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Um novo amanhecer

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Mensagem por Dr. Faust West Dom Jun 18, 2017 12:01 pm

Quanto ao agradecimento, Dr. West meneou a cabeça afirmativamente, sem realmente dizer nada, enquanto entrava no banco de trás do carro, onde se acomodou em silêncio, como sempre. 

Fez uma pausa - uma pausa de quase cinco segundos - após a pergunta sobre a detetive. Estava ponderando sobre aquilo. "Olhos na estrada, por favor." - lembrou-o. Caso Ezzio não soubesse, o choque da notícia podia ser perigoso... Mas, provavelmente, só o faria rir. De qualquer forma, Dr. West seguiu: "Ela tem afiliações com os licântropos da cidade, e eles não gostam de pessoas como nós." - afirmou, simplesmente. 

Quanto ao anjo, ele meneou a cabeça, afirmativamente. "É um anjo. Velho testamento, Bíblia Hebraica." - explicou, apenas.


Ignorou solenemente a pergunta sobre os Falcone. O bom de ser um cara que fica em silêncio a maior parte do tempo é que você pode ignorar uma pergunta sem que isso pareça estranho. 

Quando chegaram, Dr. West desceu do carro. "Obrigado pela carona." - e fez uma mesura, esperando que o italiano se fosse. Quando estava sozinho com Oliver, já nos fundos, tirou o celular do bolso, começando a mexer na tela. Conferiu a numeração de um prédio próximo.

"Vou pedir um carro." - disse. 

"Conversou com Emma?"
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Mensagem por Ezio Stracci Dom Jun 18, 2017 3:32 pm

Ezio chegando em casa, ainda no carro, começa a dar atenção a algumas palavras que passaram despercebido para ele anteriormente. Começou a pensa na tal ligação com licantropos, bem ele já havia ouvido falar nisso, em filmes, mas resolveu pesquisar a internet e como esperado o resultado lhe pareceu uma grande bobeira. Então começou a pensar:

-"Mas que merda esse mago maluco está falando?, Esses caras devem ser algum tipo de seita satânica."

Então mandou uma mensagem para o Dr.

-"Dr. West. Pode me explicar um pouco melhor o que seriam esse licantropos cuja minha detetive tem ligação? São uma espécie de seita satânica? Já ouvi falar de algo assim no satanismo."
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Mensagem por Oliver Gray Dom Jun 18, 2017 3:39 pm

Oliver não entendeu por que alguém pararia uma carona pela metade para depois pedir outro carro. Franco como sempre, ele perguntou?

- "Você mora na bat caverna ou algo do tipo? Eu falei com Emma. Ela vai deixar a gente dar uma olhada no diário. Eu estava pensando em pegar com ela amanhã em algum momento. E aí? O que achou do Ezio? Parece ter saído diretamente de "O Poderoso Chefão" ou é impressão minha?".
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Mensagem por Dr. Faust West Seg Jun 19, 2017 11:00 pm

" - Armazém nas docas." , respondeu Dr. West, que havia acabado de pedir o carro e fechava o aplicativo do Uber. Não era necessariamente uma questão de segredo. Era uma questão de... segurança, talvez?

O doutor meneou a cabeça sobre Ezzio. "Bonito, carismático, membro do crime organizado. Negócio da família envolve chantagem, coersão, extorção e coisas similares, pelo que falou. Sorri bastante." - acrescentou. "Não consegui determinar, assim de imediato, se ele realmente acredita na narrativa acerca da família ser escolhida para salvar o mundo e etc, ou se é uma história bonita que quer nos vender para ganhar nossa confiança, mas ele realmente quer ganhar a nossa confiança. Isto, entretanto, não significa muito - todos nós queremos ganhar a confiança dos outros, por um motivo ou por outro." - acrescentou. 

"O que é preocupante, entretanto, é que estas famílias mafiosas colocam a lealdade entre si acima de todo o resto - são como famílias realmente, com o adendo de que se você for um mau irmão eles fazem muito pior do que te maldizer pelo bairro. Isso quer dizer, sucintamente, que independentemente de onde nos envolvemos enquanto cabala - por que não se engane, Oliver, Ezzio Stracci já faz parte de nossa cabala, e nós somos uma cabala, e já eramos uma cabala antes mesmos de nos conhecermos, ele provavelmente sempre manterá a aliança a eles acima da aliança a nós, as tradições, ou coisa que o valha." - e fez uma breve pausa, para recuperar o ar. O doutor estava jogando informação em cima de informação, sem realmente dar muito tempo. "O que não é necessariamente ruim, pois quer dizer que mesmo antes de conhecermos ele um pouco mais a fundo, podemos confiar plenamente que ele agirá da melhor forma possível para avançar os interesses da família que, de uma forma ou de outra, concidem com os nossos no momento. A isso podemos somar também o fato de que nunca ouvi falar num Hermético que não fosse paranóico, Sr. Gray, e se o Sr. Von Heineken considerou Ezzio Stracci útil o suficiente e confiável o suficiente, não seria racional de nossa parte partir do pressuposto contrário." - e silenciou-se, os dedos correndo pelo teclado. Parecia estar respondendo uma mensagem. 

Talvez fosse a convivência - fazia pouco tempo que conhecia Oliver, mas não eram exatamente estranhos, não mais... Ou talvez fosse qualquer outra coisa. Podia, realmente, ser até o cansaço e o sono. Mas independentemente, o resultado parecia ser aquele - verborragias dos fluxos de pensamento do Dr., que desenrolavam-se em voz alta, como uma saraivada de linhas imaginárias. 

"Quanto ao diário, veja quando pretende fazer isto. Amanhã vou visitar a garota que foi salva pelo Profeta, e sua presença é requisitada. Talvez o Sr. Stracci, também." - depois de dizer estas palavras, o Dr. enviou a mensagem, e guardou o celular no bolso. Respirou fundo - ele nunca respirava fundo. 

"Antes que o carro chegue, acredito que se faça necessário uma colocação sobre sua irmã."


[...]


A mensagem para Ezzio era curta. 

"Não necessariamente satanistas." - e vinha uma imagem em anexo. Parecia uma foto desbotada de algum livro, tirada as pressas, provavelmente onde câmeras eram proíbidas. Era impossível discernir o que estava escrito, mas contornos gerais do desenho, feito a tinta numa página amarela, eram informação o suficiente. Informação demais, talvez.

Imagem em Anexo:
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Mensagem por Ezio Stracci Seg Jun 19, 2017 11:58 pm

E Ezio estava chegando em casa. Tirando as roupas, preparando as coisas para fazer a barba. Pega o celular e recebe a mensagem de Faust.

Certamente aquilo não estava muito de acordo com suas crenças, um lobisomem! Mas aquele documento de certa forma parecia real. Ezio não sabia se acreditava ou não, mas um dia ele também não acreditou em magia. Então resolveu dar o benefício da dúvida. Seus pensamentos eram basicamente:

-"Bem, vamos tomar cuidado de qualquer forma."

Escreveu uma mensagem a Faust:

-"Muito obrigado meu caro. Para o caso de citá-lo ou não próximo a ela, que tipo de relação há entre vocês?"

Então deixou o Cell próximo a pia do banheiro e começou a fazer a barba.
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Mensagem por Oliver Gray Ter Jun 20, 2017 9:17 am

Oliver passou alguns segundos olhando inquisidoramente para Faust. Não sabia se estava tão surpreso com a análise dele sobre Ezio quanto com ele tê-la exposto em mais de duas palavras. Faust sempre fazia Oliver se lembrar dos seus irmãos do ninho de dragão que faziam voto de silêncio por um ano ou mais. Alguns deles saiam daquilo papagaiando até desmaiar. Oliver deu um sorriso, pensando em épocas mais simples:

- "Eu nunca imaginaria que você acredita em destino, muito menos que você conseguia falar como qualquer um de nós. Cuidado agora. Se você acabar sorrindo vai atrair espíritos do paradoxo pra cá. Você precisa de mim para visitar a menina? Ela já não está bem? Sobe Emma, eu devo acordar e dar uma corrida até a casa dela".

  Sua expressão se fechou um pouco quando o assunto passou a ser sua irmã:

- "O que tem Brenda? Descobriu algo mais?".
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Mensagem por Dr. Faust West Ter Jun 20, 2017 11:23 am

Aparentemente, o momento - o súbito fluxo de pensamentos sendo tecidos em meio ao ar - havia passado. Digo isto por que a resposta do doutor a frase inicial de Oliver foi um olhar longo e quieto, ao que acrescentou: "Política. Não destino." - esperava que fosse o suficiente para que Oliver compreendesse ao que ele se referia. 

Diante da segunda parte, o médico respondeu com alguma velocidade. As vezes - frequentemente, na verdade - ele experimentava algo semelhante a frustração, quando a mente das outras pessoas simplesmente não se atentava aos mesmos detalhes que a dele, ou não lembrava de coisas tão pequenas quanto a que ele lembrava. Digo "semelhante a frustração" por que Faust livrava-se logo da sensação, considerando-a inoportuna e prejudicial a seu desempenho. "Seu nome é Maria, Sr. Gray. Sammuel não parava de falar a seu respeito."  

Quando chegou a falar sobre Brenda, Faust olhou para os olhos de Oliver. Dobrando a esquina, os faróis do carro despontaram.

"Durante o ritual do Yom Kippur, um bode era sacrificado para Deus, e outro era ofertado a Azazel, lançado ao deserto." - disse, apenas. Não tinha certezas, mas... Bem. Faust estava longe de ser uma pessoa sentimental, mas aquele lhe pareceu o tipo de informação que Oliver provavelmente deveria ter. 

O carro estacionou atrás deles.

[...]

"Não me cite. Boa noite, Sr. Stracci." , foi a resposta de Faust.
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Mensagem por Oliver Gray Ter Jun 20, 2017 11:53 am

- "Não sou o maior fã de política", declarou Oliver simplesmente. A informação sobre o ritual estava assentando desconfortavelmente na sua cabeça, como se a primeira fosse maior do que a segunda. "Eu entendi, mas eu não fui sacrificado. Quer dizer, estou aqui, não estou? Se eu e a minha irmã vamos acabar fazendo parte de um ritual feito esse, é algo que está no futuro, certo? Ela deve estar viva em algum lugar".
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Mensagem por Dr. Faust West Sex Jun 23, 2017 8:04 am

O momento de silêncio que se seguiu as indagações do Irmão de Akasha pareceu longo, como um instante que estende-se por uma eternidade enquanto o olhar cinzento – não eram apenas suas iris cinzentas, e sim uma característica mais geral, mais profunda – do doutor repousava sobre as esperanças de Oliver.

Talvez ainda houvesse algo vivo dentro de Dr. West – a lógica implacável dos fatos o levaria a destruir a frágil redoma de esperança de Oliver Gray, ou talvez ele houvesse chegado a conclusão de que um Oliver motivado seria um Oliver mais fácil de se lidar, e mais agradável de se trabalhar com. Qualquer que fosse o motivo, o contato entre os olhares se desfez, enquanto Faust dava-lhe as costas e movia-se em direção ao carro.

“Boa noite, Sr. Gray. Cuidado com o sereno da madrugada.” – avisou, antes de fechar a porta do banco do passageiro. O carro deu a partida e Oliver estava sozinho nos fundos da joalheira.

[…]

Durante o caminho para o armazém, Dr. West sequer olhou novamente a HollowNet ou conferiu seus e-mails – odiava a sensação do sono e as limitações por ela imposta, mas reconhecia que elas existiam, que estavam lá, e que abordar coisas tão complexas como o caso dos Giovanni ou qualquer pedido de sua rede de informações, naquele instante, seria irresponsável. Isto posto, gastou aqueles preciosos minutos para digitar algumas coisas que precisava:

Primeiro, uma mensagem para o WhatsApp de Ezzio Stracci – que foi redigida como um e-mail:

“Caro Sr. Stracci,

Uma das principais investigações em andamento da cabala em que o senhor tensiona ingressar no momento é quanto possível existência de um culto de sacrifícios infantis no orfanato tal. A investigação tem foco nos períodos de 2010 a 2017 – as vítimas parecem ser duplas de irmãos. O caso é tal que, por exemplo, no ano de 2011 todas as oito crianças vivendo no orfanato pertenciam a um casal de irmãos, no caso, oito duplas.

Entretanto, o orfanato se valia de uma lei estadual de XVIII que permitia instituições religiosas de cunho filantrópico a não precisar manter registro nos arquivos públicos, contanto que mantivessem registro de alguma forma. Assim sendo, sua ajuda seria gravemente apreciada, no que segue:

Se faz necessário um levantamento de informações do serviço social de Portland no mesmo período, de forma a definir se todas as crianças que entravam no sistema na cidade eram enviadas para lá, ou apenas irmãos. Também, caso não esteja fora de sua alçada, seria necessário uma investigação nos registros de adoções realizadas na cidade a partir do orfanato em questão – é uma possibilidade real que eles recebessem todas as crianças, mas dificultassem a adoção de irmãos – isto o senhor encontrará apenas nas bases de dados federais.

Com estas informações, nos será possível contornar a ausência de registros próprios do orfanato e definir quais as crianças enviadas para lá e quais saíram de lá, assim definindo quais teriam que necessariamente estar vivendo ali numa determinada faixa de tempo. Outra questão que muito seria apreciada se o senhor pudesse abordar é quanto ao bairro ao redor do orfanato – crianças sempre fogem deste tipo de instituição, e gostaríamos de saber das pessoas que elas viram e conversaram do lado de fora a impressão que as crianças que ali moravam tinham da vida ali dentro.

PS: Amanhã no fim da tarde iremos visitar uma pessoa de interesse no caso, e sua presença é bem vinda. Nos encontraremos para estabelecer a abordagem antes. Lhe envio os detalhes em momento mais conveniente.”


A mensagem foi programada de tal forma que apitaria no celular de Ezzio apenas as 4h21m da madrugada.

Em seguida, enviou uma mensagem para Matheo Falcone. Esta foi mais direta: “Outra família na cidade. Acho que devemos nos encontrar. Quando e onde?”

[…]

Dr. West chegou no armazém de tal forma que acreditava poder contar os grãos de areia que sentia em seus olhos. Cada passo era um esforço e ainda que desejasse sentar e conversar com Dr. Max a respeito de algumas questões – aprofundar-se mais detalhadamente nas práticas mágikas do Profeta enquanto vivo, seu paradigma num geral, etc, uma parte de si ficou satisfeita ao encontrá-lo dormindo. Passou reto por Frank também, os passos levando-o escada acima – Faust jamais cansava-se do palpitar em seu coração, ligeiramente descompassado, naqueles dois segundos que antecediam sua visão de Eliza.

Ele entrou em seus aposentos e parou por um instante, os olhos repousando sobre a plácida imagem de sua esposa. Por um instante, todo o peso do universo parecia deixar de pesar – mas apenas por um instante: logo em seguida, a imagem da mulher tornava-se um lembrete da importância de seu trabalho, e Dr. West fechou a porta atrás de si.

“Meu amor, nós estamos chegando. Esta cidade é um caos, e toda esta questão do Profeta é uma confusão, mas existe algo aqui. Algo aqui que pode nos ajudar. Eu só preciso encontrar onde as coisas se cruzam, onde os dados se entrelaçam...” – ele murmurava, enquanto sentava-se no chão ao lado de Eliza, as costas apoiadas em seu repouso.

O paletó já havia sido jogado sobre uma das bancadas do laboratório, a gravata alargada, e Faust dobrava-se de forma pouco confortável sobre o próprio colo, onde havia aberto seu notebook. Os dedos corriam pela teclado enquanto pesquisava, buscando todas as possíveis traduções da passagem bíblica que haviam encontrado.

Ele estava começando a procurar trabalhos acadêmicos de anjologia sobre Azazel, quando dormiu. O relógio de seu computador marcava duas horas e trinta e três quando este escorregou de seu colo para chão, e a cabeça do mago caiu para trás, buscando descanso na luz azul que vinha do tanque atrás de si. 

[…]


As sete horas, seus olhos se abriram. Feito máquina.
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Mensagem por Ezio Stracci Sex Jun 23, 2017 8:58 am

Bem pela manhã o sol bateu na cara. Ezio acordado pela luz sol, se levanta vagamente e vai tomar uma ducha para despertar. Após o banho matinal ele toma um café, se veste.

Suas vestimentas não são extravagantes, o terno preto básico de detetives, um sobretudo preto, chapéu fedora preto, camisa de baixo azul e gravata em sobre tom de azul mais escuro, sapatos brilhantes como sempre.

Após estar pronto finalmente pega seu celular para conferir as mensagens, primeiro os "contatinhos", afinal qual seria a graça? Então vê a mensagem do Dr.West que ele ainda julgava como um mal necessário. Um tanto de coisas não muito fáceis de se fazer pelo visto, então respondeu.

-Bom dia Dr.West, Farei tudo ao meu alcance para conseguirmos o que pudermos no dia de hoje, também é de meu interesse pegar esses bandidos que afetam crianças. Ah Propósito Dr. Mesmo os despertos costumam estar adormecidos às quatro da manhã."

Preparou seus equipamentos, armas, o colete já estava sob as roupas, munições, algemas, a munição especial para um único fim, uma moeda de antiga circulação em Roma, um cordão de ouro com um crucifixo sob as roupas que ninguém via, mas o dava uma boa sensação ao usar, entre outra coisas.

Mandou uma mensagem para seu irmão:
-"Buon Giornno mio fratello! Come vá?! Depois me informe sobre o que se sucedeu de nosso "visitante". Eu posso ter conseguido uma boa ajuda para a recepção dos Giovanni, mas isso ainda é assunto apenas nosso ok. Mande abraços a la famiglia! Arrivederci!"

Espera que ele tenha entendido que "visitante" se referia ao Falcone, mas eram irmãos e se entendiam, certamente ele entenderia.

Chega em seu carro se dirigindo para a delegacia, mas para antes para comprar uns chocolatinhos, próximo ali ele compra o café reforçado do capitão. Ainda antes da delegacia ele faz outro caminho para passar pelo restaurante irlandês que deixou O'SULIVAN no dia anterior. Pede um café irlandês com creme para a viagem.

Finalmente vai até a delegacia. Entra com seu clássico sorriso cumprimentando todos quanto possível com muita simpatia e vai até o capitão.

-"No horário certo hoje eim meu caro!"

Entrega o café do capitão dizendo:

-"Mas não fique mal acostumado! Agora preciso da detetive! "

Mostrando o outro copo de café ele diz:

-"Este é para ela!"

Ezio vai em direção de sua mesa de trabalho com o café da detetive, quando ela chegar ele entrega.
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Mensagem por Oliver Gray Sex Jun 23, 2017 9:35 am

Oliver deu as costas para Faust e o carro sem dizer nada, pensando. E pensando ainda estava quando seguia pelos corredores da capela. O jovem Akasha sentia naquele momento que havia algo quebrado, estranho, dentro dele. Ele tinha certeza absoluta que deveria estar desolado com as perspectivas futuras, mas não conseguia se sentir assim. Oliver sabia, no entanto, que, mesmo apesar de não conhecer sua irmã realmente nos dias de hoje, não era isso que o impedia de sentir algo muito profundo pela possibilidade descobrir que ela estava perdida para ele. Ele também sabia que parte daquilo se devia à pessoa que ele se tornou após treinar no ninho de dragão, onde aprendeu os segredos da mente e as ilusões do tempo. Hoje, sempre que Oliver é confrontado com uma situação futura hipotética, seja ela boa o ruim, ele a encara com tranquilidade, o que faz com que ele se sinta, em partes, menos humano, como se estivesse devendo, nesse caso, uma boa dose de sentimentos à sua irmã.

    Seus pensamentos foram interrompidos pela percepção de que havia uma luz acesa no escritório de Heineken. Era possível ouvir uma conversa murmurada lá dentro, o que era estranho, já que o chefe da capela já havia mostrado a capacidade de conjurar bolhas de silêncio para abafar conversas. Oliver deu dois passos furtivos na direção da porta, mas se arrependeu imediatamente e controlou sua curiosidade, se dirigindo silenciosamente para o próprio quarto.

 "Esse cara deve ser onipresente dentro da própria casa. Onde eu estava com a cabeça?", Oliver reprovava a si mesmo silenciosamente enquanto seguia.
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Mensagem por The Oracle Dom Jun 25, 2017 8:52 pm

O corpo de West claramente se ressentia não apenas da falta de sono, mas também da posição desconfortável na qual havia dormido. O frio da sala-limpa enrijecera seus músculos, e seus ossos doíam da possição ruim em que adormecera. O armazém parecia silencioso, mas ele em breve teria conferir in loco. Não havia banheiro naquele ambiente, e seu corpo tinha necessidades.

Ao sair do ambiente isolado, notou que o armazém não estava tão silencioso assim. Havia um aroma de café no ar, e uma suave música, que vinha de Frank, assobiando enquanto limpava uma das máquinas esquisitas espalhadas pelo local. O andróide assobiava particularmente bem, com sons que se esperariam saindo de uma ave canora, e não de um gigante de paletó. Dr. Max se encontrava sentado ao console que aparentemente controlava o "pod" que tomava o centro do armazén, o que West vira funcionando quando chegara ao armazém pela primeira vez. Todavia, apenas olhava para sua caneca de café, talvez tentando decidir se começava um experimento ou não. O modo como se espreguiçava e coçava os olhos indicava que provavelmente acordara agora também, e que dormir numa mesa não era bom para um homem daquela idade.

O primeiro a cumprimentá-lo foi Frank, com um sonoro "bom dia, Dr. West!", e um sorriso amplo. Isso pareceu chamar a atenção do velho, que lhe deu um bom dia também. E nesse momento, seu celular apitou, com a resposta enviada por Ezio.

Após retornar do atendimento das necessidades mais imediatas de seu corpo, Dr. Max o interpelou: 

- "Willian me disse que apareceu um Eutanathoi na cidade, e que deu os contatos seu e do Sr. Gray. Na verdade, o fato é que nosso amigo Hermético foi pego de surpresa e, hahaha, ele detesta isso. A chegada da Srta. Byron havia sido anunciada por Ralf, e a sua chegada por mim. O Sr. Gray parece ter viajado via algum acordo entre Herméticos e Akashas no Japão, então, sem surpresas também. E o Sr. Ward parece ser mantido em certa vigilância pela Ordem, logo, também sabiam dele. Já esse jovem Stracci, pegou Willian com as calças curtas, se me perdoa a expressão arcaica. De toda forma, os Eutanathos de Boston confirmaram a identidade dele como membro da Tradição. Quando eu Eutanathoi aparece, logo se pensa se ele não está caçando alguém específico, mas, segundo o jovem, não é o caso. Ele entrou em contato? Mas, mais importante que isso, a visita ao orfanato revelou algo?"

____________________________________________

A mensagem que Ezio recebeu de West continha várias demandas, não é mesmo? Bem, assassinatos de crianças, se tivessem sido ao menos descobertos pela polícia, seriam bem fáceis de descobrir. Ezio sabia que o cuidado que policiais dedicam a cada tipo de caso segue uma certa lógica, e isso afeta toda a força, desde o mais humilde arquivista até os comissários: ninguém liga muito pra assassinato de indigentes ou mendigos. Rapazes negros ou latinos de bairros pobres estão apenas um leve degrau acima. Pessoal de classe média ou brancos em geral em seguida, ricos, figuras políticas, e crianças. É, o inconsciente coletivo da humanidade parece se revoltar com a morte de crianças. Se estivessem envolvidos indícios de algum culto ou coisa assim, pior ainda. Se esses casos existissem, estariam bem documentados, mesmo que as investigações não tivessem dado em nada. E eram recentes. Essa seria fácil, ele só precisava chegar na delegacia.

Se houvessem casos abertos, então a solicitação de informação para o Serviço Social seria simples. Se não houvessem casos abertos, então a coisa teria que correr por fora do sistema, e algum "convencimento" talvez fosse necessário. Manejável, de toda forma. E, esperava ele, isso fosse o bastante para justificar um pedido de informações à esfera federal.

Já sobre as crianças fugidas, poderia ver se havia algum registro, mas esse era mais improvável. Afinal, só se registra desaparecimento após 24 horas. Mas, se a informação fosse importante como o eterita parecia achar que era, uma tarde perguntando deveria resolver. As pessoas costumam abrir o bico quando vêem um distintivo.

Otaviano respondeu rápido, mas com poucas palavras. Na verdade, seu irmão era meio velha-guarda, e não confiava muito nessa coisa de mensagens por celular. Devia ser um dos poucos caras no mundo que ainda escreviam cartas.

- "Oh, um trágico acidente, um trágico acidente... O trânsito nessa cidade levou mais uma vida. Mas me fale logo que puder o que preparou para os maledetos Giovanni!"

O restaurante no qual deixara O`Sullivan no dia anterior, o Shennanigan`s, já tinha alguma atividade àquela hora da manhã. Quando entrou, lhe chegou às narinas o cheiro de café forte e ovos com bacon. Algumas pessoas tomavam café por ali. A clientela do local parecia diversificada. Muita gente com cabelos vermelhos, mas outros de todo tipo também. Viu alguns indígenas, uns loiros de olhos azuis, e mesmo uma mesa com um morador de rua nos fundos. Quando se dirigiu ao balcão, a mesma senhora ruiva, baixinha e gordinha que recebera O`Sullivan na tarde anterior veio lhe atender, perguntando: 

- "O que posso fazer por você, meu pão?" - Quando recebeu o pedido do café irlandês, logo disse, com um grande sorriso - "a essa hora da manhã? Você é dos meus, hehehe" - e realmente, como Ezio viu, o café irlandês do Shennanigan`s era preparado com uma generosa dose de bourbon.

Quando chegou à sala do capitão Briggs, ele estava com seu óculos, lendo alguma coisa de uma folha de papel. Jax Briggs era um cara das antigas, imprimia tudo para ler. Telas de computador pareciam bichos estranhos para ele. Mas sorriu levemente ao ouvir o comentário de Stracci, e não recusou o café. O capitão parecia de melhor humor naquele dia. Bem, o dia anterior tinha sido uma segunda, e pouca gente fica de bom humor às segundas.

O tempo que O`Sullivan levou para chegar, foi o tempo necessário para começar a verificar os dados que o Dr. West pedira. Não havia, em absoluto, registro de homicídios de crianças ou adolescentes no período indicado pelo médico, que estivessem relacionados com órfãos. Havia óbitos apenas decorrentes de acidentes, ataques de animais, violência doméstica, e algumas ocorrências envolvendo jovens criminosos, mas nada envolvendo órfãos de uma forma geral, e nem o orfanato. Aliás, quanto ao orfanato em si, nenhuma ocorrência. Nada, absolutamente nada, nem tentativas de roubo, nada, mesmo a instituição sendo localizada em um local meio barra-pesada. Claro, os dados que Faust lhe dera eram bastante incompletos. Talvez com alguns nomes a coisa pudesse ser mais simples.

Quando terminou essa busca de seu terminal, O`Sullivan chegou. Estava vestida da mesma forma que no dia anterior, mas parecia não ter dormido muito, embora sua maquiagem, meio pesada, disfarçasse isso. Falou um "bom dia, Stracci", com um meio sorriso, mas esse sorriso aumentou quando viu o café, que aceitou. Quando cheirou o copo, deu uma gargalhada, e comentou:

- "Ora, mas que gentil! Vejo que os esteriótipos nos precedem, e você pensa que irlandeses tomam café com whisky logo pela manhã, não é? Bem, quem sou eu pra quebrar esteriótipos?" - e começou a bebericar o café - "Bem, de acordo com o jornal matinal, ninguém foi assassinado ontem em Portland, então, vai ser um dia tranquilo. Mais tarde devemos ter o resultado da Perícia e da autópsia daquele caso da universidade, mas fora isso, acho que estamos livres."

____________________________________________

Oliver acordou ás cinco, como de hábito. No mosteiro, era o horário de acordar, e seu corpo não desistiria deste hábito tão facilmente. Entretanto, no mosteiro dormiam consideravelmente mais cedo do que o horário que fora dormir na noite anterior, e ele sentiu a noite reduzida de sono. Precisaria ajustar aquilo. A capela estava absolutamente silenciosa.

Apenas lá pelas sete, a capela começou a ter alguma movimentação. As pessoas começavam a se dirigir à cozinha, para o café da manhã. Quando Oliver apareceu. Todos estavam lá. Havia Thelma e uma outra moça, uma negra de uns 22, 23 anos, cozinhando. As gêmeas se debruçavam sobre tigelas de cereais com leite (eram aqueles cereais tipo infantis, multicoloridos), Cortéz tinha à sua frente um grande prato de ovos com bacon e torradas, Granger comia alguma espécie de mingau, e Von Heinekein desfrutava de pão e queijo, além de uma xícara gigantesca de café. Todos deram animados "bons dias" a Oliver (o das gêmeas foi sincronizado, e o de Willian não foi tão animado assim). Thelma logo se aproximou para perguntar o que ele gostaria para o desjejum.

A televisão do local estava ligada, com volume baixo, em um noticiário local. As pessoas conversavam sobre trivialidades, mas Willian dava algumas instruções para o dia. Na verdade, eram mais perguntas, coisas como "hoje chega aquele carregamento da Inglaterra, não?", e coisas assim. Granger foi a primeira a se dirigir a Oliver de fato:

- "Você sumiu ontem! Precisamos ir ao banco, terminar de resolver o assunto da sua conta. O fundo está pronto para ser liberado, mas eles precisam de uma conta para o depósito" - ela vestia uma calça jeans e sapatos sociais, junto com uma blusa branca, que deixava transparecer o sutiã (e a anatomia da moça realmente dava utilidade àquela peça de roupa íntima), e mantinha o cabelo preso num rabo de cavalo - "vai ser bastante rápido. Quer dizer, eu até poderia falsificar a sua assinatura, mas o banco poderia desconfiar de algo" - dizia isso rindo.
- "Haha, Ollie vai ficar cheio da grana!" - riu Cortéz, com a boca cheia - "Meninas, já sei quem vai pagar a conta de quarta".
- "Vou tomar tequila até desmaiar então!" - disse uma das gêmeas, seguida de uma cotovelada da outra, e de uma cara feia de Willian, seguida de uma cara feia de Thelma, que amansou a cara feia de Willian.
- "Não deixe esses abutres abusarem de você, Oliver" - disse Granger, rindo - "Não é porque você passou 6 anos num mosteiro isolado que precisa ser alvo das tramóias de um estelionatário mexicano e duas bandidas ruivas".
- "Bem, os bancos abrem ás 9:00, não?" - disse Von Heinekein, se levantando. Havia sorrido um pouco com a última fala de Granger - "Então, o Sr. Gray tem algum tempo para me contar no que resultou a investigação de ontem. Por favor, Sr. Gray, me encontre no escritório, quando terminar seu desjejum. estou certo que a Srta. Granger vai nos esperar, para então poderem ir a sua missão bancária".

E deixou a cozinha. Nesse momento, Thelma chegou, com o pedido de Oliver.


Última edição por The Oracle em Dom Jul 02, 2017 2:19 am, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Oliver Gray Seg Jun 26, 2017 9:56 am

Oliver queria ficar mais na cama. Seu corpo discordava. A solução que ele encontrou para completar seu descanso, tanto físico quanto mental, foi meditar. Passou quase duas horas no completo vazio, contemplando o nada e centrando-se no agora. Se alguém passasse pela frente do seu quarto, ouviria um leve murmúrio dos mantras que ele entoava, já inconscientemente. Naquele momento, era como se ele estivesse no topo de uma montanha, totalmente cercado pelo nada. Quando terminou de meditar, já havia pessoas acordadas pela casa, dado o barulho. Quando sua barriga roncou, ele se lembrou de que a capela oferecia café da manhã, o que era ótimo, especialmente nas suas condições financeiras atuais. Após se vestir e imediatamente constatar que precisava de roupas menos surradas urgentemente, ele desceu para o refeitório. Todos já estavam presentes. Quando foi abordado sobre o que queria comer, ele perguntou com humildade excessiva, se, caso não fosse dar trabalho, a senhora poderia lhe arrumar uns ovos com bacon (algo que ele estava há anos querendo comer). Quando viu Granger, seu olhar se iluminou:

- "Ei, bom dia! Eu não sumi, oras. Passeis os últimos dois dias indo e vindo aqui da capela. Infelizmente as fortunas não permitiram que nós nos encontrássemos por aí. Em uma das vezes que eu apareci, as gêmeas disseram que você estava estudando, não é meninas?. Mas nós podemos ir no banco hoje, se você puder. Eu bem que queria ter minhas vestimentas de monge comigo. Pelo menos o gerente acharia que eu sou excêntrico, não um mendigo, haha. Preciso de um ou dois pares de roupas novas. Por sinal, que tal me mostrar a cidade e me dar uma mãozinha com isso?".

  Oliver, que estava se forçando a não conversar com o busto de Granger, fez o melhor gracejo que podia na frente de todo mundo. A verdade mesmo é que queria passar um tempo sozinho com a garota.

  Quanto aos comentários das gêmeas e de Cortez, Oliver respondeu:

- "Sinto desapontá-los, mas são apenas alguns trocados que vão ajudar esse humilde monge a se manter", ele sorriu, juntou as mãos e fez uma leve reverência, para enfatizar o que dizia, "Mas uma dose ou outra eu acho que o novato pode custear, pelo bem da amizade".

  Oliver notou a urgência de Heineken em saber o que havia acontecido ontem, mas achou normal:

- "É claro, chego lá em uns 15 minutos", disse Oliver, mas olhando para o prato de ovos com bacon que vinha em sua direção, com os olhos brilhando.

   Durante o breve encontro social, Oliver conversou com todos os presentes, sempre bem humorado, visivelmente tentando não dedicar toda a sua atenção a Granger. Quando acabou de comer, pediu licença e foi até o escritório de Heineken. Chegando lá, bateu na porta, entrou e começou a narrar os acontecimentos de ontem relativos a investigação, acrescentando também a questão do sumiço antinatural de Brenda.
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Mensagem por Ezio Stracci Seg Jun 26, 2017 11:14 am

Apesar de ser muito bom em lidar com as pessoas foi notável que Ezio se sentiu um tanto sem jeito ao ser chamado de pão, é a única coisa que conseguiu pensar foi em dar um chocolatinho àquela agradável senhora. Quanto ao comentário sobre o café irlandês ele não sabia muito bem o que dizer então respondeu com um belo sorriso:
-"Ah! Na verdade é para uma amiga minha, a senhora já a conhece, se chama O'SULIVAN! Ah propósito senhora! Eu sou Ezio Stracci! Espero que se agrade do chocolate como eu só café!"

Ezio já trabalhando na delegacia com o caso do
Dr.Mendecapto descobriu o monte de nada que podia descobrir, o que já era uma pista. Tinha que ter algum motivo para aqueles assassinatos não estarem registrados, então era outra investigação. E pensava que o capitão podia na verdade ser um cara legal o tipo de pessoa útil ao seu lado, mas terrível do lado oposto.

Bem, ao que tudo indica sua parceira não era das mais comuns, talvez ela pudesse ser útil. Aquele maldito orfanato trará problemas com certeza, ainda é preciso verificar o caso da irmã do Akasha.

Vamos lá. Quando chegou a detetive Ezio a ouviu primeiro sobre o dia e passivamente concordou, mas quanto ao sorriso de bom dia ele retribuiu com um sorriso brilhante como de uma propaganda de creme dental e se sentiu feliz ao ver a moça se agradar do café e um pouco sem graça pelo comentário do estereótipo ao que respondeu brincando:

-"Bem! Eu não recusaria uma Pizza pela manhã também!"

Ezio sabia que alguém havia morrido, mas um acidente de trânsito não estava em sua alçada. O Stracci pensava na informação do irmão com certo orgulho pelo trabalho bem feito e uma preocupação a menos, mas com o pesar de ter matado alguém de certa forma, com tudo acreditava fazer um mal necessário.

Voltando os pensamentos ao caso com a presença da detetive ele pensou se deveria ou não falar com ela sobre tudo aquilo, mas achou que seria melhor que trabalhar sozinho, então se aproximou de O'SULIVAN e dizendo como qualquer conversa comum:

-"Detetive, o que sabe sobre o orfanato? E não subestime a minha inteligência por favor, estou falando daquele orfanato no bairro perigoso."
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Mensagem por Dr. Faust West Ter Jun 27, 2017 11:28 pm

Ele abriu os olhos e massageou o pescoço. Ou massageou o pescoço e depois abriu os olhos. Na verdade, era mais provável que ambas as coisas houvessem acontecido exatamente no mesmo momento – ele sentiu os olhos pesados, mas moveu os ombros magros e, sob o som do estalar das próprias omoplatas, ficou de pé. Seus olhos passaram por Eliza e ele sorriu brevemente, murmurando um “bom dia” por entre os lábios finos, antes de mover-se para fora da sala – tinha as mangas da camisa arregaçadas, os cabelos um pouco despenteados. As olheiras já estavam lá quando haviam se conhecido, e não pareciam dar sinal de que iriam a qualquer lugar.

Dr. West moveu-se em silêncio pelo armazém em direção ao banheiro, limitando-se a acenar afirmativamente com a cabeça diante do “bom dia” - tanto o que vinha de Frank quanto do que vinha de Dr. Max. Ele sabia que se criasse um padrão de educação fingida dentro do próprio ambiente de trabalho – o seu verdadeiro ambiente de trabalho, não o hospital – sua vida se tornaria um inferno. Era simplesmente energia demais para se gastar em ensaios de normalidade que não levavam a grande coisa.

Saiu do banheiro com o rosto lavado e os cabelos molhados, penteados para trás – parecia ter re-utilizado qualquer que fosse o produto que, ainda estando nos fios, ativou-se novamente ao vê-los úmidos. Estava olhando o celular quando Dr. Max manifestou-se na sua frente como alguma espécie de aparição científica. O médico não demonstrou muita reação, a não ser por piscar três vezes bem rápido.

“Sim”, concordou West. “Lhe enviei mensagem ontem a noite sobre o rapaz, lembra-se? O detetive.” – estranhava a aparente falta de memória de Dr. Max. Mais do que isso, estranhava as possíveis decorrências lógicas de um membro da Sociedade do Éter que trabalhava com entidades extra-dimensionais tendo lapsos de memória. Dr. West, entretando, decidiu não pensar sobre aquilo naquele instante.

“Algumas coisas.” – disse, sobre a visita ao orfanato, e então expôs para seu mentor, detalhadamente, as coisas que haviam descoberto ali. Deu ênfase principalmente no que chamou de “sufocamento do fluxo eter-dinâmico” e no altar para Azazel, e para as crianças… Mas não deixou de falar na bíblia, e em outros detalhes. “Num primeiro momento, me pareceu que a relação do Profeta com as pessoas que ele tem salvo poderia ser relacionada a gêmeos. Mas a garota no hospital parece estar grávida apenas de uma criança – viva, ao menos, e não tenho como realizar um ultrasom no hospital sem levantar grandes suspeitas. Se Maria estiver grávida de gêmeos ou for uma, a suspeita se mantém – o Samuel claramente disse ‘não é hora dela ainda’.” – teorizou, mais como possibilidade do que como real hipótese.

“Toda informação que o senhor tiver sobre o Profeta Samuel e sua prática magika seria útil.” – acrescentou. “Mas em apenas dois dias de investigação, tudo me parece incipiente demais para chegarmos a qualquer conclusão.”
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Mensagem por The Oracle Dom Jul 02, 2017 3:36 am

Os sentidos treinados de Oliver notaram uma troca de olhares entre Granger e Von Heinekein, quando ele pediu ajuda com a cidade e as roupas. Foi sutil, mas bastante claro: ela estava pedindo permissão a ele com um olhar, ao que o chefe da capela respondeu com um sutil aceno de cabeça. Logo depois, ela se voltou novamente para Oliver, e disse um "mas é claro!", bastante animado. Reagindo a isso, as duas gêmeas deram aquelas risadinhas meio infantis, tapando a boca com uma das mãos. Cortéz terminou sua refeição e arrotou, ante um olhar desaprovador de Thelma. O resto do desjejum prosseguiu sem maiores incidentes. Até que Cortéz se levantou e saiu, seguido de Thelma. Pouco depois, Granger disse um "até daqui a pouco", e se levantou também. Quando restaram apenas Oliver e as gêmeas à mesa, uma delas perguntou.

- "E então, Oliver..."
- "Conseguiu convencer o médico?" - ambas pareciam ansiosas.


Já no escritório de Willian, a coisa foi mais intensa, por assim dizer. O Hermético ouviu com bastante atenção tudo o que ele tinha para descrever, e inclusive pareceu espantado em alguns momentos (apesar de seu semblante habitualmente calmo, até mesmo monótono). Depois do fim do relato de Oliver, Willian parecia profundamente pensativo. Depois de uns cinco segundos, perguntou: 

- "Diga-me, Oliver, no seu período no orfanato, vocês passaram por "episódios estranhos"? Quero dizer, você, sua irmã, ou algum de seus colegas ouviam vozes, tinham visões ou intuições vívidas, presenciaram objetos de movendo, coisas assim? Mais do que isso, há algo em relação a estas crianças e jovens que fosse um ponto em comum? Digo, além do fato de serem todos duplas de irmãos? Essa história toda é um tanto... não sei, não sei que palavra aplicar. Mas o fato é que o Profeta era um mestre, e não preciso lhe dizer que essa história toda tinha um plano por trás. Mas é tudo muito incerto ainda, muito obscuro. Tem que haver algum ponto em comum... Diga-me, você manteve contato com algum destes outros órfãos?

Suspirou por um momento, e prosseguiu:

- "Bem, se eles tiveram seus dados tratados como sua irmã teve, vamos ter uma séria dificuldade em localizá-los. Não suponho que você seja íntimo de algum Adepto da Virtualidade, certo? Eles costumam ser hábeis com essa seara de descobrir informações... O que mais me deixa curioso nessa história é o esforço: o esforço do Profeta em preparar essa história toda, e o esforço da Tecnocracia em acabar com ele. Esse ataque que você descreveu, tem todo o jeito de ser obra de nossos inimigos, mas veja, eles empregaram recursos vastos nisso, e se arriscaram bastante. Não se faz um carro voar em plena cidade sem um belo influxo de Paradoxo. Eles sabiam onde o Profeta estava, e foram preparados para acabar com ele. Certamente já o estavam observando a um tempo..."

- "Eu... eu não sei ainda o que pensar. Seria bom ter uma foto deste quadro que você disse que havia naquela pequena "capela" no último piso. Solicitarei ao Dr. West uma cópia. Uau, pelo menos temos bastante no que trabalhar. Logo que vocês voltarem, pediremos a Srta. Granger que tente o pêndulo. Não quero lhe dar muitas esperanças, Oliver, faz muito tempo, mas, quem sabe? Se isso não funcionar, partiremos para outros métodos, e vamos encontrar sua irmã, de um jeito ou de outro"

_____________________________________________________________________ 

Ainda no Shennanigan`s, Ezio notou que a mulherzinha o olhou de alto a baixo, quando ele citou o nome da detetive. Mas não disse nada.

Já na delegacia, ante a pergunta sobre o orfanato, O`Sullivan terminou de tomar um gole de café e respondeu:

- "O Lar de Magdalena? Explodiram o lugar na Noite do Desespero. Se você parar pra pensar, um puta alvo esquisito pra um ataque terrorista, mas, sei lá, o Dr. Cheng, psicólogo daqui, disse algo sobre impacto do terror, morte de crianças, alguma baboseira dessas" - Ela se recostou na cadeira, e pôs os pés com tênis sobre a mesa - "Aquela noite, Stracci, foi a noite mais merda da minha vida. Quer dizer, comparado com a Homicídios lá de Los Angeles, você vai achar isso aqui uma calmaria. Não costumam assassinar muita gente em Portland, e a maioria dos casos são vendetas de antigas famílias ou velhos lenhadores. Mas aquela noite... porra, tinha gente morta por toda a cidade... A central não parava de mandar mensagens um minuto sequer, mandavam a gente ir pra lugar tal, e depois mandavam não ir, porque estava tendo atividade terrorista lá também, e isso era coisa pra SWAT, e não pra nós. No dia seguinte, foi pior: nunca teve tanta polícia nessa cidade. Federais, estaduais, nós, e poderia jurar que tinha uns caras que deviam ser CIA, ou daquele filme MIB. Era uma guerra de jurisdição sem fim, e olha" - nisso ela baixou a voz - "eu aposto uma garrafa de single malt 24 anos que alguns caras grandes estavam mexendo uns pauzinhos, acobertando coisas. E devem ter conseguido, porque nós éramos muito poucos pra dar conta daquilo tudo".

A mulher ruiva suspirou, balançou a cabeça, tomou mais um gole de café, e prosseguiu. Ela parecia estar desabafando um pouco.

- "Sabe, foram seis meses daquela noite de merda ontem, e eu não sei como a imprensa esqueceu isso tão rápido! Porra, um atentado terrorista de grandes proporções em solo americano! Isso devia ser encarado como um novo 11 de setembro, mas não, nada, nem uma linha! Perdi um primo naquela noite de merda... Mas eu estou divagando, você perguntou sobre o Lar de Magdalena. Acho que está abandonado desde então. Nunca soube muita coisa sobre o lugar, mas tenho quase certeza que o Jack da Perícia foi quem fez o exame do local. Coitado, ele deve ter trabalhado sozinho, porque a porra da equipe da Perícia tinha que estar em 10 lugares ao mesmo tempo, então eles se dividiram. Mas, cara, que pergunta esquisita essa! Porque você quer saber sobre aquele orfanato em ruínas?"

______________________________________________________________________

- "Ah, o jovem Eutanathoi e o detetive eram a mesma pessoa? Devo ter me distraído por um momento." - disse o Dr. Max - "Uma mão a mais pode vir a calhar. Mesmo porque dizem que os Eutanathos são temíveis em combate. Você estará melhor protegido, se o perigo surgir".

O velho ouviu muito atentamente o que seu colega de Tradição lhe descreveu. Segurava a mão com o queixo, e eventualmente andava lentamente, de um lado para o outro. Parecia não haver notado a mancha de molho de tomate em seu jaleco branco, e também parecia não ter se dado ao trabalho de pentear-se naquela manhã. Ao fim, ele disse, ainda com a mão no queixo.

- "O equipamento esférico que o jovem Akasha descreveu bate com o formato de um inibidor. A Iteração X e os Engenheiros do Vácuo costumam usá-los para desarmar deviantes da Realidade. Funciona para o fluxo de éter como um gerador de ruido branco funciona para as ondas sonoras. O que é notável aqui é que o Profeta era um Mestre, ou pelo menos é o que dizem, o que indica que o operador do aparelho era certamente um técnico bastante competente também".

- "Essa história toda do Sr. Sammuel, é bem mais intrincada do que parecia a princípio. Esse homem investiu tempo e recursos nesse orfanato, e nestes irmãos que colocou sob sua proteção... Mas nem todos eram gêmeos, correto? Os irmãos não-gemelares, um grupo de controle, talvez? Na verdade, existe uma armadilha aqui: estamos tentando analisar logicamente as ações de um homem que talvez seja movido por não mais que fanatismo religioso... Ou talvez por entidades alheias. Não seria a primeira vez que eu ouviria falar de umbróides mal intencionados que manipulam magos, usando de suas crenças. Essa possibilidade é bastante assustadora, em verdade".

- "Não conheci o Sr. Sammuel, mas há um fato curioso: Willian disse que tentou contatar o Coro Celestial sobre as atividades do Profeta. Veja, não sobre essa questão toda de gêmeos, da qual ele provavelmente nem tinha conhecimento, mas sobre atividades do Coro na cidade, Adormecidos atendidos, se eles tinham algum acólito vivo que precisasse de proteção, informações sobre a Tecnocracia, etc. Ele disse que entrou em contato com a congregação Corista de Salem, pois foi lá que o homem foi enterrado. Bem, o curioso, segundo Willian, foi a reticência dos Coristas em partilhar qualquer informação a respeito. Não sei dizer se isso é reflexo da rixa entre Coristas e Herméticos, ou se de alguma outra coisa. Parece que ele não conseguiu nada com outros Coristas também. Bem, sobre as práticas do homem, ele era um pastor evangélico, não? Temo não saber muito a respeito dos dogmas desta religião, mas uma coisa me salta aos olhos: você disse que ele tinha uma espécie de capela com figuras de um anjo. O uso de imagens não foi um dos motivos da Cisma? Protestantes não deveriam usar este tipo de coisa, não?"

- "Bem, o próximo passo lógico me parece procurar esta moça, Mariah. Foi a última pessoa, antes de vocês, a ver o Profeta. Eu, eu... Bem, acho que vou precisar marcar uma reunião com os demais magos seniores da cidade. Essa história toda pode ser algo muito mais profundo do que pensamos inicialmente..."
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Mensagem por Ezio Stracci Dom Jul 02, 2017 11:08 am

Na cafeteria Ezio se arrependeu de ter mencionado o nome da detetive após notar a reação da senhora, mas deixou isso de lado.

Com a detetive na delegacia Ezio ouvia atentamente tudo o que ela dizia e era notável sua atenção. Quando ela falou do seu primo ele disse:

-Meus sentimentos.

E continuou atento. Vamos lá às informações são boas e a detetive já se sente confortável em desabafar com Ezio. Talvez eles possam partilhar de interesses em comum. Ao final de toda explicação Ezio responde:

- Minha cara O'SULIVAN, eu existo para fazer do mundo um lugar melhor e esse orfanato faz parte do processo de alguma forma. Eu acredito que há algo além do que nossos olhos podem ver em meio a tudo isso e que mesmo o fato de eu estar aqui tenha alguma influência divina, e eu tenho que fazer o meu melhor."

Ezio começa a se preparar para se levantar dizendo:

- A imprensa pode não ter ligado para tudo isso, mas eu não sou um jornalista, vou atrás do que nossos amigos sabem. Primeiro o Jack e talvez eu possa ouvir algo do Psicólogo."

Quando já estava para sair. Ezio se aproxima da detetive a olhando nos olhos e desta vez é como se ele estivesse desabafando e ao mesmo tempo pedindo ajuda sutilmente. Então continua:

- Eu não espero que você partilhe da minha visão de salvar o mundo, uma missão um tanto impossível, mas alguém tem que acreditar. Eu quero confiar em você e na verdade sei que tudo o que vai vir da minha atitude a partir de agora pode ser muito perigoso, então é ainda mais interessante."

Quando já estava para sair o Stracci a olha com um olhar 43 sob o chapéu fazendo todo o charme possível e diz:

- Então detetive, quer fazer algo de verdade ou vai correr atrás de lenhadores pelo resto da vida?

Ezio continua andando, porém devagar, esperando que a detetive venha atrás dele até o Jack.
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Mensagem por Ezio Stracci Dom Jul 02, 2017 5:54 pm

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Um novo amanhecer - Página 5 Empty Ezio rola:

Mensagem por The Oracle Dom Jul 02, 2017 5:54 pm

O membro 'Ezio Stracci' realizou a seguinte ação: Rolar Dados


'D10' : 5, 7, 6, 8, 6, 10, 2, 8
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Mensagem por Dr. Faust West Dom Jul 02, 2017 11:08 pm

Certo, aquilo era interessante. Faust sentia os olhos arderem de cansaço, ainda tentando se acostumar com estar acordado, mas as informações de Dr. Max sobre algo chamado "inibidor" iam sendo armazenadas em sua mente - não era muito distante do que ele mesmo havia teorizado. A suposição de que o operador do aparelho - ou seja, alguém que estivesse lá - seria o equivalente a um Mestre Tecnocrata... era perfeitamente válida. Dr. West repreendeu-se por não ter pensado naquilo. 

" - Não sei por que os gêmeos teriam que ser um grupo de controle." - admitiu, sem muito ego. Não era de seu feitio perder evidências, mas talvez os últimos dias estivessem fazendo o impossível e sobrecarregando-no? " - Principalmente se considerarmos a irmã do Sr. Gray, faz sentido pensar que seja algo direcionado a casais num geral. Me parece que precisamos de mais informações." - acrescentou. Ele sentia fome, mas não queria gastar seu tempo comendo. Não naquele momento, pelo menos. 

Diante do comentário sobre lógica, Faust meneou a cabeça, passando a mão pelos cabelos levemente desgrenhados. " - Meu caro Dr. Marx, se abandonarmos até mesmo a lógica, não nos sobra absolutamente nada com o que trabalhar ou como conectar estes dados!" - exclamou. Dr. West exclamava sem aumentar o tom de voz, e sua entonação mal se alterava - mas para alguém que sempre falava tudo da mesma forma, a diferença era nítida. " - Se Samuel está sendo possuído por uma entidade do quinto circulo infernal ou algo similar, ela ainda terá uma lógica própria a ser exposta dentro do contexto e dos istema de suas ações, que nos guiará a um insight de sua própria natureza." - concluiu, já voltando a seu tom anterior. 

"Considerei algo assim dada a imagem do Anjo, o ritual do Yom Kippur e ao fato da descrição dos efeitos visuais da magika do Profeta." - acrescentou, quanto ao uso de imagens ou a possibilidade de Samuel estar sendo manipulado por entidades. "A rotina usada para fugir do Orfanato envolveu a figura de um anjo, e a mesma figura apareceu no beco, carregando o profeta, pouco antes de ser sugada de volta - apesar de aparentar ter sido sugada de volta pelo túnel criado, sendo destroçada no processo." - expôs. "Um mero efeito especial não poderia ser destroçado, e não podemos falar sobre um AVatar, pois Samuel segue praticando sua magika. Entretanto, se estamos falando de relações com uma entidade, é perfeitamente concebível que o anjo que o levou de um local ao outro não fosse mais do que entidade serva de uma maior. Se seguirmos por essa linha especulativa, somos obrigados a perguntar, também: se Samuel está aliado a uma entidade, quem é o inimigo desta, que o persegue por todos os lados?" - perguntou, mais como quem lança uma pergunta do que esperando realmente uma resposta. 


Os olhos do Dr. West passaram pelo armazém, pensativo. Ele acenou com a cabeça para Dr. Max, afirmativamente. "Vou ver Mariah hoje. Muito trabalho a fazer, muito trabalho a fazer." - as últimas duas frases, ele parecia dizer mais para si mesmo. " Mas me parece adequado que a cabala recente converse com Ralph e Janette. Eles sobreviveram a noite do desespero, e talvez possam ter informações para nós - e vai ser bom para ver como o Euthanatos se porta em um assunto sério. Acha que eles aceitariam nos encontrar?"
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Mensagem por Oliver Gray Seg Jul 03, 2017 10:32 am

Oliver registrou aquela olhada entre Granger e Heineken. A relação de todos ali com o mago mais velho o deixava cada vez mais intrigado, para dizer a verdade, mas não era o momento de perguntar algo. Antes de sair do recinto, sorriu para a resposta afirmativa, dizendo que voltaria o quanto antes da sala de Heineken. Como resposta para as duas gêmeas, Oliver fez um sinal de positivo e deu um sorriso largo, comentando:

- "Para bem ou para mal, ele estará lá!"
  No caminho para o escritório do hermético, Oliver mandou um SMS para Faust com os dizeres: "nós vamos mesmo deixar o relógio do velho nas mãos daquele cara? Isso ainda está me incomodando".

  Na sala de Heineken, ele ouviu atentamente as perguntas do hermético, mas não pôde ser de muita ajuda, para dizer a verdade:

- "Pode ser que eu até tenha passado por um episódio "estranho" e tudo mais, mas foi na época em que eu estava prestes a despertar. Quer dizer, todo mundo enxerga demais, ouve demais e sente demais quando está prestes a despertar. Não sei se há algo realmente interessante nisso. Infelizmente, eu não mantive contato com ninguém da época e os aprendizes dos ninhos de dragão não têm permissão de possuir coisas materiais, mesmo fotos. Eu realmente queria ser de mais ajuda, quer dizer, vocês estão me ajudando muito mais do que o contrário, mas eu pertenço à civilização a poucos dias e é incrível como eu preciso responder todas as perguntas que me fazem com um "não sei". É frustrante. Tomara que a coisa com os pêndulos funcione, embora pareça mesmo que haja muito com o que trabalhar, minha busca está chegando a um beco sem saída.
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Mensagem por The Oracle Seg Jul 03, 2017 6:46 pm

A detetive levantou levemente uma sobrancelha quando Ezio disse "eu existo para fazer do mundo um lugar melhor". Esta mesma sobrancelha se ergueu mais ainda, quando ele disse "influência divina", e pareceu atingir seu ponto mais alto quando ele disse "salvar o mundo". Ela ainda estava na mesma posição quando o mago começou a se afastar, mas depois de uns 3 segundos, ele pode ouví-la.


- "Ok, vou morder essa. Salvar o mundo está na família há gerações, de qualquer forma".


E se juntou a ele, enquanto iam ao andar da Perícia.


Quando chegaram ao local para onde O`Sullivan os guiou, Ezio se viu em uma sala de aspecto high-tech, de paredes brancas e todo tipo de equipamento que ele poderia imaginar. Sava pra se sentir dentro de um episódio de CSI. Havia quatro pessoas de jalecos brancos trabalhando na sala.


Sala da Perícia:



Assim que chegou, O`Sullivan disse:


- "Oi, pessoal! Gente, este é Ezio Stracci. Entrou no lugar do Earl" - as pessoas acenaram para Ezio, mas sem se afastarem do que estavam fazendo - "Jack, podemos ter uma palavrinha com você?"


Um sujeito tirou os olhos de um microscópio, e encarou os dois com uma cara inquisitiva. Era branco e baixo, parecia já ter passado dos 40, tinha cabelo apenas nas têmporas, e os olhos claros. Mas retirou as luvas de borracha, as depositou ao lado do microscópio, e se levantou. "Jackson Stanton" dizia seu crachá Quando encoutrou os dois na porta da sala, disse, extendendo a mão: 


- "Olá, detetive Stracci. Bem vindo a bordo de nossa feliz tripulação. Vamos falar, mas vamos pro terraço, porque eu estou morrendo por um cigarro."
- "Ué, você não ia parar?" - disse O`Sullivan
- "O mundo não ia acabar em 2012, de acordo com os maias?" - disse Jack, já andando para o elevador.


Quando chegaram ao terraço do prédio da polícia, em meio aos exaustores e condensadores de ar-condicionado, foram recebidos por uma manhã cinzenta. Jack logo tirou um maço de Cammel do bolso, e acendeu um cigarro, fazendo uma expressão quase orgástica ao tirar a primeira tragada. Voltou-se para a dupla, e disse.


- "E então, detetives, no que posso ajudá-los? Se for sobre aquelas amostras de solo de ontem, ainda leva algumas horas pro resultado definitivo."


_________________________________________________________________________________

Dr. Max balançou a cabeça amplamente quando Faust falou sobre a lógica, concordando, e acrescentou:

- "Esse é justamente o problema ao se lidar com esses tipos mais místicos. As ações deles nem sempra são lógicas. Tente entender os motivos de um xamã, e você vai ter uma dor de cabeça garantida. Com entidades umbrais, a coisa pode ser pior. Algumas delas simplesmente não entendem conceitos básicos para nós, como dor, ansiedade ou medo. Mas, concordo, se não pudermos contar com a lógica, não temos mais nada no momento. Mesmo que Sammuel esteja agindo sem lógica, não temos outro caminho de pesquisa que não seja supor que ele esteja agindo com algum tipo de lógica. É o que temos..."

- "Mas, sobre o anjo, é válido nos alongarmos mais. Veja, existem tratados enormes sobre essa questão: como a mágika se manifesta. Os Herméticos, especialmente, adoram especular e escrever sobre o tema. Acho que eles ainda não conseguem aceitar muito bem que outras Artes diferentes das suas funcionem"- tinha agora o queixo apoiado em uma das mãos - "Eu não tenho a pretenssão de discorrer sobre esse assunto, mas posso dar um exemplo empírico. Sabe, um Eutanathoi de minha antiga cabala... Quando ele se concentrava para fazer certas coisas, era possível ver, ás vezes, uma silhueta por detrás dele. Alguma figura de muitos braços, provavelmente uma divindade indiana. Eu via aquilo, e naquela época acreditava menos ainda em divindades do que acredito agora. Sei que nossa amiga xamã havaiana também via, e o Hermético também. Veja, nenhum de nós acreditava realmente que houvesse uma entidade de muitos braços ali, e uma pesquisa etérica comprovava que não havia nada mesmo. Mas ainda assim víamos. Será que Rughal projetava inconscientemente uma imagem quando se concentrava? Será que aquilo era uma projeção, uma sombra, de seu Avatar? Ou ele era apadrinhado por alguma entidade de outros níveis vibracionais, que não conseguíamos perceber? Talvez uma dessas opções, ou todas, ou nenhuma. Existe uma incerteza inerente quando se lida com a Quinta Força, a Vontade."

- "O Profeta certamente usou de sua Vontade para alterar sutilmente o campo sub-méson, afetando os parâmetros do comprimento de Planck, e criando um buraco de minhoca temporário, mas, se ele acreditava numa baboseira qualquer de ser levado para a segurança por um anjo do Senhor, esse buraco de minhoca, para ele, pareceria um anjo o carregando. E para vocês também, provavelmente. E se seu buraco de minhoca foi desfeito, ele pode ter entendido isso como um ataque a seu anjo salvador. E o fato de ele ACHAR isso, é o bastante para que sua Vontade torne isso verdadeiro, ainda que agindo de forma subconsciente" - balançou a cabeça - "Ao longo dos anos, descobri que esse é um assunto fascinante, mas pouco prático também. De toda forma, espero que não haja criaturas extra-dimensionais envolvidas. Isso seria apenas mais uma variávem em uma equação já bastante complexa".

Por fim, em resposta a última pergunta de West, o velho respondeu:

- "Oh sim, acredito que não haverá problema. Os dois são sempre bastante amigáveis. Acredito, inclusive, que Jeannete deve estar curiosa para conhecer os novos magos da cidade. Onde eles moram, não há sinal de celular, mas eles tem um número fixo. Eu mesmo consertei aquele aparelho velho deles há pouco tempo atrás. Quando gostariam dessa reunião? Se me permite uma sugestão, o horário do jantar é sempre uma boa ideia. Jeannete cozinha maravilhosamente bem..."

A última frase foi dita olhando para uma caixa de pizza aberta sobre a mesa. Nela, jazia um pedaço comido pela metade. A face do Dr. Max parecia indicar que estava um tanto farto de pizza, que fora a única coisa que West o vira comendo até agora.

Nisto, o celular de West apitou, anunciando a chegada do SMS de Oliver. Segundos depois, uma nova mensagem, essa de um número desconhecido. Ela dizia: "Melhor ir ao hospital agora. A merda pode feder pro seu lado".

______________________________________________________________________

As duas garotas bateram palminhas em conjunto e riram quando ouviram as palavras de Oliver. Lembravam Brenda, quando ganhava um presente. Pareciam bastante animadas com a notícia...


Com Willian, a conversa prosseguiu calma. Se o Hermético sentiu alguma frustração com a falta de ajuda da parte de Oliver, não demonstrou isso por atos ou expressões. Nesse momento, ele lembrava certos professores de escola de Oliver, homens velhos na profissão, que já não tem grandes esperanças nem frustrações com seus alunos.

- "O que eu tentaria determinar era justamente se seus outros colegas também estariam próximos de passar pelo Despertar. Se fosse, seria simples supor que o Profeta encontrou uma forma de descobrir quem vai Despertar, e isso seria uma revolução... E seria também uma resposta para a charada. Mas mantenha a esperança, Oliver. Não há becos sem saída para Despertos. Agora, não é bom que deixemos a Srta. Granger esperando, não é mesmo? Até mais tarde".


Granger o estava esperando na loja, que, para variar um pouco, tinha agora três clientes. Dois deles eram dois caras, olhando cuidadosamente a vitrine de alianças usadas, e uma terceira tentava regatear com as gêmeas o penhor de um relógio. Assim que ele chegou, ela sinalizou com a cabeça, e começaram a andar. E ela começou a falar.

- "Resolvi a coisa toda na agência do Citybank mais próxima, onde fica também a conta da Anima Gemma. O gerente seria mais receptivo, dessa forma. Claro, se alguém perguntar, você não foi criado por monges em um mosteiro. Foi levado ao Japão por uma instituição filantrópica chamada Haisamitto, que custeou seus estudos com base em seus resultados nos campeonatos estaduais de caratê. Mas não acho que vão te perguntar nada, apenas pegar suas digitais e assinatura."

Quando chegaram ao Citybank, a coisa correu de forma muito simples. O gerente recolheu suas identificações, e claro, tentou lhe empurrar investimentos e seguros, mas Granger tomou a dianteira e gentilmente dissuadiu o gerente daquelas vendas. Discutiria com seu "cliente" mais tarde sobre outros assuntos financeiros. A coisa toda levou não mais do que meia hora, e Oliver saiu de lá com um cartão magnético, que significava o fim de uma longo período de pobreza.

Ao saírem, Daenerys soltou o rabo-de-cavalo (afinal, a manhã estava fria), sorriu, e disse: 

- "Bem, agora que você é um homem de posses, acho que podemos ver umas roupas, rs. Pretende se vestir com as marcas mais badaladas, ou apenas se vestir?"


Última edição por The Oracle em Qui Jul 06, 2017 5:18 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Oliver Gray Seg Jul 03, 2017 7:02 pm

Olhando para as gêmeas, o jovem akasha tentou evitar ser pego pela semelhança pueril delas com a versão mais jovem de sua irmã, a única versão que ele conhecera, para ser honesto.

  Oliver achou engraçado a coisa de "marcas mais badaladas":


- "Dizer que eu sou um homem de posses é ir meio longe, mas eu preciso tirar esses trapos, haha. Sério, as pessoas estão me olhando esquisito na rua e eu não estou acostumado com isso. Eu vou confiar no seu bom gosto, resumindo. Estou em suas mãos mais do que capazes".

  Para fazer graça, Oliver deu o braço para Granger como uma mulher faria e riu. Após alguns minutos, Granger provavelmente percebeu que Oliver olhava inquisitivamente para ela, como se tentasse decidir se faria ou não uma pergunta. Por fim, as suspeita dela se confirmaram quando ele, com a expressão mais fácil de se ler do mundo, decidiu por perguntar:

- "Não me leve a mal, mas qual a relação do Heinekem com todas as outras pessoas da capela? Quer dizer, algumas vezes ele parece um patrão, outras, um líder de cabala e, outras, até um pai. Ufa, estou feliz por dar voz à dúvida".

  Um tempo depois, Oliver tentou mudar para um assunto mais ameno estrategicamente:

- "Quer dizer que você é uma mestra na arte de dançar salsa?".
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Mensagem por Ezio Stracci Seg Jul 03, 2017 8:51 pm

Caminhando com a detetive até a sala de perícia Ezio pensava:

- Na verdade é claro que ela viria. O que me espantou foi ter demorado tanto. Então nós começamos assim. Mas o fato é que não importa como, sempre queremos que nossas sejam algo mais.

Não pode deixar de notar o comentário sobre a família e pensando em como descobrir mais sobre sua parceira ele pergunta pelo caminho sem deixar de fazer charme:

- "Então ao que parece sua família tem algo em comum com a minha. Ou seja, temos algo em comum. Sabe o que seria legal? Jantarmos hoje e descobrirmos mais coisas em comum ou não. E eu te deixo escolher o lugar, mas te pego às oito."

Ao chegar à sala Ezio examinou bem, e na verdade gostou. Tirando o chapéu ao chegar, ele acenou com a cabeça cumprimentando a todos.

Cumprimentou com um aperto de mão firme, algo fundamental ao estabelecer relações entre homens e os acompanhou até a parte de cima. Ezio não era fã de cigarros e comumente era bom em disfarçar a repúdia pelo vício e foi o que fez. Então após ouvir Jack ele começou:

- "Senhor Jack meu caro."

Olho a olho.

- "Algo simples, talvez não tanto. Só quero tudo o que souber, o que tiver sobre o orfanato. Oo... Magdalena. Pode nos ajudar por favor?"

Geralmente Ezio doa chocolatinhos, mas resolveu comer um pedaço por lá, mais por conta do cigarro. E olhava no olho da detetive com olhar incisivo.
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Mensagem por Ezio Stracci Ter Jul 04, 2017 2:07 pm

Carisma + Lábia
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Um novo amanhecer - Página 5 Empty Ezio rola:

Mensagem por The Oracle Ter Jul 04, 2017 2:07 pm

O membro 'Ezio Stracci' realizou a seguinte ação: Rolar Dados


'D10' : 3, 3, 8, 4, 5, 10, 1, 4
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Mensagem por Dr. Faust West Qua Jul 05, 2017 4:27 pm

Dr. West meneou a cabeça, pensativo, diante de tudo aquilo que Dr. Max dizia - ele precisava admitir que apesar de ter viajado muito, e visto algumas coisas estranhas, e de saber muito teoricamente, nunca sua vida havia realmente trabalhado lado a lado com outros magos por tempo o suficiente para perceber aquelas incongruências. Eram dados importantes, dados interessantes. 

Não disse nada ou comentou sobre o assunto - não gostava de fazê-lo, quando não entendia o suficiente, mas havia demonstrado, em seus jeitos sutis, sua curiosidade. "Eu não aconselharia alimentar suas esperanças, Dr. Max." - afirmou, sobre criaturas extra-dimensionais. "O Profeta disse estar sendo seguido, quando nos deixou nas ruínas do orfanato. E em meus inquéritos sobre o assunto com a garota que ele salvou naquela noite, sua mais nítida impressão de Samuel - além de que ele mesmo seria um anjo - é que ele estava fugindo de um 'bicho papão'." - afirmou, como quem alimentava algum equipamento de laboratório com novos dados. "Talvez seu último projeto venha a calar mais cedo do que imaginavamos, Dr." - acrescentou, indicando a grande coisa no meio do armazém.


" - Jantar hoje, então. Vou avisar os outros dois." - informou, antes de sentir o celular vibrar com as mensagens de Oliver e a do número desconhecido. 

A de Oliver, ele respondeu rapidamente, digitando um "A pista esfriou, mas voltaremos a ela quando a oportunidade se apresentar." - ia digitar também sobre Janette, mas decidiu fazê-lo depois. Era mais urgente mostrar a Dr. Max o numero desconhecido, não fazendo questão de esconder a mensagem.

"Estou indo, mas não custa perguntar: o senhor por acaso não tem como conseguir informações sobre quem enviou a mensagem ou o aparelho, tem?"
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Mensagem por The Oracle Qui Jul 06, 2017 12:12 pm

Entrando na brincadeira, Daenerys Granger enganchou seu braço no de Oliver, dizendo:

"Vamos então na Ross. Vai fazer bem ao seu bolso, e a qualidade não é ruim. Quando fazia estágio, só comprava lá. E mesmo assim, só quando tinha liquidação".

Seguiram caminhando mais uns dois quarteirões, quando Oliver finalmente fez sua pergunta. A Hermética pensou por uns três segundos, com o olhar meio perdido por detrás dos óculos. Abriu a boca, então, como se fosse dizer algo, mas Oliver viu um letreiro escrito "ROSS" aparecer. Granger fechou a boca, mas depois disse:

- "Ok, é uma curiosidade justa, mas não podemos falar disso aqui ou agora. Hummmm... acho que podemos fazer uma visita ao Lincoln Park quando acabarmos aqui, e eu te conto isso. E em troca, você me conta como é a vida num mosteiro Akasha, porque estou morrendo pra saber. Na verdade, vai ser ótimo ficar uma manhã longe daquele livro desgraçado..." - terminou ela, bufando.

Oliver não saberia dizer se a loja era de fato barata. Nem saberia dizer se as roupas que Granger o ajudou a escolher eram "boas" ou "na moda", mas ao menos, depois de uma hora lá dentro, ele saiu com roupas... Ela insistiu que ele levasse um terno e um par de sapatos sociais, mas fora isso, foi mais deixando que ele fosse pegando o que lhe chamava atenção. Pouco depois de entrar no provador pela primeira vez, seu celular vibrou, e ele recebeu a mensagem de West.

Depois que saíram da Ross, carregados de bolsas, a garota o guiou por mais um quarteirão, até uma Starbucks, e depois mais um pouco, até um pequeno parque arborizado. Ali era uma zona central da cidade, então, o local era bem cuidado: grama aparada, a maioria das lixeiras ainda inteira, bancos com poucas pixações. Sendo uma terça-feira, o local estava vazio. Granger sentou-se na grama mesmo, e cruzou as pernas, com seu copo de café entre elas. Ela havia estrategicamente escolhido um local fora das trilhas, onde não havia ninguém. A manhã ainda estava cinzenta, embora o sol brigasse para aparecer entre as nuvens. Alguma poucas flores em botão anunciavam uma primavera querando chegar. Esperou Oliver se ajeitar também, e começou a falar.

"Bem, o Sr. Von Heinekein é, de certa forma, nosso patrão. Estamos todos registrados como funcionários da Anima Gemma, e ele está registrado como gerente. A loja é uma fachada, mas uma fachada real. A melhor maneira de mentir é deixar a mentira o mais próximo possível da realidade, então, aquilo lá é de fato uma cutelaria, joalheria e loja de penhores, embora não façamos propaganda e, se fôssemos depender do faturamento dela pra viver, morreríamos de fome".

"Ele também é o líder da capela, e eu e Cortéz somos subordinados a ele e, em teoria, aprendizes dele. A Ordem tem um monte de nomes para esses postos e funções, mas não vou encher seu saco com isso. O fato é, a Ordem de Hermes aprecia hierarquia, e dentro da capela, ele manda, e nós obedecemos, ao menos em aspectos, hããã... mágikos. E no caso do Sr. Von Heinekein, ele aprecia bastante essa hierarquia. Ele é da Casa Quaesitor, gosta de ordem e de tudo no seu lugar. E gosta de ser obedecido. Pode soar pior do que realmente é. Ele é um bom homem, já trabalhei com piores. Ah, Thelma e os outros acólitos que trabalham lá também estão subordinados a ele, claro, embora, sei lá, tem vezes que acho que Thelma é quem manda nele. Parece que já trabalham juntos há muito tempo".

"E bem, quanto a pai, ele é o pai das gêmeas. Embora seja difícil ver elas usando esse termo, às vezes escapa. Mas elas também são acólitas, então, ele também é superior delas... Não sei se é o melhor tipo de relação paternal, rs".

Tomou um gole do café, e esperou para ver se Oliver queria falar mais sobre o tema. Ela parecia ter paciência, talvez desse uma boa professora. Pelo menos, os grandes óculos lhe davam um aspecto professoral. Mas depois de superado esse tópico, ela realmente queria saber como era a vida em um mosteiro.

______________________________________________________________________

Estavam no elevador quando Ezio fez seu convite. Estavam sozinhos. A detetive ouviu o que o Eutanathoi tinha a dizer, então olhou para o mostrador que dizia o andar (ainda faltavam três para chegarem ao andar da Perícia), voltou-se para ele, passou os braços em torno de seu pescoço, e chegou a boca bem perto de seu ouvido. Os cabelos vermelhos obstruíram a visão olho esquerdo do detetive, e seu perfume encheu suas narinas. Era um perfume com alguma coisa de almíscar, um aroma que remetia a florestas e caçadas, mas o hálito da mulher era quente, e ainda com um toque do whisky que tinha bebido no café irlandês. Então ela sussurrou, com um voz sensual:

- "Deixa eu te contar um segredo, Stracci: só as adolescentes se atraem pelos caras que se acham gostosões irresistíveis. Se você for mais do que isso, vai ter que mostrar com mais do que palavras".

E soltou o pescoço de seu parceiro, bem na hora em que a porta do elevador estava se abrindo.




Jack franziu um pouco o cenho ao ouvir a pergunta de Ezio, e olhou para O`Sullivan, mas essa não fez qualquer expressão. Ele então balançou a cabeça, olhou Ezio nos olhos, e disse: 

"Querendo ganhar nome com um caso famoso, detetive? Ah, a ambição dos jovens... Ok, por que não? Adoraria ver os responsáveis por aquilo atrás das grades, mesmo que seus motivos sejam egoístas. Embora duvide que você vá conseguir avançar mais do que os outros..."

Dando uma tragada profunda no cigarro, ele prosseguiu: 

"A coisa toda tem furos. Aquele caso ainda me faz ficar pensando na cama, antes de dormir. A parede leste do lugar foi claramente atingida por um explosivo. Pela trajetória, eu chutaria um LAW (Light Antitank Weapon), mas não achamos traços de explosivos convencionais. Deve ter sido coisa caseira, e feita por alguém muito bom, pois não fazemos ideia até agora de qual química foi usada. Teoricamente, o dano ao orfanato poderia ter parado por aí: uma parede desabada e algum dano por fogo, mas a explosão atingiu os tanques do posto de gasolina que ficava ao lado. O fato de um posto ter alvará para estar ali foi obviamente cagada do pessoal de Posturas, mas enfim, o vento jogou as chamas direto em cima do orfanato, e o prédio inteiro lambeu".

"As pessoas de dentro do orfanato devem ter conseguido escapar do incêndio, pois achamos apenas dois cadáveres carbonizados. Ou então, deram sumiço nos outros corpos, aquele dia foi meio confuso. Sei que eu até hoje dou graças a Deus por não ter encontrado nenhum cadáver de criança ou adolescente naquele lugar. Bem, além da falta de traços de explosivos, o lugar tinha a condição normal de um prédio incendiado, e... e... mais nada, oras..."

Nessa última sentença, houve uma mudança perceptível na atitude do homem. Ele como que estremeceu, olhou para baixo, e tragou fundo o cigarro, levando a brasa até o filtro. Pareceu legitimamente perturbado por um instante. Mas um segundo depois, olhou de novo para Ezio, e disse:

"Mas, bem, isso tudo está no relatório. Os jovens de hoje não querem mais ler, pelo jeito. Algo mais que possa fazer para ajudá-los, detetives?"

______________________________________________________________________

Os olhos do Dr. Max acompanharam o dedo de West, quando ele apontou para a grande máquina no centro do armazém, e naquele momento, um certo brilho louco passou pelos olhos do velho cientista. Mas foi algo bastante momentâneo. Ele logo colocou novamente o queixo numa mão, e prosseguiu: 

"Bem, se Sammuel é o primeiro homem a permanecer com seu Avatar após a morte, então ele pode ter despertado todo tipo de interesse. Acredito que haja muitas pessoas... e coisas, nesse Universo, ávidas por colocar suas mãos, ou apêndices, num caso como esse."

Após ler a mensagem na tela do celular de Faust, o velho ajeitou os óculos e disse: 

"Eu poderia pedir alguns favores para colegas que entendem mais dessas redes digitais e criptografia... mas isso implicaria ficar devendo. Tem certeza que é preciso? Talvez a sua resposta venha logo que chegar ao hospital".


De toda forma, quando seu Uber chegou ao hospital, tudo parecia relativamente normal. A única coisa ligeiramente notável era a presença de uma viatura policial na porta, mas isso eventualmente acontecia. De resto, ao menos na recepção do Mercy, tudo parecia em ordem: apenas as atendentes lixando unhas, alheias aos pacientes gemendo e tussindo.


Última edição por The Oracle em Sex Jul 07, 2017 9:52 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Oliver Gray Qui Jul 06, 2017 12:57 pm

Oliver se sentiu mais do que confortável em deixar as coisas relacionadas à roupas com Granger. Sempre que foi possível, escolheu peças que remetiam ao oriente. Ergueu uma sobrancelhas com a coisa do terno, mas logo se lembrou do quanto isso fez falta no caso do ladrão do relógio e a péssima atuação como agente do FBI. No mais, o importante mesmo era deixar de lado os trapos mais do que puídos que ele tinha disponível no momento. Durante o passeio, Oliver procurou aproveitar ao máximo a companhia de Granger, fazendo perguntas sobre a vida dela e parecendo bastante interessado em conhecê-la mais. Após uma rápida parada para um café, eles chegaram ao parque do qual ela falava. Lá, Oliver ouviu atentamente enquanto ela falava das coisas relacionadas à capela dos herméticos. As relações do lugar eram mais complexas do que ele imaginava, mas Heineken estava sempre no topo da hierarquia, independente do ângulo. O jovem akasha não deixou de perguntar qual era o "maldito livro" do qual ela queria tanta distância, mas logo passou a falar sobre o que a garota queria saber:

- "É dureza", começou ele. "A vida é rústica, o alimento é aquilo que conseguimos cultivar. A água precisa ser buscada de um riacho. Às vezes, eu buscava água para o banho e a alimentação de todo o ninho de dragão, o que me custava um dia inteiro. Eu tenho certeza de que deixei um balde lá com uma marca profunda de onde eu o apoiava no ombro, haha. Há tarefas todos os dias e o dia todo. Mesmo para os guerreiros".

  Oliver parou para pensar um momento, filtrando um pouco aquilo que podia fazer com tranquilidade:

- "Nós acordamos antes do sol nascer e dormimos tarde. Os dias são divididos entre tarefas, treino e orações", disse Oliver, mostrando uma mão calejada como prova das suas palavras. "Eu dormia sobre duas cordas trançadas. Passei mais de um mês acordando no chão, antes de conseguir me equilibrar naquilo a noite toda. Os mestres são exigentes com todo mundo, mas comigo... Imagine uma escola na qual todos os professores esperam mais de você do que do resto do mundo. No início, eu achei que todo mundo me odiava por ser um forasteiro, mas, por algum motivo, eles queriam que eu me tornasse um guerreiro, não, um ser mais evoluído do que os outros. Cara! Parece que isso foi ha uma eternidade! Deve estar um saco me ouvir tagarelando, não é?".
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Mensagem por The Oracle Qui Jul 06, 2017 5:58 pm

Ora, talvez o dharma estivesse ao lado de Oliver, afinal. A moça parecia bem receptiva. De suas perguntas, o Akasha descobriu que ela era formada em Idiomas Antigos pela Universidade de Ottawa, que ganhou uma bolsa integral, que durante o curso havia estagiado em empresas de contabilidade e direito. Depois do Despertar, ela veio a descobrir que a Ordem de Hermes havia sido a financiadora da bolsa, e que ali era o primeiro "trabalho" dela na Ordem, depois de passar três anos no posto de aprendiz. Oliver era obtuso demais, todavia, para sequer supor se ela estava falando a verdade ou não, ou se estava falando tudo. Isso tudo foi descoberto enquanto eles escolhiam roupas.

Já no parque, quando Oliver ouviu sobre a capela e seus habitantes, e perguntou sobre o "maldito livro", a garota parou por alguns segundos. Fez uma cara de enfado, e se espreguiçou (levantando os volumosos seios). Mas acabou falando:

- "Há um livro, um registro, que foi recuperado da antiga capela Hermética da cidade. Aparentemente, fala de atividades mágicas desenvolvidas aqui, contatos com seres sobrenaturais, etc. Parece que faz muita referência a fantasmas. Mas está codificado. Pesadamente codificado. Quero dizer, veja... Ok, eu pertenço a Casa Shae. Teoricamente, somos os "guardiões do conhecimento" da Ordem. A Ordem em si usa códigos especiais, que só Herméticos sabem. Minha Casa usa outros tantos que só ela sabe. Mas esse livro está codificado de uma outra forma. Tem códigos Herméticos lá, mas tem outras coisas, outras técnicas".

- "Meu trabalho seria descodificar essa bosta, mas não estou conseguindo muita coisa... Já tentei todos os códigos que sabia, todas as técnicas de criptografia que conheço, mas só consegui descodificar alguns trechos. Esse é meu primeiro trabalho, queria muito não cagar tudo. Porra, quando minha mentora disse que tinha requisitado um membro da Casa Shae para a nova capela de Portland, para descriptografar um registro importante, e que eles tinham me escolhido, só faltei explodir de orgulho! A exlém de colocar meu nome num bom trabalho, pretendia ajudar a provar que não somos meros bibliotecários... Mas a coisa não está andando, estou ficando sem desculpas para dar ao Sr. Von Heinekein, e isso tudo é muito frustrante..."

De fato, quando fora da capela, ela era bem mais informal do que dentro. Deu um longo gole no seu café, e completou: "Mas fora com esse assunto chato, fale lá do mosteiro". E depois de ouvir tudo que ele tinha a dizer, ela parecia animada: 

- "Um saco?! Não! Isso é fantástico! Uma das principais razões para a Tecnocracia estar na nossa frente é porque nós, Tradicionalistas, ficamos com descofianças e querelas uns com os outros! E ficamos assim porque não entendemos as outras Tradições. Nem tentamos, pra falar a verdade! Você ouve histórias da Tecnocracia, e pensa que eles devem ser bem organizados e tal. Ainda quero algum dia pegar o Dr. Max sozinho, para perguntar como é de verdade lá dentro, mas, enfim, PRECISAMOS saber mais uns sobre os outros. Porra, isso é uma guerra! E como vamos vencer se somos 9 exércitos pequenos, ao invés de um grande e unido? Sun Tzu deve estar se revirando no túmulo..."

- "Porque eles se focavam tanto em você? Seria de se imaginar que um ocidental fosse tido como inferior. E, nossa, eles vieram até a América te buscar. Além da distância física, teve toda uma parafernália legal a ser resolvida. E porque te liberaram pra vir pra cá assim tão fácil. Cara, você chegou por um Portal de Hermes! Eu nunca andei num Portal de Hermes... Alguém pediu uns favor pra alguém aí nessa história, talvez muitos. Você não parou para se perguntar isso?"
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Mensagem por Oliver Gray Sex Jul 07, 2017 3:48 pm

Oliver estava achando muito engraçado o quanto Granger era diferente fora da capela. Mais, mais... Mais interessante, mais divertida:

- Haha! Se eu não coloquei você para dormir com essas histórias, posso te contar outras. Eu tenho que dizer, você é ainda mais impressionante e bem menos tensa quando não está nos arredores da capela. Eu não sei fazer jogos, então lide com a minha franqueza. Sobre o tal livro, eu posso dar uma olhada se você quiser. Quem sabe não está escrito no idioma secreto que eu criei quando era adolescente? haha!

  E aí veio os questionamentos sobre toda a atenção que o Jovem akasha recebia. Seu semblante ficou levemente mais fechado enquanto ele pensava no assunto, imaginando o que poderia responder:

- Sim, é muito investimento em uma pessoa feito eu, um gaijin. Mas o caso é que, se eu estivesse em outro mundo, provavelmente eles me encontrariam e me buscariam assim mesmo. O destino é tudo. E o meu destino, ele não só é maior do que a minha vontade. Os sábios previram um destino incrível para mim. Parece que, em algum momento, algo ridiculamente importante vai depender de mim, mas nunca me disseram do que se trata, só me prepararam para a ocasião. Com certeza mexeram os pauzinhos para eu estar aqui, mas certamente é porque acharam que eu devia estar aqui. A minha vontade não teve nada a ver com isso". Oliver disse essas últimas palavras com um sorriso amarelo. "Eu provavelmente pareço um tolo a maioria do tempo, mas não me deixo enganar com facilidade".
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Mensagem por Dr. Faust West Sex Jul 07, 2017 7:32 pm

Dr. West não respondeu ao posicionamento de Dr. Max quanto a Sammuel ter morrido e permanecido com o seu Avatar - ele simplesmente não estava convencido de que este era o caso. Veja, ninguém morre e permanece com o seu avatar - as próprias condições de "morrer" determinam uma separação do eu e do Avatar, num determinado sentido, ao menos até onde Faust conhecia ou acreditava conhecer. Se morrer mantendo o AVatar fosse uma possibilidade, toda a questão da "morte" teria que ser redefinida - lhe fazia muito mais sentido lógico dizer que o que quer que houvesse acontecido com Sammuel, se ele ainda estava praticando magika, não era exatamente a morte. 

E era este o ponto que lhe interessava. Se não era morte, o que era, e como ele havia chegado até lá? 


Quanto aos favores, Faust concordou que não era necessário. "Não é." - concordou. "E o telefone é provavelmente um burner. Só curiosidade." - acrescentou, antes de subir para o seu laboratório, conversar brevemente com Eliza e se trocar, tudo depois de ter já chamado o carro.


Durante a viagem, enviou uma mensagem para Oliver e para Ezzio, avisando sobre o jantar, e também conferiu seus e-mails, esperando ver se tinha recebido resposta do asilo ou sobre a livraria. 


Chegando ao Mercy, o médico entrou tranquilamente e moveu-se em direção a sessão em Obras - a mensagem provavelmente referia-se a jovem, mas caminhou para lá com cuidado, atentando-se aos detalhes: estava sendo seguido? Havia movimentação estranha nos corredores? Tudo eram dados importantes em seu caminho.
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Mensagem por Ezio Stracci Sáb Jul 08, 2017 5:45 pm

Ezio não teve tempo de expressar qualquer reação a resposta da detetive no elevador. Exceto uma face de decepção e indagação. Mas isso não atrapalharia os trabalhos a partir dali.

Ezio anotou as informações de Jack, até percebe que esse já não queria falar tanto assim. 

Fazendo uma pausa olhando para o horizonte, Ezio pensava:
- Então alguém viu algo que não quer que outros saibam, mas por que? Será que o achariam louco? Talvez ele tenha medo. Vamos Ezio descubra.

Ezio voltou-se para Jack e o encarou olho a olho. Então guardando o caderninho de agitados anotações ele dá um leve sorriso para que o homem se sinta mais confortável e então diz:

- Muito obrigado pela sua colaboração senhor Jack. Sabe, eu vim de um lugar que coisas loucas aconteciam a todo instante. Mas provavelmente não eram coisas como as que aconteceram aqui. E o senhor deve saber que cada detalhe é importante para a investigação. Então eu realmente gostaria de contar com cada detalhe que puder fornecer.
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Um novo amanhecer - Página 5 Empty Ezio rola:

Mensagem por Ezio Stracci Sáb Jul 08, 2017 6:10 pm

Carisma + Lábia. 
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Um novo amanhecer - Página 5 Empty Ezio rola:

Mensagem por The Oracle Sáb Jul 08, 2017 6:10 pm

O membro 'Ezio Stracci' realizou a seguinte ação: Rolar Dados


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Um novo amanhecer - Página 5 Empty Re: Um novo amanhecer

Mensagem por The Oracle Sáb Jul 08, 2017 7:02 pm

- "Hummm, a capela é trabalho, por assim dizer. É preciso ter uma postura profissional" - disse Granger - "Aqui fora, bem, podemos ser quem somos de fato..."

- "Agradeço seu oferecimento de ajuda, mas realmente acho que o Sr. Von Heinekein não gostaria NADA que eu mostrasse aquilo pra alguém de fora da Ordem. No fim das contas, é um registro Hermético. Embora, se a coisa continuar empacada como está, vou ter que começar a mostrar a qualquer um que entenda alguma coisa de códigos. Talvez até pra algum maldido Adepto da Virtualidade" - e fez uma careta quando falou isso, uma certa cara de quem ia vomitar.

Mas rapidamente voltou ao normal, e ouviu com atenção o que Oliver tinha a dizer sobre seu Destino. E a testa da moça foi franzindo levemente conforme ele falava. Depois que terminou, ela ficou alguns segundos parada, com o copo na boca, mas aparentemente sem tomar do café. Depois destes segundos, finalmente falou:

- "Eu tenho uma certa... dificuldade... para assimilar esse conceito de Destino. Digo, onde nossa Vontade e decisões se enquadram nisso? Quando minha mentora me explicava o assunto, eu simplesmente fingia que entendia, ou aceitava, apenas pra passarmos pra outra lição. A Ordem tem toneladas de livros sobre o assunto, mas nenhum deles até hoje fez sentido pra mim... Enfim, isso pode explicar porque..." - nessa última parte, os olhos dela estavam apertados, olhando para o nada, como se ela estivesse pensando densamente, falando mais para si própria do que para Oliver. Mas pareceu então meio que acordar de seu estado de concentração, e mudou abruptamente de tom - "Se eles acham que você vai ter um Destino grandioso, mas nunca te contaram qual é, bem, isso é estúpido, com o perdão dos seus mestres! Como você vai se preparar então? Como vai saber quando agir? Ah, sabe, na boa, ás vezes magos antigos são um pé no saco! Mas podemos supor que talvez tenha algo a ver com a América, já que não te empediram, e até te ajudaram a chegar aqui. Bem, sei lá, é só uma conjectura. Mas porque será que logo a Irmandade de Akasha? Será que mais ninguém percebeu isso. Alguém mais próximo? Desculpe, eu estou te perguntando coisas que você provavelmente não sabe, e isso é bobagem. Hã... Oliver, quando essa luz está acesa no topo do celular, quer dizer que você tem uma mensagem não recebida".

E de fato, Oliver tinha mais uma mensagem de West. Estava lá há um bom tempo, mas ele havia se distraído.

Por fim, meio que para mudar de assunto de uma vez, Granger disse:

- "Sobre a salsa, não posso dizer que sou boa. Quando eu morava no alojamento da fraternidade, tinha uma vizinha que era de algum lugar da América Central, e ela só ouvia isso. Eventualmente, aprendi alguns passos com ela. Mas bom mesmo na coisa é Cortéz, nós vamos só por diversão. É um dos lugares mais divertidos aqui em Portland, e o Sr. Von Heinekein deixa as meninas irem, o que é um avanço. Acho que ele não tem uma boa impressão de rock, porque não deixou elas irem num pub que toca isso. Espero que não tenha estômago fraco, pois a comida lá é bem apimentada"

Já estava chegando perto das 11 da manhã.

______________________________________________________________________

Durante a viagem, West verificou que havia recebido um e-mail do asilo, dizendo de forma floreada que estariam muito felizes em recebê-lo, e dando um telefone pelo qual poderia agendar a visita. Já a Odd Thomas Old Books parecia ter ignorado solenemente sua mensagem. O mesmo não poderia ser dito de Boca-de-Cabelo, que havia respondido: 

- "Notícia interessante, Doutor. Estamos no armazém 22, pertinho do senhor. Pegue esse número e ligue para o Luigi antes de aparecer. Sabe como é, os rapaz às vezes ficam tensos e com o dedo nervoso. Melhor avisar antes. Estarei por lá o dia todo."


E havia um número de telefone na mensagem.



Chegando ao seu destino, West caminhou com cuidado pelos corredores do Mercy. Era improvável que aquelas recepcionistas e seguranças o conhecessem, mas ninguém o deteve. Entrar naquele hospital não era uma tarefa das mais difíceis.

Aparentemente, não foi seguido. E nem foi abordado. Mas em um dado momento, se deparou com uma certa comoção num corredor, de frente a um dos escritórios (Ouvidoria, pelo que ele se lembrava). Havia algumas enfermeiras e pessoal da limpeza por ali, em pequenos círculos, conversando baixo, e ás vezes tentando olhar pela porta entreaberta do escritório. Faust já havia trabalhado tempo o suficiente em hospitais para saber que alguma coisa tinha acontecido. E também para saber quem seria a pessoa mais informada. E que liberaria essa informação com menos dificuldade.

Aproximou-se de uma senhora branca e baixinha, com o uniforme da empresa de limpeza. Ela estava passando um esfregão no chão, mas em um local completamente limpo. A mulher não estava fazendo nada pela higiene do local, mas seus ouvidos estavam atentos. Se aquela senhorinha não trabalhasse, saberia tudo sobre a vida de todos os seus vizinhos. Talvez até soubesse, mesmo trabalhando. Quando West a abordou com uma pergunta, ela foi ávida em partilhar estas informações. Falando baixo, quase como num sussurro, ela contou:

- "Acharam uma garota tentando fugir do hospital! Só que ninguém deu entrada nela. Grávida, veja o senhor, com um barrigão enorme! Sem documento, sem nada, ninguém sabe de nada. Chamaram a polícia, e tem alguém falando com ela agora!" - baixou mais ainda a voz, e continuou - "Ouvi a enfermeira Palmer dizer que o Dr. Benson examinou a garota, e ela sofreu abuso! O mundo vai acabar mesmo! Acho que o diretor está ali dentro também! Se descobrirem que a garota foi abusada aqui dentro, ele está perdido, hehehe!"

A última risada da mulher a colocava em extrema semelhança com uma bruxa má de conto de fadas.

______________________________________________________________________

Depois da última frase de Ezio, o homem lhe dirigiu um olhar intenso, embora desconfiado. E foi também um olhar longo, muito longo. Depois de alguns segundos, O`Sullivan parecia meio desconfortável, olhando de um para o outro, e quando pareceu que ia abrir a boca pra falar algo, a voz de Jack se fez ouvir.

- "Vocês realmente estão saindo da academia mais e mais preguiçosos nos dias de hoje, não é? Ora, vá ver as evidências, detetive. Evidências retiradas de um prédio incendiado... Mas, se quer ir fundo no caso, procure bem fundo no armário" - sua voz ressaltou aquelas duas palavras - "bem, se me dão licença, tenho trabalho a fazer. Aquelas amostras não vão se analisar sozinhas".

Jogou a bituca de cigarro no chão, e pisou nela. Se não fosse impedido, iria sair andando, em direção ao elevador.
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Mensagem por Ezio Stracci Sáb Jul 08, 2017 7:14 pm

Ezio na verdade estava adorando aquele conflito entre os olhares, e se a detetive abrisse a boca naquele momento ele teria um juramento interno de colocar aquela cabeça na mira do fuzil um dia, mas felizmente não aconteceu.

Não foi a melhor resposta que vc Ezio esperava, mas ia servir. Antes que Jack saísse Ezio o interrompeu e o entregou um chocolatinho com um sorriso dizendo:

- Aposto que um desses vai ser ótimo após o cigarro.

Deixou o homem seguir seu caminho e se voltou para a detetive:

- Você se surpreenderia com a sabedoria das adolescentes.

E então continuou
- Já que está no caso, poderia conseguir mais alguma coisa com o psicólogo? Eu vou procurar bem fundo no armário.

Então Ezio foi a caminho do armário enquanto isso respondeu a mensagem sobre o jantar se mostrando de acordo.
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Mensagem por The Oracle Sáb Jul 08, 2017 7:41 pm

O homem apenas pegou o chocolate sem dizer nada, o enfiou no bolso, e seguiu seu caminho. Já sua parceira não teve qualquer reação ante sua gracinha. Estava olhando o perito ir embora, quando escutou o pedido de Ezio. Ela apenas deu de ombros, disse: "ok, o depósito de evidências fica no subsolo", e seguiu ela mesma para o elevador.


Quando chegou ao local, seguindo algumas placas, Ezio se viu diante de uma pequena porta com uma vigia. Lá dentro, um policial provavelmente próximo de se aposentar olhava com profunda concentração a tela de seu computador. Não era uma concentração do tipo "estou numa tarefa muito difícil", parecia mais uma concentração do tipo "como eu faço essa maldita máquina funcionar?". Seus olhos por detrás dos óculos bifocais se desviaram para Ezio, quando ele chegou. O crachá dizia Nicolas Drogan. Após ouvir o pedido, o velho tira falou:

- "Ora, ora, as provas do ataque terrorista? Já tem algum tempo que ninguém vem ver isso... Ok, apenas me dê aqui sua identificação, detetive, pra eu registrar nessa maldita máquina, e já lhe mostro onde é".

Depois dos procedimentos burocráticos, o homem pegou um molho de chaves pendurado na parede, abriu para Ezio a porta que levava ao depósito, e o acompanhou por corredores delineados por altas estantes de metal, cheias de caixas em suas prateleiras, e alguns objetos que não caberiam em caixas, enrolados em sacos plásticos selados.

Chegaram a uma sessão com incontáveis armários arquivos. O velho conferiu os números nas gavetas até chegar a uma, a qual abriu com uma chave de seu molho. Lá estavam as provas. O homem se pôs de lado, para que Ezio pudesse mexer no gavetão.

Havia alguns sacos plásticos selados, com amostras de pedras e terra. Havia uma pasta com alguns documentos esturricados, que pareciam ter sido plastificados em algum processo de preservação (pareciam apenas notas fiscais, contas de luz, e outros documentos pouco relevantes). Havia um saco plástico com um sapato feminino, bem maltratado pelo calor. Havia um outro saco, com uma boneca de pano esquisita, com olhos de botões cor-de-rosa (quer dizer, um olho. O outro estava faltando), cujos cabelos pareciam ter sido de crochê, mas tinham sido queimados. E havia, no fundo do armário, um pesado busto de um homem, que parecia ser de bronze, mas tão derretido que não se poderia discernir as feições. Para chegar nesse busto, Ezio quase tinha que entrar dentro da gaveta.

Atento a indicação de Jack, foi mexer no busto. A tarefa não foi simples, pois a coisa era pesada, mas quando conseguiu desalojar a peça, havia outra evidência embaixo dela. Também dentro de um saco plástico, havia um livro pequeno, com capa de couro, e um fecho de fivela. parecia mais um caderno de anotações ou um diário.

E estava intacto. Completamente intacto. Nem mesmo alguma marquinha preta.


Última edição por The Oracle em Dom Jul 09, 2017 9:16 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Dr. Faust West Sáb Jul 08, 2017 8:03 pm

Dr. West sentiu-se... incomodado. Era uma boa maneira de dizer, não era? Ele se sentiu incomodado com toda aquela situação. O burburinho em frente a sala, as palavras soltas sobre uma garota qualquer... Ele sabia o que aquilo queria dizer. Era apenas lógico. Ela devia ter sido encontrada, ou algo assim. 

Abordou a faxineira calmamente, tentando demonstrar alguma curiosidade - e, quando ouviu a resposta, sentiu alguma coisa despencar dentro do próprio peito. Não durou muito, tendo o doutor a tendência de livrar-se daquele tipo de sentimento baixo, instintivo e, até certo ponto, inútil... Mas ele sentiu. Aquele vácuo de medo, da idéia de ser preso, da possibilidade de encontrarem Eliza, ou de ser obrigado a deixar Portland...

.. Mas logo estava novamente sob controle de si mesmo, a lógica sufocando o sentimento. "Onde o mundo vai parar, não é mesmo?" - respondeu sem interesse para a faxineira. Ainda havia algo de bom que poderia sair daquilo. 

Dr. West deu as costas a situação - não havia absolutamente nada que pudesse fazer ali naquele instante - e caminhou, calmamente, até o banheiro mais próximo. Fechou a porta atrás de si, forrou um pequeno pedaço do chão em frente ao vaso sanitário com papel higiênico, depositou a própria maleta sobre o tampo fechado da privada e ajoelhou-se. 

"Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons.", dizia a biblia no orfanato. Samuel estava olhando, de algum lugar. Se os havia encontrado, se havia salvo Maria, se havia salvo Hannah, ele estava olhando de algum lugar - talvez aquela passassem dissesse algo sobre o paradigma de Samuel. Talvez, ele pudesse acompanhar aquelas pessoas - era uma idéia estranha, mas Dr. West sabia o suficiente sobre o mundo espiritual e sobre o poder dos Mestres para não duvidar. 


"Profeta Sammuel, se podes me ouvir, se podes me escutar, pelo amor que tens a Deus, ouvi minhas palavras. Eu o chamo em nome do Senhor, em nome de Azazel, e em teu próprio nome." - sussurrou.  O mago em si, Faust, não duvidava tanto de orações. Compreendia que palavras tinham poder e que, ditadas na entonação certa, talvez com emoção o suficiente, poderiam suscitar reações espirituais. Mas aquele não era um gesto mágiko. Era apenas um teste científico feito de forma teatral: Sammuel podia ouví-los, ou não?


"Hannah está em perigo. Tu a salvaste e ela agora está em perigo novamente - ela fugiu de minha proteção e agora está frente a polícia, e, Profeta, Samuel, Azazel, Anjo de Cura e Luz..." - ele testava várias palavras, partindo do principio de que talvez o profeta tivesse sua atenção espiritual direcionada apenas a algumas orações em específico? - "... Me viste no orfanato, e sabeis quem sou e minhas prioridades. A menina, como está agora, é um perigo para minha esposa. Ela não sairá viva do hospital. Em nome de Deus, salve-a das terríveis consequências de suas tolas decisões." - concluiu. Enquanto falava, enquanto ""rezava"", imaginava com a maior concentração possível as cenas mais vívidas de si mesmo conseguindo ficar sozinho com Hannah e injetando uma dose cavalar de adrenalina em seu suvaco, ou sobre as cicatrizes da heroína. Fez o sinal da cruz e levantou-se.


Retornaria a onde estava antes, para ver se aquilo teria algum efeito.


[...]

Vendo que tudo seguia na normalidade, o bom doutor continuou parado do lado de fora, misturando-se ás pessoas curiosas. Enquanto estava lá, sua mente trabalhava ao ponto de exaustão, as engrenagens movendo-se violentamente - pensando com calma, sua situação não era tão precaria assim (foi era isto que ele convencia-se a acreditar). 

Quando o homem de terno saiu da sala, Dr. West interpelou-o. "Boa tarde. Meu nome é Dr. West, comecei a trabalhar aqui ontem, ainda não conheço ninguém.." - disse. Seu tom era aquela mesma massa amorfa e desinteressada de sempre, mas West tinha aprendido, com o passar dos séculos, que quando ele não fazia visual e de resto mantinha-se normal, as pessoas tinham uma tendência a achá-lo "tímido" ou "sem jeito", e não "agressivo". Talvez fosse algo sobre os olhos mesmo, no fim das contas. 

"Ouvi algo sobre uma garota... É fofoca ou aconteceu algo mesmo? E, me desculpe, quem é o Senhor?"


Última edição por Dr. Faust West em Seg Jul 10, 2017 11:11 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Ezio Stracci Sáb Jul 08, 2017 11:37 pm

Após todo aquele trabalho Ezio encontrou o que para ele poderia ser considerado ouro. Como uma peça estaria intacta num Incêndio como aquele, provavelmente protegido pela peça de bronze, o que significa ter alguma espécie de relevância.

Ao achar o busto no fundo do armário Ezio suspeitando de que poderia se relacionar ao que Jack disse e não querendo muita gente por perto pensa em um jeito de talvez tirá-lo dali.

Enquanto puxava o busto, bem próximo de tirá-lo de lá o guarda pôde vê-lo quase caindo se apoiando no armário. Ezio respira fundo. E se sentando respirando ele diz:

- Meu amigo, parece que minha pressão deu uma caída. Seria possível o senhor buscar um copo de água para mim? Talvez um pouco de sal também ajude.
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Mensagem por Ezio Stracci Dom Jul 09, 2017 12:14 am

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Mensagem por The Oracle Dom Jul 09, 2017 12:14 am

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Mensagem por Ezio Stracci Dom Jul 09, 2017 12:46 am

Quando o Guarda sai para pegar a água Ezio verifica rapidamente o busto e guarda no bolso interno o caderno.

Ao voltar o guarda pôde vê-lo tentando se levantar com dificuldades. O detetive bebe a água e então entregando um chocolatinho ele diz:

- Muito obrigado meu caro. Toma, pegue esse chocolatinho. Eu acho melhor parar por hoje. Se puder apenas me entregar minha identificação eu ficaria muito grato.

Dando tudo certo. Ezio apenas vai para seu da carro. E de lá manda mensagem para Dr.West.

- "Temos que conversar. Vamos almoçar a minha casa, farei um macarrão para nós. Chame o Sr.Gray.

E Ezio vai embora.
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Mensagem por Oliver Gray Dom Jul 09, 2017 10:13 pm

Oliver aceitou graciosamente a recusa da ajuda com o livro. Até porque ele só falou por falar. Não é como se ele fosse superar aquele absurdo te inteligência em forma de mulher, ainda mais no campo dela! Mas se interessar pela vida e pelas mazelas dela pareceu uma boa jogada. Quando ela começou a falar sobre questões do destino, ele respondeu:

- "É complicado pensar em destino, mais ainda segundo a filosofia da irmandade. Pense em todas essas complicações que você mencionou, e agora imagine isso sob a perspectiva de que o meu destino não se encerra no meu ciclo de existência. Sabia que, por exemplo, eu posso ter reencarnado incontáveis vezes só pra estar aqui com você agora? Sabia que a sua mente é, de certa forma, parte de um todo e não um consciente exclusivamente seu? Imagine só o quanto um pensamento desse tipo torna esse momento que nós estamos vivendo juntos ainda mais importante. 

   Oliver disse essas coisas olhando nos olhos de Granger. Em determinado ponto, ele segurou o rosto dela com uma das mãos e a beijou. Aquilo era flerte 101, mas basicamente era tudo que ele tinha. Ele já havia beijado garotas antes e estava bastante confiante sobre o caminho que se faz para chegar até lá.
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Mensagem por Dr. Faust West Seg Jul 10, 2017 2:30 pm

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Mensagem por The Oracle Seg Jul 10, 2017 2:30 pm

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Mensagem por The Oracle Seg Jul 10, 2017 6:00 pm

O homem que havia saído da sala era negro, de altura mediana, com uns 30 anos. Trajava um terno cinza barato, e tinha na face uma expressão de enfado. Estava passando as mãos no rosto e suspirando quando West o abordou. Ouviu a pergunta com uma expressão neutra, e em seguida afastou um pouco a barra do paletó, mostrando o distintivo da PPD, enquanto dizia: 

- "Olá, Dr. West. Detetive Stabbler, Unidade de Vítimas Especiais. Posso responder suas perguntas, mas se importa em me acompanhar até a máquina de café? Preciso muito de um agora".

Enquanto iam andando, o homem foi falando: 

- "West, West... ah, legista, não é isso? Dei uma olhada agora mesmo na lista de funcionários do hospital. Por um certo aspecto, invejo você, doutor. Não dá pra fazer mal àqueles que você trata, tudo que dava já foi feito" - o homem agora se servia de um copo bem grande de café, de uma máquina no corredor - "Bem, não vou fingir que esse hospital tem paredes grossas ou que as enfermeiras não têm línguas. É claro que o Sr. já sabe dos boatos, então, vou ser direto e perguntar se o Sr. sabe de algo que possa ajudar. Uma garota foi achada tentando fugir do hospital, hoje à 05:00. Bem, ela não conseguiu. Pensaram a princípio que seria uma interna, mas estava sem identificação nenhuma, e rapidamente viram que ninguém havia dado entrada num caso como o dela".

- "Deram uma busca e acharam uma sala montada com cama e alguns aparelhos, que é onde ela provavelmente estava. As requisições da cama e dos aparelhos simplesmente se perderam no mar da burocracia, estamos sem pistas até aqui. Antes de nos chamarem, um médico examinou a menina, e descobriu sinais de abuso sexual. Ligou primeiro para nós, sorte, pois se tivesse falado primeiro com o diretor, é provável que ninguém soubesse. A questão é, a garota não quer falar nada, típica resistência contra a polícia de moradores de periferia, então, estamos sem pistas, e se não fosse a suspeita de ela ser menor de idade, já teríamos que tê-la solto. A única coisa que ela fala é "Quero ir pra casa", mas nem mesmo nos deu algum endereço".

- "A Assistência Social está a caminho, e isso nos deu algum tempo. Sei que o Sr. terminou seu turno ontem em torno do meio-dia, mas, ainda assim, notou alguma atividade suspeita? Talvez tenha visto a garota? Difícil de errar: bem magra, branca, loira, e gestante em estágio avançado. Quando a achamos, ela estava com uma bata comum de hospital".

Enquanto dava a discrição, mostrou em seu celular uma foto de Hannah, sentada numa sala de frente para uma mesa, emburrada, de braços cruzados, vestindo um uniforme de enfermeira, e com um casaco sobre os ombros.

____________________________________________

Ezio não teve maiores dificuldades em sair do local com sua prova roubada. O único incômodo foi a insistência do velho Nicolas, que parecia querer só deixá-lo sair dali numa ambulância, mas no fim, não foi capaz de deter Ezio. Quando chegou a seu carro, seu celular tocou com uma mensagem de O`Sullivan, dizendo: "Nick me ligou desesperado, dizendo pra ficar de olho em você, que quase tinha morrido no arquivo de provas. Aconteceu alguma coisa?"

Fora disso, conseguiu ir pra casa sem maiores problemas. Talvez tivesse apenas que passar em um mercadinho para comprar algumas coisas. Como ele mal parava em casa, a geladeira poderia estar vazia.

____________________________________________

Enquanto Oliver falava de reencarnação, mente como parte de um todo, e mais toda aquela encheção de linguiça, a testa da garota ia se franzindo mais e mais, como se ela estivesse tentando entender uma tese mais profunda. Aparentemente por isso, foi como se tivesse sido pega de surpresa pelo beijo do Akasha.

Mas não recuou. E quando Oliver soltou seu rosto (e sua boca), ela estava um pouco rubra (não muito), deu um sorriso, e disse:

- "Ok, eu esperava um pouco mais de sutileza... Mas, considerando que você esteve num monastério por 6 anos, imagino que esteja meio sem prática e... Oh..." - ela fez então uma expressão como a de quem chega a uma conclusão repentina. Uma conclusão meio chocante. Mas essa expressão foi rapidamente substituída por um sorriso levemente... malicioso. Voltou-se então novamente para Oliver, e disse - "Vem cá"

Dessa vez, ela agarrou o Akasha, e dessa vez ela lhe deu um beijo de verdade, nada como o que ele havia recebido das meninas do orfanato. Era pra isso que servia língua, então? E era isso que se fazia com os braços enquanto se beijava? E aquela pressão de seios no seu peito... bem, as garotas do orfanato não propiciavam aquilo.

Depois de quase um minuto (bem, não daria para Oliver dizer quanto tempo foi), ela o largou, e se levantou, recuperando o fôlego.

- "Melhor irmos andando. Thelma detesta quando perdemos o almoço e não avisamos a ela com pelo menos duas horas de antecedência. E lembre-se, a capela é um ambiente profissional".
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Mensagem por Ezio Stracci Seg Jul 10, 2017 7:02 pm

Ezio no carro enviou uma mensagem com o endereço ao Dr.West e achou que seria bom ele mesmo mandar a mensagem de convite com o endereço para o Oliver. Então dirigiu até sua casa. Primeiramente gostaria de deixar a prova em um lugar seguro antes de sair, depois então passaria no mercado mais próximo.

Chegando em casa deixou o caderno ao fundo do armário da cozinha. Sob algumas panelas. Aproveitou para responder a detetive.

- " Preocupada minha cara? Obrigado pelo carinho. Foi uma repentina queda de pressão, mas já estou em casa. Se eu me sentir bem o suficiente eu volto hoje, no mais, talvez você tenha que aguentar o dia sem mim. Mas conseguiu algo com o psicólogo?"

Então ele vai até o mercado comprar páprica, macarrão, tomate, salsa, cebolinha, carne moída, farinha, queijo. Em pensamento

- "Provavelmente esse povo nunca comeu um verdadeiro macarrão a bolonhesa. Espero que gostem das almôndegas."

E volta para casa, coloca seu avental e luvas, liga o som ouvindo tarantela, dá uma conferida na prova dentro do armário. Começa a preparar os tomates para fazer o molho, picadinhos em uma panela, um pouco de azeite e mais um pouco de água. Deixa cozinhando em fogo baixo até derreter os tomates.

Prepara a mesa com a toalha quadriculada vermelha e branca enquanto isso.

Volta ao fogão. Adiciona o tempero ao molho. Molho pronto, prepara o macarrão, inteiro na panela, enquanto cozinha, faz as almôndegas e as frita, vigiando o macarrão e mexendo na água com óleo.
Com as almôndegas prontas as mistura ao molho.

Coloca as panelas à mesa sobre os suportes adequados, pratos e talheres posicionados, três copos a disposição, uma garrafa de vinho fechada e um pão italiano.

Senta-se ao sofá, manda uma mensagem ao West:

- "Vocês ainda demoram para vir? Espero que esteja com o Senhor Gray."

Então começa a folhear o caderno para ver do que se trata.
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Mensagem por Oliver Gray Seg Jul 10, 2017 9:57 pm

O jovem akasha estava feliz por muita coisa não ter sido dita. Tanto que ele só meneou a cabeça afirmativamente sobre a coisa de "estar sem prática". Ele não chegou a ter certeza de que Granger somou um mais um, mas ele não estava sem prática. Ele nunca praticara. Aquilo eram os limites do que ele havia explorado com outra mulher e, sinceramente, a pegada dela virou o mundo do coitado de cabeça para baixo.
   Oliver foi pego de surpresa, mas tão de surpresa que o beijo de Granger o lembrou de quando ele enfrentava um dos seus mestres no ninho de dragão, dava um golpe certeiro e subitamente acordava no chão. Ele só pôde torcer para não ter ficado paralisado demais. Uma coisa que ele ficou foi feliz e bastante bobo, isso com certeza. Tanto que quando ela começou a falar, ele custou a se lembrar de quem era Thelma e o que era almoço. Era tarde demais para parecer descolado. Oliver só respirou fundo e seguiu o fluxo:
- "Tem razão... melhor não deixar ela nervosa. Mas, ei, estou começando a achar que é uma boa nós nos vermos mais fora da capela".

   No meio do caminho, Oliver resolveu dar uma olhada na tal mensagem do celular. Constatando o que era, ele falou novamente:

- "Droga, o dever chama. Vamos juntos até a capela. Preciso deixar essas sacolas lá e correr para a casa do Ezio. Parece que surgiram novidades sobre o caso do orfanato. E sobre a coisa da salsa? Vou perguntar para não dar vexame. Caso queira fazer isso de novo, tudo bem que os outros estejam por perto?
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Um novo amanhecer - Página 5 Empty Re: Um novo amanhecer

Mensagem por Dr. Faust West Seg Jul 10, 2017 10:19 pm

Foi, curiosamente, como se um nó se desatasse dentro de si ao ver a reação do policial. Fosse ele um suspeito de alguma forma, em algum nível, teria sido tratado diferente - não necessariamente questionado ali de imediato, mas sem dúvida não seria tratado com tamanha leveza. 

Dr. West acenou afirmativamente com a cabeça sobre seguir o homem até a máquina de café. Ia acenando com a cabeça as vezes - o fez, por exemplo, quando o Detetive disse que seria direto, e também fez pequenos acenos enquanto o homem falava. Creio já ter digitado isso em algum momomento, mas não gostando de falar muito, Faust havia se acostumado a pequenos acenos de cabeça para demonstrar não só que estava ouvindo, mas que a pessoa devia continuar a falar. 

Seguia, é claro, sem fazer contato visual. 

Tudo aquilo era interessante, particularmente o fato de Hannah não ter dito nada sobre ele ou sobre qualquer outra coisa para o policial. Era ótimo, sem dúvida, mas não sabia até que ponto era lógico. Ainda mais interessante era sua obsessão de ir para casa... Talvez, talvez aquilo fosse uma informação ainda maior do que qualquer outra que ela pudesse ter lhe dito sobre o profeta. Talvez ele houvesse implantado nela aquele desejo. Talvez as respostas estivessem em sua família, e não apenas nela. 

"Não é minha área, mas parece condizente com vítimas de abuso." - concluiu, com ares de autoridade, sobre ela não querer falar nada. Meneou a cabeça negativamente, crispando os lábios para tentar parecer consternado. "Nada. O necrotério é um tanto longe de tudo, as pessoas não gostam da idéia de trabalhar perto de um, mesmo os médicos." - comentou. 

Olhou a foto com atenção, antes de acrescentar. "Difícil dizer só pela foto, Sr. Stabbler, mas já trabalhei por algum tempo com medicina forense... É frequente termos que estimar a idade de uma vítima." - e ele fez uma pausa, abrindo o topo da bengala e conferindo o horário. Fechou-a com o dedão. 

"Suponho que eu possa dar uma olhada na menina. Não vou poder te dar um número exato, mas olhá-la pessoalmente deve ser o suficiente para te dizer se é maior ou menor de idade. Imagino que a delegacia esteja transbordando de trabalho."


Ao ouvir a confirmação do policial, ele acenou com a cabeça. Só havia um problema: precisava entrar sozinho. Não achava que Hannah fosse ter alguma síncope, mas, se tivesse, a situação poderia tornar-se problemática muito rápido. "Só me deixe pegar um jaleco antes.", pediu, indicando com a mão uma sala de descanso dos médicos ali perto. "Algum problema se eu entrar sozinho, Sr. Stabbler? Numa situação como essa, apenas um homem, de jaleco, vai causar menos stress a ela do que dois, principalmente o senhor tendo feito perguntas delicadas a pouco." - explicou enquanto andavam, falando como se não fosse nada especial, apenas rotina.
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