro um pouco do seu próprio sistema interno de valorização das coisas. Precisava de algo que fosse compreensívelmente valioso, de algo...

"Eu não estou escrevendo um livro." - disse, apenas. Era aquela sua oferta. Aquela informação, aquele fato óbvio. Era nítido que Thomas já sabia que ele não estava escrevendo um livro, mas falar daquela forma, deixando claro, era um presente valoroso. Era uma demonstração de confiança, era a quebra do alibi. Thomas havia lhe dado informações honestas sobre si, e em contra-partida, Faust estava dando um passo a frente e mostrando-se também ali, também real, livrando-se das desculpas e artimanhas necessárias entre as pessoas que conviviam num estrato superficial, num estrato ignorante.

Era pouca informação, mas era muita, também - deixava claro o quanto o médico valorizava a discrição e o segredo e a paranóia, se admitir-se não como um autor, mas como um real interessado, lhe era uma informação tão valiosa assim. 

Prosseguiu, quase de imediato: "E para a segunda fase do jogo, como ingresso para o conhecimento que tem ali atrás, te ofereço o que se segue." - e fez uma pequena pausa, umidificando os próprios lábios, antes de começar a falar. Havia percebido o interesse de Thomas sobre a identidade na falta de individualidade.


"Somos quem somos, e o somos, nitidamente, por uma união entre fatores intrínsecos a nosso ser - espirituais e biológicos, e também por fatores que nos afetaram durante nossas vidas. É possível dizer, então, que somos quem somos a partir de uma união entre nossas tendências naturais e o meio no qual vivemos, que despertam algumas tendências, suprimem outras e alteram as terceiras." - Thomas provavelmente não teria como saber, mas aquilo era também, de alguma forma, uma boa parte da visão mágika de Faust: as coisas eram frequências espontâneas modificadas, suprimidas e alteradas para serem o que eram naquele determinado momento, e a magika resumia-se na capacidade de manipular estas frequências de forma precisa. 

"Se partirmos deste ponto de partida, podemos resumir que somos quem somos baseados em nossas memórias. Longe de nossas experiências e dos efeitos que tiveram sobre nós, somos, invariavelmente, apenas o que poderíamos ser, apenas possibilidades. É possível, logicamente, um argumento solipcista que nos coloca como único ponto de referência de nossas experiências, mas a este argumento eu precisaria responder que sim, somos o único ponto de referência ou podemos ser assim considerados, mas a tomada de uma referência não suprime a necessidade de uma força externa a ser observada. Então, considerando a identidade como nossa soma de referências frente a experiências externalizadas, poderíamos argumentar que um indíviduo comum já não é plenamente indivíduo, plenamente individual, visto que no vácuo de uma existência sem forças externas exercidas por outras consciências e personalidades, ele não seria algo, mas sim a possibilidade de algo. Seria, em outras palavras, matéria prima." - argumentou. "Assim sendo, você pode perceber como a idéia da identidade criada a partir da falta de individualidade não é uma idéia tão longe do que a maioria das pessoas vivencia, já que da posição média podemos ir para dois extremos - o questionamento total e absoluto de todas as influências externas, um retorno ao eu bruto, na busca das próprias possibilidades, da própria máteria prima, e na idéia de servir como consciência que molda a própria matéria - o que geralmente é associado a um forte incômodo de imaginar-se sujeito à algo, e uma forte necessidade de enxergar-se como na posse de um controle completo, mas ilusório, sobre si mesmo... Ou pode-se buscar a completa morte do indíviduo, o sacríficio não da experiência externa e da influência, mas o sacrífico da matéria prima que desenha o eu. " - pequena pausa.

"Ou seja, é a criação de um eu múltiplo, ultra-contraditório mas ultra-real - uma identidade suicida, que mata-se a si mesmo mas encontra vida plena ao buscar o próprio eu, o próprio ser, a própria matéria prima moldada pela experiência não dentro de si mesmo como indíviduo, mas na própria experiência. O "eu" deixa de referir-se a si mesmo, aos fundamentos de sua personalidade, e sim toma a forma de um eu flutuante, que se referencia apenas ao outro também enquanto massa humana flutuante, renegando também ao outro a possibilidade de articular-se como eu sólido. Um assassinato, por um lado... e uma misericórdia, por outro, visto que livra-se a si mesmo, e ao próximo, das responsabilidades de uma existência realmente presente." - Dr. West ergueu os olhos, passando-os pelo balcão, sobre os objetos ali, mas continuou falando. "É curioso pensar no tipo de consequência que uma posição desta poderia trazer. Não consequência num sentido estritamente negativo, mas como decorrência lógica de um fato interior, principalmente no caso de um sujeito desperto. Pode-se despertar, assim? Pode-se misturar-se ao ar, liquefazer-se na trama do cotidiano, e ao mesmo tempo alterá-la? Isto seria uma impossibilidade, ou a forma ideal da prática, visto que alterar a trama sendo a trama potencialmente permita fazê-lo sem consequência alguma, visto que a própria trama pensará estar mudando a si mesma...?"  

Deu de ombros, muito sutilmente. "Creio ter lido algo oriental similar a isso, uma vez. Me lembro agora. Um sujeito que tentou criar uma união entre o Tao e a política Anarquista..." - e parou.

Rolando iniciativa de novo

O membro 'Oliver Gray' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 4, 9, 2, 6, 10, 8, 1

Iniciativa Joe.

O membro 'The Oracle' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 7

Joe, a princípio, parecia mais preocupado com Ezio, e sua arma apontada. Mas quando notou que o italiano, acatando a sugestão de Ezio, guardou a pistola e saiu devagar com o carro, pareceu dirigir toda a sua atenção ao Akasha.

De sua postura de guarda, desferiu um cruzado, visando o nariz de Oliver, ao mesmo tempo em que dizia:

- "Porra, tio, eu só fiz uma pergunta!"

Ataque:


Possível dano:

O membro 'The Oracle' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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#1 'D10' : 5, 9, 9, 8, 5, 6

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#2 'D10' : 3, 8, 5, 8, 1, 4, 4, 9

Oliver ficou levemente surpreso quando o cara bloqueou seu ataque. "Boxe, não é?", pensou ele. E o cara falava e lutava ao mesmo tempo, o que mostrava que ele sabia respirar do jeito certo. Ele era um lutador e tanto e o Jovem Akasha parecia empolgado por se testar contra ele.

- "E nós mandamos você embora", disse Oliver, esquivando-se para o lado oposto ao do gancho, com um movimento de tronco.

Rolando full esquiva (e rezando para o fórum não me foder)

E absorção (para o caso do fórum me foder com ou sem reza)

O membro 'Oliver Gray' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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#1 'D10' : 4, 4, 7, 6, 9, 3, 1, 1, 6

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#2 'D10' : 8, 7, 3

Iniciativa (dado + 7)

O membro 'Oliver Gray' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 4

Joe rola iniciativa.

O membro 'The Oracle' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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'D10' : 6

Que situação chata, aquele maldito atrapalhava os planos e ainda havia levado cinco dólares para nada, mas ao que parece, Oliver estava disposto a resolver aquela situação a sua maneira.

Dando o seu voto de confiança à equipe ele saiu com o carro dali, porém sabia que ainda poderia ser perigoso e deu uma volta até o ponto de onde havia saído para ver como estava a situação da batalha. Durante o caminho ele pensava:
"Mas que diabos, talvez seja mesmo obra do diabo. Espero que esse muleque seja mesmo bom de porrada, acabei de conquistar a confiança do capitão e não quero dar esse tipo de trabalho a famiglia."
Contudo, ainda que estivesse receoso quanto atirar ele estava preparado caso fosse preciso.
"Ainda estamos perdendo o que acontece na casa. Isso tem que valer muito a pena. Von Heineken, eu sempre suspeitei de você e você não parece estar ajudando."

A uma primeira vista, pareceu a Oliver que se esquivar daquele soco seria fácil. Não foi o caso. Seu movimento evasivo não foi suficiente para evitar o punho, que fez contato com a maçã direita de seu rosto. O sem-teto não parecia extremamente forte, seu golpe não causou qualquer dano mais sério.

Um pequeno sorriso apareceu no rosto do sujeito. Bem pequeno mesmo. Seus olhos ainda continuavam focados, a guarda fechada, e a base firme. E a língua, aparentemente, continuava solta.

- "Cês bate em todo mundo que aparece na rua, tio? Cê e seu migo tarde da noite num carro numa rua escura numa vizinhança pacata? Tão escondendo algo?"

E nisso, o pé direito do sujeito avançou rápido, seu braço direito avançando num direto.

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A iniciativa foi concomitante.

Ataque:

Dano potencial:

O membro 'The Oracle' realizou a seguinte ação: Rolar Dados

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#1 'D10' : 9, 4, 7, 8, 7, 7

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#2 'D10' : 9, 9, 5, 4, 5, 3, 5, 10